Amanda Todd, de 15 anos, suicida-se após 3 anos de cyberbullying

Sobre o post da Letista (quase cometia o mesmo erro :D)

Não sabendo se o que apresenta é realmente verdade, é um facto que no que toca a estas coisas há tratamento de 1ª…e tratamento de 2ª.

Temos casos que recebem um enorme destaque, e temos outros que passam completamente ao lado.

Sobre o conteúdo, tudo o que disse até agora foi baseado na noticia inicial, mas claro, poderá não ser a informação mais correcta. E se realmente algumas coisas que são ditas ai forem verdade, muda um bocado a coisa.

Não desculpa o que aconteceu mas…

Ter em conta que o que fez o caso da Amanda mais conhecido foi o vídeo que ela própria fez, que obviamente se tornou “viral” após a sua morte. A partir daí foi a bola de neve em termos de reconhecimento desta situação.

Sorry, não tinha como adivinhar :great:

Sendo eu duma geração anterior à da maior parte do pessoal que aqui comenta, posso-vos dizer que só entendo o que se passou com esta jovem à luz da forma como hoje em dia os jovens são educados e criados.

Quando eu andei na escola primária, eu e os meus colegas eramos vítimas constantes de ataques dos repetentes, que eram maiores, que nos roubavam o material escolar, nos roubavam coleções de cromos nas quais tinhamos estima, davam-nos porrada (uma vez, lembro-me que me deram um murro no estômago, que fiquei no chão sem respirar uma série de tempo).

No ciclo preparatório, sendo dos mais novos, levei mais uma vez porrada de ciganos e outra malta, fui roubado, insultado, etc.

No Liceu, as coisas melhoraram mas mesmo assim, tive alguns problemas com um colega, os quais ficaram resolvidos quando andámos uma vez à porrada… ficámos amigos para a vida. ;D

Se, por um lado, os tempos eram diferentes, os problemas mantêm-se.

Eu era um puto introvertido, bom aluno, mas sempre me esforcei por não ser nem muito esperto, nem muito parvo.

O que se passa é que hoje em dia muitos miúdos pensam que são o centro do mundo, isolam-se, e o isolamento é o pior que podem fazer.

No meu tempo, os nossos pais não tinham preparação para lidar com muitos dos nossos problemas e nem valia a pena chegarmo-nos a eles a fazer queixinhas, respondiam logo que tinhamos que nos desenrascar e resolver o problema.

Hoje, os pais superprotegem os filhos, tornam-nos uns atrofiados para a vida, em sentido psicológico e mesmo físico.

É verdade que, com as novas tecnologias, os perigos aumentam. A sofisticação das pressões aumentou. Dantes era tudo mais directo, a violência era mais física, ainda que a pressão psicológica existisse (quantas vezes engoli em seco com a perspectiva de ir sózinho para a escola por aquele caminho…). Mas não tinhamos outro remédio senão lidar com a coisa.

Hoje em dia, as coisas estão mais sofisticadas. E com os meios que estão ao alcance, é fácil divulgar e repetir perante milhares, milhões de pessoas, algo que não é verdade ou, mesmo que o seja, expor a vida de alguém na praça pública.

As redes sociais, nesse aspecto, colhem um tributo pesado mas muitos têm culpa quando vão para FB e similares, expor as suas vidas e dos seus filhos a toda a gente, mesmo a não recomendável.

Lamento o que aconteceu a esta menina que mal começou a viver. Um criança com 15 anos não tem motivos para cometer um acto tresloucado destes. Sinal dos tempos, mais um. De tempos em que a vida humana, mesmo a própria vida, é banalizada, como se de nada valesse.

E nos espiritos mais jovens, esses conceitos são muito perigosos e colhem um tributo pesado. Como este da Amanda Todd.

Em relação a esse post de comparação de casos - faz tanto sentido como andar a comparar pilinhas. Para além de estar escrito com uma linguagem demagógica barata (fazendo juízos de valor a priori em relação à canadiana)…faz algum sentido? Estão a usar dois crimes para se fazer comparações das razões para algo se tornar viral na internet? A reduzir tudo à questão racial? Por favor…

Já para não falar que algumas das frases foram escolhidas a dedo. Porque eu também li frases sobre o caso da Amanda, do género "i’m glad… " até me recuso a escrever o resto, procurem - no YouTube não devem faltar.

E isto será sempre assim. Também me lembro que, quando a Whitney Houston morreu houve muito endeusamento, artista quem nem o seu maior hit foi da sua autoria, e por outro lado, houve alguém ligado ao Metal que escreveu todas as suas músicas, etc, etc e ninguém falou sobre isso.

Podia igualmente falar sobre o 11 de Setembro… não vale mesmo a pena ir por aí. O caso tornando-se mediático terá sempre mais atenção.


Já agora, aproveito para pedir ao pessoal que denuncie esta página : https://www.facebook.com/PequenasModelos

Eu não meti a imagem para vermos a comparação dos dois casos, meti somente porque dá informações sobre a rapariga em questão no tópico que muita gente desconhece totalmente. Cabe a cada um de nós acreditar ou não, mas não há fumo sem fogo e eu já li relatos que batem mais ou menos certo com o que ali diz :great:

Leo Viridis, não sou do teu tempo :wink: mas aqui fica para ti :arrow:
Concordo inteiramente com o que dizes.

A culpa é dela e de mais ninguém.

Queixa-se da vida miséravel que tem por causa de erros que comenteu constatemente, a melhor forma de descrever a situação é " Fizes-te a cama, agora deita-te nela.".

se mudou varias vezes de escola e até de cidade, os pais tinham que estar a par da situação possivelmente não de todos os detalhes mas da situação afinal nimguem muda de cidade só porque sim, não os culpo pela morte da filha mas sim pela perda da filha, perderam alguem pelo qual deviam de ter lutado até a ultima força ao ultimo recurso e mudar de cidade ou de escola constantemente não é de certeza a forma de lutar.

Mais uma deplorável e triste situação em que nenhuma das partes pode ser inocentada.

A educação de cada um de nós começa em casa, com os nossos pais, em primeiro lugar, e, depois e seguindo a linha educativa que os nossos pais estipularam, familiares.

Fez o que fez por ingenuidade, mas o filho da cortesã, que provavelmente é um aspirante a psicopata, que a assediou deveria ser tratado como o criminoso que na realidade é. Uns quantos anos a apanhar sabonete só lhe fariam bem.

Já se sabe, porque aconteceram muitos casos onde semelhante conclusão pôde ser verificada, que uma criança loira e com olhos azuis “vale” mais, para os media, do que qualquer criança que assim não seja. Passem pelo site da Polícia Judiciária e pensem se algumas das crianças lá dadas como desaparecidas tiveram direito a um minuto de tempo de antena.

Vejam o caso do Rui Pedro, claramente alvo de mão criminosa, e comparem-no ao caso da Maddie, onde ninguém pode afirmar saber o que se passou.