Alvalade nunca encheu tanto como em 2006

Ia acrescentar ao post do Mauras, a razão que o Nuno Lapa adiantou. Acho que a qualidade do futebol é muitíssimo importante. Eu hoje em dia vejo qualquer jogo do campeonato inglês, e com todo o prazer, pois como adepto de futebol aprecio imenso a qualidade dos jogos, a entrega e o profissionalismo dos jogadores. Vemos jogadas duras, mas não vemos simulações, e nota-se um respeito enorme pelo árbitro, o que confere aos jogadores, naturalmente, outra atitude.
Em Portugal, pelo contrário, tirando os jogos do Sporting não vejo um único jogo. Nem o Porto x Lampiões deste ano vi. E digo-vos, pela primeira vez em 22 anos, passa-me pela cabeça a ideia de deixar de ir a Alvalade e desligar-me completamente disto tudo.

Eu concordo que o factor transmissão baixa as audiências mas a meu ver não é o principal problema e é uma forma de mascarar as reais razões.

Vemos estádios ingleses e espanhois cheios até ao pescoço a preços iguais (o que é escandaloso quando acontece)ou superiores, com ou sem transmissão.

A questão está no mesmo de sempre: verdade desportiva, dirigismo, transparência, glamour e comodidade.

Por pontos:

Verdade desportiva - Não há. Ninguém acredita na verdade desportiva que se passa dentro das quatro linhas. Ele é apitos dourados, livros, etc sem que sequer nada aconteça. Resultado? Só vai ao futebol, e ao preço que ele custa, o conjunto de agarradinhos doentes (nos quais me incluo), sadomasoquistas, que durante 90m querem acreditar que o que se está a passar lá dentro é futebol justo, limpo e organizado.

Dirigismo - O nível dos dirigentes vai de javali a burguesso, com uma ramificação para beto parvo para os nossos lados. Simplesmente não existem dirigentes desportivos em portugal que olhemos e nos façam dizer “sim senhor, este tipo tem nível e sabe o que faz, assim vale a pena”. Os únicos casos que quase preencheram esse perfil foram MRT e JEB mas ficavam-se pelo “tem nível” porque saber o que faziam, enfim, o estado do desportivo e financeiro do clube está aí para falar por si.

Glamour - Lá fora a coisa é bem vendida. Publicidade apelativa, magazines TV de alto nível (ex. o magazine semanal oficial da Premiership é de grande qualidade), site da competição com toda a informação, enfim: o espectáculo é tornado sexy e vendido como tal. Cá temos o burguesso do Valentim ou transpirado Loureiro a anunciar patrocínios duvidosos agarrados à última hora, a Sport TV faz o que lhe apetece como lhe apetece, etc. Não há glamour, mais uma vez apenas os que se masturbam à pala de futebol aparecem.

Comodidade - Podem fazer os estádios novos que quiserem. Enquanto continuarem a marcar os jogos para altas horas da noite em vez de os fazerem a horas decentes esqueçam. Liga-se a TV e vê-se jogos italianos e ingleses à tarde. Cá inexplicavelmente é tudo remetido para a noite, de preferência à hora do jantar, para criar ainda mais dificuldades ao futebol enquanto espectáculo para toda a família. PKpariu quem decide estas coisas.

Estranhamente vejo os clubes com a corda na garganta mas não vejo ninguém falar destes pontos, nem que seja para dizer que tudo isto é treta. Ninguém fala destas coisas cá em Portugal.

Concordo com todos estes pontos. O futebol é um negócio e um espectáculo e, infelizmente, em Portugal não é vendido como tal. Os jogos à noite são algo de incompreensível, especialmente num país com tanto sol como o nosso! Numa altura em que os jogos são praticamente todos transmitidos em sinal fechado, não compreendo porque é que não há mais jogos ao fim-de-semana à tarde.

Para além disso, a nossa liga tem clubes a mais. Tal como todos os anos o estudo da Delloite indica, o nosso campeonato não deveria ter mais de 12/14 equipas e deveria ser disputado a 3/4 voltas, como no modelo escocês.

Eu concordo que o factor transmissão baixa as audiências mas a meu ver não é o principal problema e é uma forma de mascarar as reais razões.

Vemos estádios ingleses e espanhois cheios até ao pescoço a preços iguais (o que é escandaloso quando acontece)ou superiores, com ou sem transmissão.

A questão está no mesmo de sempre: verdade desportiva, dirigismo, transparência, glamour e comodidade.

Por pontos:

Verdade desportiva - Não há. Ninguém acredita na verdade desportiva que se passa dentro das quatro linhas. Ele é apitos dourados, livros, etc sem que sequer nada aconteça. Resultado? Só vai ao futebol, e ao preço que ele custa, o conjunto de agarradinhos doentes (nos quais me incluo), sadomasoquistas, que durante 90m querem acreditar que o que se está a passar lá dentro é futebol justo, limpo e organizado.

Dirigismo - O nível dos dirigentes vai de javali a burguesso, com uma ramificação para beto parvo para os nossos lados. Simplesmente não existem dirigentes desportivos em portugal que olhemos e nos façam dizer “sim senhor, este tipo tem nível e sabe o que faz, assim vale a pena”. Os únicos casos que quase preencheram esse perfil foram MRT e JEB mas ficavam-se pelo “tem nível” porque saber o que faziam, enfim, o estado do desportivo e financeiro do clube está aí para falar por si.

Glamour - Lá fora a coisa é bem vendida. Publicidade apelativa, magazines TV de alto nível (ex. o magazine semanal oficial da Premiership é de grande qualidade), site da competição com toda a informação, enfim: o espectáculo é tornado sexy e vendido como tal. Cá temos o burguesso do Valentim ou transpirado Loureiro a anunciar patrocínios duvidosos agarrados à última hora, a Sport TV faz o que lhe apetece como lhe apetece, etc. Não há glamour, mais uma vez apenas os que se masturbam à pala de futebol aparecem.

Comodidade - Podem fazer os estádios novos que quiserem. Enquanto continuarem a marcar os jogos para altas horas da noite em vez de os fazerem a horas decentes esqueçam. Liga-se a TV e vê-se jogos italianos e ingleses à tarde. Cá inexplicavelmente é tudo remetido para a noite, de preferência à hora do jantar, para criar ainda mais dificuldades ao futebol enquanto espectáculo para toda a família. PKpariu quem decide estas coisas.

Estranhamente vejo os clubes com a corda na garganta mas não vejo ninguém falar destes pontos, nem que seja para dizer que tudo isto é treta. Ninguém fala destas coisas cá em Portugal.

Concordo com todos estes pontos. O futebol é um negócio e um espectáculo e, infelizmente, em Portugal não é vendido como tal. Os jogos à noite são algo de incompreensível, especialmente num país com tanto sol como o nosso! Numa altura em que os jogos são praticamente todos transmitidos em sinal fechado, não compreendo porque é que não há mais jogos ao fim-de-semana à tarde.

Para além disso, a nossa liga tem clubes a mais. Tal como todos os anos o estudo da Delloite indica, o nosso campeonato não deveria ter mais de 12/14 equipas e deveria ser disputado a 3/4 voltas, como no modelo escocês.

Concordo com o que o Mauras e o Wild Oscar escreveram.
Acrescento que com mais jogos à tarde, como havia na altura pre-Sportv, parece-me que havia mais familias a ir aos estádios, o que tambem era uma forma de se ir captando novos espectadores.

Concordo, o que realmente está mal é a hora dos jogos.

Que bem que sabiam os jogos á tarde! Isso sim!

Os jogos à noite dos clubes pequenos enchem tanto como os da tarde, comparando jogos com a mesma dimensão.

Os jogos prejudicados são aqueles os das Sextas e das Segundas. Agora a diferença entre um Domingo à tarde e um Sábado à noite é pequena e ainda tem o factor de que se dá no Sábado à noite dá na TV.

Concordo com tudo o que foi dito, e temo que este aumento de assistências seja o ‘canto do cisne’.

Desconfio, face à baixa qualidade de tudo o que cerca o futebol, que muitos dos que compraram gameboxes este ano, talvez a maioria impulsionados pelo efeito LC, não se metam no mesmo filme outra vez. O pior, é que vai-se percebendo, aqui e ali, que muitos dos ‘viciados’ começam a ficar interessados em curar-se.

Ou seja, a tendência, quanto a mim (espero estar enganado), é a redução progressiva na venda das boxes e se juntarmos a isso os preços praticados para qum não as tem, cheira-me que o público presente nos jogos do SCP será cada vez menor.

Aflitivo é perceber que este estado de coisas dificilmente mudará. A incompetência é generalizada e ninguém faz nada para mudar. O melhor exemplo é o recém empossado presidente da liga (com o nosso apoio :evil: ), que a cada dia que passa só prova a sua pouca (nenhuma) aptidão para o cargo. Bem, se calhar até tem toda, vai mantendo as coisas como estão, agradando assim os poucos que ano após ano vivem à custa do futebol, até o dia que este estiver enterrado.

Mas o que me escandaliza mais é o poder da sporttv no meio disto tudo.
Para além do monopólio que detém, tem o poder de marcar os jogos para as datas e horas que mais lhe convém, fazendo tábua rasa dos interesses dos clubes, e principalmente, dos adeptos.
E este cenário é aceite passivamente pelo governo, que mais uma vez prefere virar a cara para o lado ao invés de defender os interesses dos cidadãos do País.

Mas o que me escandaliza mais é o poder da sporttv no meio disto tudo. Para além do monopólio que detém, tem o poder de marcar os jogos para as datas e horas que mais lhe convém, fazendo tábua rasa dos interesses dos clubes, e principalmente, dos adeptos. E este cenário é aceite passivamente pelo governo, que mais uma vez prefere virar a cara para o lado ao invés de defender os interesses dos cidadãos do País.

Mas este cenário é fácil de explicar, na medida em que, quase todos os seus clubes venderam os direitos à Olivedesportos com vários anos, recebendo em muitos casos milhares ou milhões de euros antecipados, ficando reféns da Sporttv.
Não acho que o governo deva aí meter a colher. Que responsabilidades tem o governo nesta matéria??? Não há como legislar horas de transmissão de eventos desportivos. Falta é aos clubes poder de negociação.

O problema não é de hoje, vêm de muitos anos de mau dirigismo federativo, associativo, nos clubes e por sucessivos governos que fecharam os olhos a todas estas más práticas, permitindo ao clubes individarem-se de uma forma irreversivel.

Ao mesmo tempo nascia uma empresa chamada olivedesportos que conseguio o que parecia impossivel: ganhar concursos publicos para a transmissão de jogos, sem ser operador televisivo. Para mim isto sempre foi um misterio e explico porque, a FPF na altura ponha a concurso publico a transmissão de jogos, normalmente corriam, RTP, SIC, TVI e Olivedesportos. Por incrivel que pareça ganhava sempre a Olivedesportos, porque pagava mais, mas não era operador televiso, ou seja o risco era enorme, porque depois tinha de os revender a um preço mais alto do que tinha paga para ter lucro.
O que me espanta é que eles conseguiam sempre vender, normalmente à RTP. A minha pergunta é, suponhamos que no concurso publico a RTP oferece 100, a Olivedesportos 150. Ganha este ultimo, mas depois a RTP pagava-lhes 170, porra se podia dar logo 170 porque não o fazia ?? acabando sempre por benefeciar um terceiro…

Criado o Imperio Olivedesportos, o Joaquim Oliveira, passou a negociar directamente com os clubes, estes como precisavam do dinheiro, vendiam(venderam) os direitos por 7, 8 as vezes 10 anos.

Entretanto nasce a SportTv, os direitos da Olivedesportos são transferidos para este canal, os clubes como estão presos aos contratos, estão na mão deste operador, se para eles um dia for vantajoso colocar um Sporting Benfica, às 5 da manha, acreditem que os clubes aceitam porque estão agarradissimos… Entretanto quem se lixa é o mexilhão, ou seja nós, que temos de andar a ver futebol às horas mais estapafurdias…

É assim o futebol cá do Burgo !

Comodidade - Podem fazer os estádios novos que quiserem. Enquanto continuarem a marcar os jogos para altas horas da noite em vez de os fazerem a horas decentes esqueçam. Liga-se a TV e vê-se jogos italianos e ingleses à tarde. Cá inexplicavelmente é tudo remetido para a noite, de preferência à hora do jantar, para criar ainda mais dificuldades ao futebol enquanto espectáculo para toda a família. PKpariu quem decide estas coisas.

Acho qur tocaste num ponto muito importante. As horas são ditadas precisamente pela sporttv que quer transmitir os jogos das ligas estrangeiras que falas e por isso os portugueses são transmitidos tão tarde, já que existe um alei na FPF ou LPFP que proíbe a transmissão de jogos internacionais nas televisões ao mesmo tempo que um jogo da liga profissional portuguesa decorre mesmo que este não tenha transmissão. Este facto torna os horários dos jogos portugueses de doidos! Então a hora das 19 e 15 ou 21e15! Futebol à tarde sempre foi agradável, porquê acabar com isto?

Dados do Pasquim Record sobre as assistências das 7 primeiras jornadas em casa dos grandes:

[b]Só o Sporting cresce em espectadores MAIS 5 MIL ADEPTOS NO ESTÁDIO[/b]

O Sporting foi o único dos três grandes a registar um crescimento no número de espectadores, de 2005/2006 para 2006/2007, analisando os números sob todas as perspectivas: globais, média e comparativo face aos adversários.

Com 7 jogos realizados em Alvalade, há um ano, os leões tinham recebido 209.820 espectadores contra os 252.336 desta época; a média nos jogos em casa foi, em 2005/2006 de 31.640, estando neste momento nos 36.048; comparando apenas os jogos com os mesmos adversários, na época passada Boavista, P. Ferreira, U. Leiria, FC Porto, Sp. Braga, Benfica e Académica levaram a Alvalade um total de 241.878 adeptos, enquanto no presente campeonato fizeram deslocar 252.336 espectadores ao estádio.

Os bons números leoninos constituem claro contraste com o que está a suceder ao vizinho da Segunda Circular, onde as perdas se registam em toda a linha. Se no plano global o Benfica perdeu nos primeiros 7 jogos da Liga um total a rondar os 5 mil espectadores, na comparação face aos mesmos opositores os números revelam um dado preocupante: Belenenses, Nacional, E. Amadora, Marítimo e V. Setúbal levaram à Luz, este ano, menos 43.080 adeptos! Em termos de média, o clube da Luz também está a receber menos cerca de 9 mil espectadores/jogo.

O FC Porto teve bem menos gente no Dragão nos 7 jogos já realizados, mas isso explica-se pelo facto de há um ano, por esta altura, já ter defrontado Benfica e Sporting em casa.

Porque quando comparamos os números face aos adversários comuns nas duas temporadas, verificamos que os portistas aumentaram em quase 3 mil o número de lugares ocupados.

E, em média, perde apenas apenas mil espectadores/jogo para a época passada.

eu estou na lista! eheh

Agradeçam-me! :smiley: