Alberto João Jardim quer proibir comunismo em Portugal

[b]João Jardim quer proibir comunismo em Portugal[/b]

Alberto João Jardim quer rever a Constituição e proibir o comunismo em Portugal. O Presidente do Governo Regional da Madeira vai avançar na próxima semana, no Parlamento Regional, com a proposta de revisão onde se pode ler que a “democracia não deve tolerar comportamentos e ideologias totalitárias e autoritárias” dando dois exemplos: o fascismo e o comunismo.

A proposta de revisão constitucional do PSD/Madeira vai ser apresentada e discutida na próxima quarta-feira no Parlamento madeirense numa sessão que contará com a presença de Alberto João Jardim, naquela que é uma das suas raras presenças naquele plenário.
Este projecto extremamente polémico defende o aprofundamento dos poderes legislativos, a criação de partidos regionais e a extinção do cargo de Representante da República.

Mas também entre os pontos secundários do documento se sugere “o esclarecimento de que a democracia não deve tolerar comportamentos e ideologias autoritárias e totalitárias, não apenas de Direita - como é o caso do Fascismo, esta expressamente prevista no texto constitucional - como igualmente de Esquerda - como vem a ser o caso do Comunismo, não previsto no texto constitucional”.

Num documento bastante polémico as reacções não se fizeram esperar e a primeira chegou do território madeirense por parte do coordenador regional do PCP na Madeira que desde logo desvalorizou a proposta considerando-a igual à apresentada em 2003/2004 e que terá o mesmo destino, ou seja “caixote do lixo”.

Em declarações à Agência Lusa, Edgar Silva salientou que “só quem tem memória curta é que dá crédito” a esta iniciativa, lembrando que “já em 2004 a proposta de revisão constitucional de Alberto João Jardim apontava para estes aspectos e nem mereceu crédito por parte do PSD na Assembleia da República, incluindo os deputados eleitos pela Madeira e teve como destino o caixote do lixo”.

O coordenador do PCP-Madeira lembrou ainda que este tipo de propostas acontecem sempre antes a festa anual do partido, no Chão da Lagoa, que decorre no próximo dia 26 de Julho e que este ano contará com a presença da líder nacional do partido, Manuela Ferreira Leite.

PSD não toma posição

Quem não quer tomar posição sobre este assunto é o PSD nacional tendo o vice-presidente do partido, José Pedro Aguiar Branco, remetido para mais tarde o debate sobre o assunto, ou seja, quando se discutir a revisão constitucional.

“Julgo que isso se insere na questão da revisão constitucional. Esta legislatura vai ter um momento para se discutir a revisão constitucional. Nessa altura com certeza o PSD terá uma posição sobre a revisão constitucional”, respondeu Aguiar Branco.

Apesar da insistência dos jornalistas para que o vice-presidente do PSD se referisse a esta proposta concreta de Alberto João Jardim, Aguiar Branco foi repetindo que “esta legislatura tem um momento para discussão da revisão constitucional, é uma revisão ordinária que tem necessariamente que acontecer”.

http://tv1.rtp.pt/noticias/index.php?t=Alberto-Joao-Jardim-quer-proibir-o-comunismo-em-Portugal.rtp&article=232845&visual=3&layout=10&tm=9

[b]Constituição: PCP considera "anti-democrática e fascista" proposta de PSD/M sobre proibição de comunismo[/b]

16 de Julho de 2009, 13:11

Lisboa, 16 Jul (Lusa) - O PCP considerou “insultuosa, anti-democrática e fascista” a proposta de proibição do comunismo no projecto de revisão constitucional do PSD/M, instando a direcção nacional social-democrata a demarcar-se da iniciativa.

“O carácter insultuoso, anti-democrático e fascista da proposta revelam em si um profundo insulto aos comunistas que ao longo de décadas se bateram pela liberdade, pela democracia, alguns dos quais pagando com a própria vida. São declarações que estão mais próximas de quem tem concepções sobre a vida política nacional semelhantes àquelas que imperaram no país durante a ditadura fascista”, disse o dirigente comunista Vasco Cardoso.

Em declarações à agência Lusa, o membro da Comissão Política comunista assegurou que o PCP “não se deixará intimidar ou condicionar” com a proposta do PSD/M e ripostou: “A Constituição da República que hoje temos naquilo que contém de ligação aos valores e ideais de Abril deixa naturalmente em maus lençóis Alberto João Jardim pela prática política de tem seguido, contrária aos valores da justiça social, democracia e liberdade”

http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/9912132.html

O melhor que o PCP teria a fazer seria ignorar, já que o AJJ também parece andar na silly-season. ::slight_smile:

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Este gajo não existe!

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Claro que é uma proposta para “inglês” ver, mas que tem alguma lógica tem… o fascismo é proibido mas o extremo oposto não é… não tem muita logica.
Como passamos por um e não pelo outro é que isto está assim, penso eu.

Completamente de acordo! É políticamente incorrecto, mas certíssimo. :arrow:

Começo a achar essa provocação interessante. :mrgreen:

O AJJ anda SEMPRE em silly-season, o problema é que ainda consegue ter seguidores e apoiantes! :arrow:

Lionheart, Alexandre, querem elaborar um pouco?

É que se é para termos este tópico maioritariamente com “posts” de uma linha a dizer ou “Sim, acho muito bem” ou “Não, este gajo é parvo”, não sei se vale a pena mantê-lo aberto.

O fascismo é proibido mais por razões históricas que outra coisa. É impossível esquecer tão depressa o Holocausto, Hitler e Mussolini. Enquanto esse fantasma pairar não vai haver compreensão para com o fascismo, por muitas virtudes que possa ter.

O Comunismo é uma ideologia totalitária, tal como o Fascismo. Se o Fascismo é proibido pela Constituição, por ser um movimento anti-democrático, o Comunismo também devia ser proibido. Não interessa se o Jerónimo de Sousa tem uma “carinha” laroca e não faz mal a uma mosca. Os fascistas em Portugal também não comem criancinhas ao pequeno-almoço. Trata-se de uma questão de falta de coerência, que demonstra que a actual Constituição é ideologicamente de esquerda, e por isso há um número significativo de pessoas que nela não se revêem. Tão só.

Então e a repressão de Estaline na ex-URSS? E o genocídio de Pol Pot no Cambodja? Ou o “Grande Salto” de Mao Tse-Tung na China? :eh:

Pois mais uma vez acho que tem haver com proximidade, nada disso foi na Europa (ok a URSS é na Europa mas só parcialmente e sempre foi considerado pouco Europeu), já o fascismo foi em plena Europa e por isso deixou uma marca mais forte.

O FJP deu a resposta. Basicamente, Hitler lixou tudo para o lado dos fascistas ao deixar uma marca na Europa que ainda vai atravessar muitas gerações.

Dizer que os Kmehrs Vermelhos representam o Comunismo é como dizer que os Talibãs do Afeganistão e Paquistão representam o Islamismo, penso eu…

Isso e as questões sociais que acompanham ou acompanharam essa ideologia.

Para mim não é uma questão de proibir ou deixar de proibir, acho é que ao apoiar uma ideologia ou um partido as pessoas devem estar muito bem informadas sobre o que estão a apoiar. Infelizmente por vezes apoia-se pelo que uma determinada ideologia condena e não pelo que ela defende e isso nota-se no discurso de alguns líderes inclusivamente que aparentemente gostam de fomentar esse tipo de acção.

Como entrámos no verão, o Alberto João Jardim decidiu voltar às provocações habituais para voltar a ser o centro das atenções. Mesmo sendo politicamente incorrecto, é perfeitamente inócuo, e decidiu agora pegar numa incongruência que a nossa constituição tem.

E para resolver o erro da constituição na minha opinião não é o comunismo que tem de ser proibido, é o fascismo que tem de deixar de o ser. Agora cá vai a minha dose de correcção política: A democracia só é plena quando todas as ideologias são permitidas, mesmo aquelas que não defendem a existência da própria democracia, por isso todos os radicais, sejam eles “vermelhos” ou “carecas”, devem ter o direito a expressar-se livremente a formar os partidos que entenderem. Democracia é isto. Uma democracia que só permite os que defendem um único regime político (no caso, a própria democracia) tecnicamente não é uma democracia, é uma ditadura.

Esse é o paradoxo dos regimes democráticos: permitir a existência de ideologias que lhe são antagónicas e, no limite, a condenam á extinção.

Tudo bem, estamos de acordo. Agora sinceramente diz-me quem é que vai propor isso? O que Alberto João Jardim fez, à sua maneira, foi propor o que estás a dizer. Aliás vi agora uma entrevista na Sic em que ele diz isso mesmo e diz que nunca disse comunismo, disse regimes totalitários de esquerda ( … ).

Se o PSD vier a público apoiar uma alteração à constituição que apague esse erro ( que existe ) da proibição do fascismo será que não havia 2 ou 3 forças políticas a atacar a Manuela Ferreira Leite e o partido?

Comunismo é uma ideologia totalitária, tal como o Fascismo. Se o Fascismo é proibido pela Constituição, por ser um movimento anti-democrático, o Comunismo também devia ser proibido. Não interessa se o Jerónimo de Sousa tem uma “carinha” laroca e não faz mal a uma mosca. Os fascistas em Portugal também não comem criancinhas ao pequeno-almoço. Trata-se de uma questão de falta de coerência, que demonstra que a actual Constituição é ideologicamente de esquerda, e por isso há um número significativo de pessoas que nela não se revêem. Tão só.

Totalmente de acordo!!

Ja sei que vou ser criticado, mas com o Alberto Joao Jardim na presidencia de Portugal, o nosso pais estaria muito melhor em quase todos os aspectos!!

Eu nunca votei em portugal, mas se ele se candidata-se faria o possivel para o fazer, o seu trabalho na Madeira e notavel, e chamam-lhe fascista e manipulador, e que os madeireneses vivem num regime totalitario, de opressao and so on!!

Mas no continente eo que se ve!!

Jamais será um erro proibir o fascismo em Portugal. Uma ideologia política que é totalmente antagónica à própria democracia, fortemente assentada em valores como o racismo e outros tipos de discriminação, e cujos resultados já nos foram dados a provar durante mais de 40 anos, não pode nunca ser admitida por constituição no país. Acho que está muito longe de ser uma falha da Constituição o facto de ideologias de cariz fascista não serem permitidas.

Quanto a estas declarações do AJJ, é simplesmente mais uma tentativa de ser falado aqui pelo continente, de obter o protagonismo que já faltava há uns meses e de continuar a querer deixar claro que diz o que quer e quando lhe apetece. É um triste.