F****, mas até quando esta sucessão de espectacular de inventos no nosso clube?
Começo a achar que já nem existe salvação possível, isto agora é todos os dias um estrondo e eu não aguento isto.
Daqui a um mês aparece qualquer coisa como o Sporting na 16ª posição deste campeonato… a sério.
Na verdade, não se trata dum trespasse. Trata-se dum ROUBO.
Estes dirigentes gatunos terão de demonstrar a legalidade desta grande golpada.
Terão de demonstrar quem os autorizou e quem os legitimou a esbulhar o Sporting Clube de Portugal da sua Academia. E quando.
Dizem os estatutos do Sporting no seu Artigo 44º, alínea 3:
Salvo disposição em contrário da lei ou dos presentes estatutos, as deliberações da assembleia geral são tomadas por maioria absoluta de votos dos associados presentes; TODAVIA, AS DELIBERAÇÕES RELATIVAS À ALIENAÇÃO OU ONERAÇÃO DE IMÓVEIS OU DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS EXIGEM MAIORIA DE, PELO MENOS, DOIS TERÇOS DOS VOTOS, o mesmo valendo para as deliberações do Conselho Leonino sobre a primeira daquelas matérias, tomadas no exercício de poderes que lhe hajam sido delegados pela Assembleia Geral.
O que aconteceu na Assembleia geral de 28 de Maio de 2008, “com um único ponto na ordem de trabalhos”, na qual foi apresentada aos sócios e submetida a uma única votação, uma proposta com 3 pontos, foi que o resultado dessa votação deu 63,4% dos votos a favor, conforme comunicado pela Sporting SAD no dia seguinte.
Quer isto dizer, que não obtiveram a maioria qualificada de 2/3. Foi, como tal, chumbada a proposta.
Convém, mais uma vez esclarecer que a Academia está a ser paga em leasing ao BCP e que no final do contrato o Sporting tem opção de compra.
Ora, a transmissão desse direito configura uma alienação de um bem imóvel, pelo que neste caso, aplica-se a necessidade de uma maioria qualificada de 2/3, ou seja 66,6%. NUNCA OS TIVERAM.
Trata-se pois, dum ROUBO, dum assalto ao Sporting Clube de Portugal, perpetrado por gatunos que mais uma vez atropelam e fazem letra morta dos Estatutos, com o único objectivo de darem GOLPADA atrás de GOLPADA.
E sempre com a conivência e a concordância dos mesmos, que de forma cega e submissa, tudo consentem, tudo autorizam, tudo legitimam, tudo vergadamente aplaudem e que obstinadamente teimam em não querer acordar.
Também eles estão a matar o Sporting.
A academia não pode servir como garantia, porque ainda não é um activo sólido.
A academia valorizou exponencialmente após o anúncio da localização definitiva do aeroporto.
Quem é que tem pago ao bcp a academia?!
Porque se forçou a passagem da academia para a sad e não se tentaram alternativas mais sólidas do ponto de vista financeiro?
Porque nunca se tentou renegociar o tal leasing?
Uma dúvida para a malta de Direito: perante o facto de não terem conseguido os 2/3 da votação não seria possível colocar em Tribunal uma providência cautelar para contrariar esta decisão?
Essa questão coloquei eu no fórum há uns tempos atrás. Vejo muitas pessoas a falar em ilegalidade, mas até à data não vi (pelo menos não existe conhecimento público de tal) um único Sócio ou Adepto do Sporting Clube de Portugal a participar essa ilegalidade às instâncias competentes.
Eu percebo 0 destas questões, mas parece-me que não são posições ou declarações tomadas em blogues, fóruns e afins que vão evitar o processo de andar para a frente.
Se existe ilegalidade, e fazendo fé no que tenho lido parece-me um facto, porque nada se passa? É que este trespasse está há muito definido.
Eu vinha precisamente colocar essa questão.
Tb não tenho conheçimentos juridicos que me permitam opinar.
Era importante sermos esclarecidos sobre se existe ou não essa hipotese da Providencia Cautelar.
Que tal acto é uma ilegalidade isso não tenhamos dúvidas. Por muito que o Professor Pardal, vulgarmente conhecido por Rogério Alves, venha dizer que no conjunto as três propostas foram aprovadas os factos demonstram que a proposta em questão não alcançou os 2/3 falados nos Estatutos do clube.
O que é que se pode fazer perante isto? Bom, eu não sei, não percebo nada de Direito… Mas que estamos a assistir a um roubo, isso não tenhamos dúvidas até porque os Estatutos do clube se existem é para alguma coisa…
[b]Investimento na construção foi de cerca de 15 milhões em 2003
A SAD do Sporting comprou a Academia, em Alcochete, ao clube por 23, 6 milhões de euros. Negócio já foi comunicado ao Mercado de Valores (CMVM).[/b]
Comunicado:
Nos termos e para efeitos do cumprimento da obrigação de informação que decorre do disposto no artigo 248º, nº1 al. a) do Código dos Valores Mobiliários, a SPORTING – Sociedade Desportiva de Futebol, SAD (Sporting SAD), vem informar
que foi celebrado com o Sporting Clube de Portugal um contrato de trespasse da Academia Sporting Puma – Centro de Futebol do Sporting Clube de Portugal, que implicará um investimento global para a Sociedade no montante de € 23.663.339,17.
Caso no futuro se verifique uma valorização anormal e imprevista da Academia, fundada exclusivamente em alterações das circunstâncias legais e urbanísticas do imóvel, reverterá para o Sporting Clube de Portugal a mais-valia que a Sporting
SAD venha a realizar com a transmissão a terceiro.
Essa parte é mesmo para gozar com a malta. Não é realmente preciso ser um ás de Direito para perceber que essa porcaria não tem valor nenhum jurídico e que apenas serve para comer papalvos…
O número 15 milhões é capaz de pecar por defeito… numa notícia do DN de 2008 e noutra na revista UP da TAP de 2010 o número para a construção da Academia adiantado é de 17,5 M€:
Mina de Alcochete paga-se a si própria e ainda alivia a SAD
por António Pedro Pereira e Isaura Almeida25 Outubro 2008
A Academia do Sporting nasceu em 2006 fruto da vontade de institucionalizar uma vocação – formar talentos – e do esforço financeiro. Afinal, não basta juntar água para ter craques. Levantar a Academia custou à volta de 17,5 milhões de euros, mas a sua vocação pagou largamente o investimento.
Pegue-se só nos três exemplos maiores: as vendas de Nani, Cristiano Ronaldo e Quaresma renderam cerca de 48 milhões de euros. Ou numa tradução simples: três academias.
De acordo com os números disponibilizados ao DN sport pelo director da Academia, Pedro Mil Homens, as contas da Academia estão, pelo menos, estabilizadas. Esta infra-estrutura emblemática dos leões é propriedade do Sporting Clube de Portugal, o que implica que a Sporting, SAD (responsável pelo futebol profissional) tenha de pagar uma renda para usufruir das instalações – é lá que a equipa de Paulo Bento se prepara diariamente.
Pelo usufruto, a SAD disponibiliza 1,020 milhões de euros anuais, um encaixe que só por si cobre quase as despesas com fornecimentos e serviços externos. Essa factura ascende, a cada ano, a 1,3 milhões de euros, um valor muito próximo do encaixe que a Academia consegue com a exploração de patrocínios (recorde-se que o naming está a ser pago pela Puma – comercialmente, ao nome Academia Sporting acrescenta-se o da marca de material desportivo que se associou ao projecto). Os proveitos destes itens cifram-se em 1,208 milhões de euros.
Esta base aparentemente sólida potencia, depois, as vendas galácticas.
As maiores vendas
25,5 milhões de euros: Luís Miguel Nani
15 milhões de euros: Cristiano Ronaldo
7,5 milhões de euros: Ricardo Quaresma
Academia do Sporting – Escola de leões
2010/04/01
Na Academia do Sporting treinam todos os dias 130 jovens aspirantes a futebolistas profissionais. A única escola europeia de futebol com um certificado de qualidade prepara agora o caminho da internacionalização. Quem tem garras, joga à bola.
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Equipam de verde e branco às riscas e os adeptos dos outros clubes chamam-lhes lagartos, mas no maior viveiro português de futebolistas, o coração é de leão, animal que empresta nobreza ao emblema do Sporting Clube de Portugal, e alma aos jovens entre os 13 e os 19 anos que, diariamente, dão o litro para chegarem – quem sabe um dia – aos calcanhares dos seus ídolos: Cristiano Ronaldo, Figo, João Moutinho ou Liedson.
Nas modernas instalações da Academia Sporting/Puma, equipada com todas as exigências do desporto de alta competição, a vida não é fácil. Sobretudo para os 50 residentes, alunos vindos de longe, cujo dia começa por volta das oito da manhã nos bancos das escolas de Alcochete, localidade vizinha da Academia. Depois do almoço, segue-se o treino, o jantar, as horas dedicadas ao estudo e… cama: “Para aguentar este ritmo é preciso ter uma cabeça muito forte e estar disposto a fazer sacrifícios. Os nossos alunos têm tudo, mas é uma vida dedicada”, explica Diogo Maria Matos, ex-jogador do clube e actual director comercial e de instalações do centro de formação.
Se a dedicação e o esforço são meio caminho andado para alcançar a glória, nem sempre chegam para se ser um futebolista de excepção. Por isso, o Sporting encara a formação destes jovens como uma responsabilidade civil: “Os atletas residentes têm tutores e contamos com o apoio de psicólogas e professores. Sabemos que alguns não vão conseguir tornar-se profissionais e precisamos de apetrechá-los com ferramentas que lhes permitam ser cidadãos válidos fora da vida desportiva”. Daí que o aproveitamento escolar seja de mais de 90 por cento, bem acima da média nacional.
Hat-trick
Em Portugal, a “cantera” do Sporting tem produzido alguns dos melhores jogadores nacionais, para não falar daqueles que alcançaram uma dimensão planetária, casos de Luís Figo ou Cristiano Ronaldo (eleitos pela FIFA como melhores jogadores do mundo em 2001 e 2008, respectivamente), mas também de Paulo Futre, Simão Sabrosa, Nani ou Quaresma. Coincidência? Bons olheiros? Também, mas não só.
O método de treino é o mais importante e não será alheio ao facto de, desde 2002, ano em que foi inaugurada a Academia, terem chegado à equipa principal do Sporting 21 jogadores aqui formados. Mais: “Neste momento actuam na 1ª Liga portuguesa 41 jogadores que passaram por esta escola”.
Num mundo em que o desporto em geral e o futebol em particular se tornaram verdadeiras indústrias, funcionando os clubes como empresas em livre concorrência, capitalizar as mais-valias é fundamental: “A nossa missão é produzir jogadores do mais alto nível competitivo que possam ser utilizados pelo nosso principal cliente, a equipa profissional do Sporting, mas também por outros clientes”, explica Diogo. Em oito anos de funcionamento a Academia “vendeu” 70 milhões de euros em jogadores.
Mas os negócios não se ficam por aqui. Há que aproveitar um método vencedor que, segundo a UEFA, coloca a escola do clube, a par da do Barcelona (em Espanha) e da do Lyon (em França) entre as três melhores da actualidade. Com a vantagem de terem, recentemente, obtido a certificação de qualidade ISO 9001: “Somos os únicos na Europa a ter esta certificação. Encaramo-la não como um selo para pôr no papel de carta, mas como mais uma ferramenta de trabalho no que diz respeito a auto-avaliação e áreas de melhoria”. Como por exemplo? “Ajudou-nos a termos mais confiança no nosso trabalho e a redifinir a visão, missão, valores e ambição da Academia.”
Dessa ambição faz parte a exportação dos métodos de trabalho, dentro e fora de Portugal. Em 2006 – “depois de fazermos a nossa própria aprendizagem” – começaram a criar em todo o país as Escolas Academia Sporting destinadas a jovens do sexo masculino e feminino entre os 5 e os 14 anos de idade. Em apenas três anos passaram de 4 para 26 escolas: “São cinco mil miúdos vestidos de verde e branco às riscas a treinarem segundo o método do Sporting, todos os dias”. Uma espécie de franchising em que, a troco de entre 35 e 55 euros mensais, os inscritos têm direito a treinar duas vezes por semana e a beneficiar de actividades pontuais na Academia de Alcochete.
O acordo é proveitoso para todas as partes. Os técnicos destas escolas são formados e certificados pelo Sporting, recebendo manuais técnicos e de gestão, e o clube compromete-se a avaliar o trabalho por eles desenvolvido localmente: “A nossa imagem e bom nome no futebol de formação é um grande património pelo qual temos de zelar”. Zelo esse que, além de valer dinheiro, já valeu também o recrutamento de 45 jovens para as equipas de competição do clube.
Conscientes do bom trabalho realizado e apoiados pela garantia de qualidade, os mentores da Academia iniciaram recentemente o processo de internacionalização. O primeiro passo rumo a esse objectivo será concretizado em Novembro deste ano quando for inaugurada a ASA – Academia Sporting África, em Bloemfontein, na África do Sul, aproveitando a embalagem do Mundial de Futebol da FIFA: “Trata-se de uma joint-venture em que o nosso investimento é o know-how e o lucro se traduz numa imensa rede de recrutamento e de scouting de jogadores africanos”.
Numa perspectiva mais economicista há outros negócios em campo. Como por exemplo a prestação de serviços de consultadoria a uma academia da Arábia Saudita.
Passadeira verde
Localizada na margem sul do Tejo, a 40 quilómetros do centro de Lisboa, e enquadrada numa extensa mata de sobreiros, zona de paisagem protegida, a Academia Sporting/Puma ocupa uma área de 25 hectares. Sendo, além de escola, o centro de estágios e de treinos da equipa profissional, dispõe de sete campos de futebol e de todas as infra-estruturas necessárias ao desporto de alta competição, entre as quais dois ginásios dotados com os mais modernos equipamentos, centro médico e balneários. Existe ainda uma ala destinada a alojar equipas e desportistas das mais variadas modalidades que procurem um centro de alto rendimento.
O edifício central do empreendimento dispõe de 91 quartos, 18 dos quais são duplos e estão disponíveis para alugar. As instalações hoteleiras incluem refeitórios, salas de estar, cozinha e rouparia, bem como um auditório com 70 lugares. Não admira pois que a Academia tenha sido escolhida para quartel-general da Selecção Nacional de Futebol no Euro 2004, realizado em Portugal.
Sem contar com as despesas de pessoal – trabalham em Alcochete 100 funcionários recrutados ao Sporting –, a escola de formação do clube custa anualmente 2,4 milhões de euros, gerando receitas da ordem dos 1,4 milhões (patrocínios, escolas, aluguer do espaço para estágios): “Só em leasing das instalações pagamos um milhão de euros por ano”, justifica Diogo Matos. Mas há ainda que somar à contabilidade os 17,5 milhões de investimento inicial e subtrair as mais-valias indirectas: “Se atribuirmos a cada um dos 21 jogadores fornecidos à equipa principal ao longo destes oito anos um valor estimado de 1,5 milhões de euros, obtemos um valor de 31,5 milhões de euros que não foram gastos pelo clube”. Contas à parte, a Academia é um dos maiores orgulhos dos cerca de três milhões de adeptos que o clube tem em Portugal.
Segundo juristas com quem falei, é uma realidade que é ilegal esta operação.
Sobre o timing, o facto é que apenas ontem foi concretizada (fazendo fé no comunicado, não tenho a confirmação da formalização do acto). Portanto, apenas a partir de hoje será possível avançar com uma acção judicial.