Desde Janeiro que este topico não tem sido usado?! fogo! :mrgreen:
Rui Correia
“Lembro-me quase todos os dias do meu pior investimento”
A compra de um lote de acções do Sporting valeram, até hoje, o galardão de pior investimento de Rui Correia, director da Sala de Mercados do Barclays, em Portugal.
O mercado cambial, também conhecido como forex (do anglo-saxónico ‘foreign exchange’), não dorme. Está aberto 24 horas por dia, sete dias por semana, e é responsável por um volume de negociação diário de quatro biliões de dólares, o equivalente a 17,4 vezes o PIB de Portugal. É neste mercado que Rui Correia, director da sala de mercados do Barclays em Portugal investe as suas poupanças. A preferência do especialista por este mercado prende-se pela elevada liquidez que oferece e pela “grande importância” que a análise técnica assume na determinação da cotação dos vários pares cambiais. Nesse sentido, não é de estranhar que o último investimento realizado por Rui Correia tenha sido exactamente no ‘forex’, por via da compra de libras esterlinas e venda de euros. Porém, o pior investimento de Rui Correia foi feito no mercado accionista, por via de um lote de acções do Sporting - Sociedade Anónima Desportiva (SAD).
Há quanto tempo investe na bolsa?
Desde 1989 que invisto grande parte do meu tempo nos mercados financeiros, dado que foi nesse ano que comecei a trabalhar numa sala de mercados, de onde ainda não saí.
Qual é o seu instrumento financeiro preferido? Porquê?
Claramente o mercado cambial é o meu favorito. Funciona 24 horas (inclusive durante o fim-de-semana), quase sempre com muita liquidez e onde a análise técnica assume grande importância.
Recorda-se de qual foi o seu primeiro investimento no mercado de capitais?
Em 1990, comprei libras esterlinas tendo entregue escudos em contrapartida.
Quanto é que esse investimento lhe deu a ganhar?
Um valor irrisório em termos monetários, mas um valor imenso na experiência de gerir uma posição própria.
E do pior investimento, guarda alguma recordação?
Lembro-me quase todos os dias do meu pior investimento em termos monetários. Foram acções do Sporting.
De toda a sua experiência nos mercados, qual foi o período mais difícil para si e para a sua carteira?
Eleições inglesas em 1992, habitualmente realizadas a uma quinta-feira. Na altura trabalhava em Londres e coube-me gerir a carteira de GBP/USD durante a madrugada. A vitória inesperada de John Major disparou a volatilidade deste par cambial no próprio dia e durante a noite.
Qual foi o último investimento que realizou?
Curiosamente, igual ao primeiro: comprei libras esterlinas contra euros.
Como é que costuma reagir quando os seus amigos e familiares pedem-lhe “dicas” de investimento?
A sugestão que faço, não só aos meus amigos mas a todos os que pretendem investir nos mercados de capitais, é que não o façam por si só, mas que procurem aconselhamento profissional. E acima de tudo que procurem produtos, instrumentos ou classes de activos, e não tanto investimentos específicos porque os investimentos devem ser adequados ao perfil de risco de cada um e não ser feitos por ímpeto.
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Chora lá Rui, chora…