A valorização da "Marca Futebol" - artigo de Miguel Cal

O nosso já famoso “gestor de topo” escreveu aquilo que o Sporting apresenta como uma “reflexão profunda” de como valorizar o futebol que pode ser lida aqui: [url=https://www.sporting.pt/pt/noticias/opiniao/2019-06-15/a-valorizacao-da-marca-futebol]https://www.sporting.pt/pt/noticias/opiniao/2019-06-15/a-valorizacao-da-marca-futebol[/url]

Vale a pena ler o artigo mais que não seja para se perceber a extensão da falta de memória institucional do Sporting. Miguel Cal apresenta ideias com décadas e identifica problemas crónicos do futebol português que existem pelo menos há quarenta anos e acha que é o primeiro a identifica-los. Quantos dirigentes do Sporting não formularam o essencial destas ideias nas últimas décadas?

Desde que me lembro que se fala no clima de suspeição em torno do futebol português e na lógica do “vale tudo para ganhar”. Pensar que vale a pena propor aos agentes desportivos que estes contribuam para credibilizar o futebol português é de uma ingenuidade tão grande que me faltam adjectivos para classificar. Sejamos claros o futebol só poderia regenerar-se se pelos menos 90% dos agentes em seu redor fossem substituídos, e isso como é evidente não está nos planos dessas pessoas.

Outro ponto abordado velho com a noite é a questão dos direitos televisivos. É bem sabido que a distribuição mais equilibrada dinheiros da televisão seria decisiva para que houvesse um campeonato mais interessante e atraente. Foi como se sabe uma luta de BdC e até de Pedro Proença, que esbarrou nos interesses e no poder mafioso do Benfica.
E isso leva-nos à questão central da qual derivam muitas as outras, enquanto houver um clube (Benfica ou outro qualquer) que domina as direcções dos clubes mais pequenos de forma que estes na Liga votam contra os seus interesses não há qualquer possibilidade de regenerar o futebol português.

Ao longo do artigo Miguel Cal refere o campeonato inglês como o modelo a seguir. Mas parece escapar-lhe a diferença fundamental entre o clube empresa inglês e o clube-associação português. O primeiro é suposto dar lucro ao seu dono, o segundo não precisa de dar lucro e está permanentemente falido e dependente de interesses externos. Atenção que não defendo a implementação do modelo inglês em Portugal, aliás os exemplos que houve de privatização de clubes portugueses foram todos um fracasso, chamo apenas à atenção que o caminho para um campeonato português mais equilibrado e transparente é tudo menos simples, e a existência de um campeonato como o inglês em Portugal é ficção pura.

Nas conclusões do artigo que não resiste ao auto-elogio, Cal refere de uma forma breve e bastante descontextualizada a questão da contagem dos campeonatos, e recupera também a sua famosa pretensão de vender cerveja no estádio mostrando mais uma vez que não percebe o país e a sociedade em que está inserido. Enfim um verdadeiro ET na SAD do Sporting.

Esse artigo não pode ser levado a sério.

Um tonto este Cal

SL

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Conversa para boi dormir… :sleep: :sleep:

. Apagar

Eu tenho duvidas se esta gente e sportinguista, primeiro porque nunca ouvi falar neles , Segundo, se eram onde andaram estes anos todos para nem sequer terem conhecimentos sobre propostas tao antigas ?

Mas estou mais inclinado para nunca terem sido sportinguistas , mas agora apareceu esta oportunidade , ate fazem a parte que se importam com o clube, ou entao como convenceram os adeptos a votarem na destituicao de um presidente , certamente que os mesmos acreditam que estas propostas sao suas!!

Estao de volta os iluminados do scp !! :whistle:

Bem, não percebo como é que se pode criticar o que o Miguel Cal diz no artigo. Não é aquilo que todos sempre defendemos para o futebol?

Se é utópico ou não é outra coisa. Mas porra… às vezes a crítica parece-me muito automática aqui. O Bruno de Carvalho falou mil vezes destes temas e andava tudo de pau feito. :wall:

“Queremos um futebol limpo” - reacção no fórum “menino! Nem vale a pena ler isto! Ridículo!” :inde:

Acho que o que está no artigo, escrevesse quem escrevesse, é aquilo que eu quero para o futebol em Portugal.

Um lírico que não sabe tocar arpa. Eis este personagem.

Tretas.

O sr Cal, como li acima, é um lírico.

E novamente, bate no lado errado da coisa. O problema não é “o barulho”.

São os compadrios, a corrupção, a subjugação a interesses de uns quantos, a falta de verdade desportiva, de isenção e imparcialidade.

Mas o Sporting parece ter-se juntado a Rui Santos no branqueamento da coisa.

Isto interessa a quem?

O Cal aponta problemas do futebol portugues que não são os reais problemas, são as consequências desses problemas. Tentando resolver essas consequências nunca vai resolver os problemas, antes pelo contrário, vai branqueá-los.

Ex.: Agora começa-se a aplicar multas altíssimas a quem criticar arbitragem e denunciar “coincidências” e conflitos de interesse óbvios. Os problema das arbitragens e os conflitos de interesse serão resolvidos? Não, antes pelo contrário, ainda estarão mais à vontade.

B. Carvalho ía à raiz das coisas. E isso incomodava muita gente.

Ainda existe?

Palpita-me que, apesar de andar escondido, propositadamente ou não, vamos ouvir falar muito deste artista em breve…