Este assunto já começou a ser discutido no tópico do jogo de domingo, onde já foram sublinhados os prós e contras desta estratégia adoptada até aqui por Paulo Bento.
No entanto acho que esta questão merece ser discutida em tópico à parte e tendo em conta dados objectivos no que diz respeito à gestão que o nosso treinador tem feito do plantel à sua disposição.
Sendo assim começo pela defesa onde no lado direito tem havido uma alternância quase constante, que se compreende na medida em que Abel começou muito mal a temporada, daí que tenham sido dadas oportunidades a Garcia e que até Caneira tenha sido utilizado em situações pontuais. No entanto penso que se se confirmarem os indícios de melhoria de forma do ex bracarense, o lugar passará a ser dele duma forma mais constante.
No centro da defesa Polga e Tonel fazem parte da espinha dorsal da equipa e o descanso já concedido ao nosso central goleador, foi apenas uma situação de mera gestão de esforço.
Na minha opinião Caneira é um jogador chave nesta equipa e só compreendo as suas frequentes passagens pelo banco, pelo facto de ter começado mais tarde a preparação, ao que se pode somar a presença no plantel de um jovem com muito potencial como é Ronny, ao qual Paulo Bento tem dado muitas provas de confiança e injecções de motivação.
Na posição de trinco previa-se uma luta entre Custódio e Paredes, mas as lesões de ambos, abriram espaço a Veloso, pelo que nesta altura esse é um lugar onde o nosso treinador se pode dar ao luxo de mexer à vontade, sem perder qualidade.
Para os outros três lugares do losango, Paulo Bento começou por apostar em Martins, Moutinho e Romagnoli, mas a lesão do primeiro abriu espaço para Nani, que agarrou a oportunidade a ponto de hoje ser uma das figuras da equipa, fazendo já parte da tal espinha dorsal, juntamente com Moutinho, que dada a sua impressionante regularidade também já é um imprescindível.
Resta ssim um lugar, pois o argentino é muito inconstante, pelo que Tello já teve a sua oportunidade, sem que tenha conseguido afirmar-se completamente.
Sendo assim prevejo que a rotatividade possa continuar, isto se Martins não conseguir cumprir a sua promessa de finalmente fazer uma temporada de acordo com o seu potencial.
Farnerud e João Alves também espreitam uma oportunidade e a opção de adiantar Paredes também já foi testada, embora sem grandes resultados.
Na frente é Liedson e mais um, sendo que esse um, são três:
Alecsandro que parece ser o melhor par para o levezinho, mas que chegou pesado.
Bueno que luta muito mas teima em não acertar com a baliza.
E Yannick que mistura a sua irreverência e velocidade, com muita verdura.
Em suma parece-me que a rotatividade que Paulo Bento tem feito neste plantel até faz algum sentido e em muitos casos tem outros fundamentos que não apenas a simples gestão de esforço que na minha opinião deve ser feita com muito cuidado e de preferência no decorrer de jogos já mais ou menos ganhos, se bem que com Paulo Bento isso seja pouco frequente acontecer