Em um mundo mergulhado numa crise humanitária, que terá consequências nefastas também a nível económico e social, a prioridade deve e tem que ser a nossa protecção, a dos nossos e a dos outros. O contexto actual será irreversivelmente marcante e espero que do mesmo se tirem as ilações necessárias para que as entidades competentes e sociedade em geral estejam mais preparadas para evitar algo semelhante no futuro.
Mas que esta “pausa” para grande parte da população, não sirva para fazer esquecer e desvalorizar problemas reais que não desaparecem nem desaparecerão porque simplesmente não se fala deles. A maior parte certamente bem mais importante que o futebol e o Sporting, mas é sobre o Sporting que aqui se fala.
A incompetência com que é gerido, não está de quarentena e não dará descanso. A falta de rumo não é e não será invertida, a desagregação e desunião do Universo Sporting não podem ser varridas para debaixo do tapete, a forma como estes dirigentes principalmente o presidente do clube, preferem claramente o potencial prejuízo da instituição, como disso tivemos prova nos depoimentos de Varandas no julgamento de Alcochete e no processo do Rafael Leão, se isso lhes der acrescidos balões de oxigénio acrescidos e assim manter a narrativa falaciosa com que continuam a enganar muitos sportinguistas, à boleia de uma Comunicação Social, principalmente desportiva, pouco preocupada em informar ( e para isso tem que ser informada, primeiro) e sim em vender para poder sobreviver.
Se também o futuro imediato do Sporting está em stand by, que a poeira à volta da propaganda e lavagem de imagem do sr Varandas, à conta do “voluntariado à força”, ou de hipotéticas decisões do associativismo num contexto de pandemia ( naturalmente impraticáveis, por ora ) que tanto indignam alguns escribas da praça, com pouco assunto e mesmo assim persistentemente avarentos no tempo a que dedicam ao estudo das matérias sobre as quais escrevem, não sirva de maquilhagem, mais uma.
E se a absoluta mediocridade da sua gestão que só para algumas criaturas que sistematicamente preferem viver com a cabeça enterrada na areia, não é indiscutível, é a causa da perda da competitividade global, do afastamento dos adeptos e do desbaratar de recursos, num contexto difícil ( pós Alcochete ), mas gerível, será catastrófica quando o clube tiver obviamente que se ajustar aos efeitos pós crise.
Com menos receitas ( porque activos também já foram na sua maioria, alienados e boa parte do contrato NOS, antecipado ), com menor capacidade competitiva instalada, com encargos acumulados muito acima da qualidade que representam e com o clube dividido ( porque se quis dividir… ainda mais ), o futuro do Sporting é negro.
Não deixou de o ser, nas últimas semanas. Apenas outras prioridades ganharam ainda mais relevância.