A Guerra Civil no Sporting

Quando me perguntam a razão pela qual sou Sportinguista a minha resposta é invariávelmente a mesma : “Nasceu comigo”.
Quem me conhece atribui o meu Sportinguismo á influência do meu pai, que o era convicto e sócio.
Era-o, mas também era uma pessoa muito reservada e pouco expansiva, tanto que, quando soube que o meu pai era Sportinguista já eu o era há algum tempo.

Sim, o ser Sportinguista nasceu comigo, não me foi transmitido por familiares nem amigos, nem pela televisão uma vez que na minha infância e adolescência as transmissões eram muito raras. Da mesma forma a rádio não era uma influência e os jornais /que no máximo eram trissemanais) pouca força exerciam sobre qualquer jovem.

Cresci longe de Lisboa (não muito, mas nessa altura auto-estrada só a partir de Setubal o que fazia com que uma ida a Lisboa se fizesse em 2 horas quando não havia trânsito o que era suficientemente dissuassor de viagens ao Estádio José Alvalade) alimentando o Sportinguismo através dos amigos que partilhavam o clubismo.

Assim, sempre que conhecia alguém e descobria que tinha a mesma paixão clubista que eu, sentia uma imediata aproximação a essa pessoa. Podiamos não ter mais nada em comum mas quanto a clube éramos iguais. Defendiamos o indefensável se necessário fosse, em nome do nosso SCP.

Fui poucas vezes ao nosso Estádio durante a adolescência, mas quando fui, assim que chegava e entrava, olhava para as bancadas e sentia-me em casa. “Estou com a minha familia desportiva” pensava para mim. Ali não se encontravam cores, credos ou politicas. Apenas e somente Sportinguistas como eu.

Quando me mudei para Lisboa por força da minha passagem a estudante universitário a primeira coisa que fiz foi, não conhecendo a capital minimamente, deslocar-me a pé até ao nosso Estádio para passar de sócio correspondente a efectivo.
A partir daqui as minhas idas ao Estádio tornaram-se frequentes e uma vez lá sempre o mesmo sentimento me assaltava : “Estou entre iguais”. O comentar as incidências do jogo com alguém que possivelmente nunca mais verei na vida ou o abraçar um desconhecido após um golo era…natural. Nunca eram desconhecidos eram sim…Sportinguistas…como eu unidos em volta de um ideal comum, o SCP !

Bem, e toda esta conversa porquê ? Porque actualmente quando me encontro com um amigo Sportinguista ou conheço alguém que se revele Sportinguista, a minha reacção já não é um sentimento de irmandade. Agora o primeiro sentimento que me ocorre é uma pergunta : Continuista ou de Ruptura ?

Na actualidade do SCP há uma clara divisão entre duas facções, sendo que cada uma olha para a outra com mais ou menos animosidade, mas sempre com animosidade. Existe um sentimento de raiva contida e conflito eminente por parte da maioria dos defensores de ambos os lados da barricada. Sinto-o em mim, nos meus amigos, nos meus conhecidos e nas pessoas com quem contacto.

Esta é a realidade. Passamos por uma fase (?) em que já não estamos em sintonia, já não somos um todo. Estamos divididos e talvez irremediávelmente.
A situação entre Sportinguistas é tão grave que a palavra “união” é praticamente um vernáculo no léxico Sportinguista.

E agora ? Perante isto o que esperar das eleições ? Acredito que o vencedor o será por pouco. Tenho muitas duvidas que o cenário seja outro e temo que possamos assistir á página mais negra da História do SCP.
Há motivos para prever que os vencidos (sejam eles quais forem) não aceitem a derrota de ânimo leve e dai aos confrontos fisicos e á violência pouco tempo passará.
A divisão será completa e a metade vencida afastar-se-á de vez do Clube e isso será potencialmente mortal para o SCP.

Desengane-se quem julgue que perante este cenário a metade desavinda voltará ao Clube mediante um bom trabalho da direcção eleita.
A incapacidade humana de reconhecer erros de julgamento próprios ocupar-se-á disso e além do mais um “bom trabalho” teria de ser algo como titulos de campeão consecutivos. Um campeonato não chegaria, uma taça ou supertaça também não e uma qualificação para a LC menos ainda.

A divisão entre adeptos É o grande problema que o SCP e a sua direcção eleita terá de resolver. O insucesso desportivo ? Resolve-se. As dificuldades financeiras ? Também. Com maiores ou menores dificuldades resolvem-se.

A “Guerra Civil” entre adeptos ? Temo que não se resolva.
A força do SCP e a sua grandeza reside nos seus adeptos. Muito mais que um lugar-comum isto é uma realidade. A força vital de qualquer clube é a força dos seus adeptos, não tanto na quantidade mas na qualidade dos mesmos. A grandeza do SCP está na capacidade dos seus adeptos de defenderem o Clube mesmo discordando de quem o dirige.

Esta capacidade está, julgo, não só diminuida como praticamente ou quase definitivamente perdida. Receio pelo nosso futuro como Grande perante este cenário.

Não escrevo este post á procura de responsáveis por este “estado de coisas”. Não culpo direcções nem MAGs. Não culpo eleitores nem eleições. Acredito que esta guerra aconteceria sempre, fossem as eleições agora, em maio ou em 2014.
Da mesma forma este post não é um apelo á união dos adeptos em redor da direcção que emanar das eleições. Cada um pensa pela sua cabeça e como já deixei a entender considero essa união utópica pelo menos nos anos mais próximos.

Apenas constato a realidade como ela me é dada a ver e receio…muito o que nos poderá acontecer como grande.

Se o Grande SCP desaparecer será pela “Guerra Civil do SCP” e não por outros motivos.

SL

© Laszlo 2013

:arrow:

O Sporting CP está ferido de morte e não é de agora, com mais ou menos eleições pelo meio, é apenas uma questão de tempo.

Pessoalmente, há muito que queimei o ultimo cartucho. O Sentimento já nem é o mesmo e duvido que alguma vez torne a ser. Muitos anos, demasiada guerra, demasiada quezilia até entre amigos.
Há umas semanas, desloquei-me ao último Pensar Sporting, apenas e só, para ouvir um dos fundadores do FC United. Um recomeço, puro e descomprometido…

:clap: :clap: :clap:

Excelente texto. Subscrevo tudo o que aqui foi dito.

A única coisa que acrescento é que cabe também aos adeptos (sócios ou não) combaterem esta situação. Assim como uma famíla desunida pode-se unir novamente, também a família sportinguista o deverá fazer. Independentemente desta ou doutras eleições.

Este reaproximar não ocorrerá hoje, nem amanhã, nem no dia 23 de Março. Terá que ser uma situação progressiva… Mas tem que acontecer. Pois é a nossa família que nos defende, nos protege e nos acolhe, e a quem nós protegemos, defendemos e aconlhemos todos os membros…

Mais uma vez, os meus parabéns por um excelente texto!

A “reaproximação” só acontecerá com:

Competência
Seriedade
Empenho
Rigor
Transparência
Coragem
Ambição

Das direcções do Sporting Clube de Portugal, sem subalternização dos interesses do clube a terceiros, sem a criação de braços armados nas figuras das claques para abafar contestatários ( ou mesmo agredi-los ) e climas de terror.

Não é a “Guerra Civil” que mais me preocupa. O que mais me preocupa é o afastamento dos Sportinguistas do clube, a resignação, a falta de exigência. É o assumir da nossa própria incapacidade para gerir uma instituição que é uma dádiva dos nossos antepassados e que nós estamos a destrui-la, ano após ano. Isto será perfeitamente evidente quando chegar a altura de vendermos o coração do clube a terceiros, por valores não diferentes pelos quais os rivais vendem 2 ou 3 jogadores. Aí, bateremos no fundo.

Mas ainda aí teremos apelos à união e estabilidade, conceitos vistos como o bem maior do Sportinguismo e que nos levarão de braço dado, rumo ao abismo.

Cada vez tenho mais a certeza que esse seria o rumo certo, mas estamos em Portugal, já se sabe como é a mentalidade. Ouvir o Adam dizer que eles já têm projecto para um estádio etc. e pensar no Clube do qual eles são dissidentes que é apenas dos maiores do mundo. Em relação à suposta guerra-civil ela existe, fico triste é de perceber no que estas eleições se podem tornar, quando pensei que muita gente tinha aberto os olhos afinal tudo o que diziam só tinha a ver com sucesso desportivo… A guerra civil neste momento está a tornar-se em algo do género BdC- JPC. Eu já escrevi a minha opinião, não confio no Couceiro, alguém que é apoiado por quem é, e em que o seu responsável financeiro diz que não há indícios de gestão danosa. Só posso concluir que quem o apoio não está a par da realidade financeira. Caminhamos para o abismo.

A meu ver, existem apenas 2 hipóteses para “pacificar” os adeptos e por conseguinte o clube:

  1. Ser eleita uma direccão com zero de continuidade (ou lá perto) e tudo correr tão bem e o clube voltar a ser vencedor ao ponto de existir uma reconciliação e tranquilidade entre a esmagadora maioria dos adeptos que deixem um clube vibrante e com identidade para as gerações futuras.

  2. Ser eleita uma direcção com zero de continuidade (ou lá perto) e as coisas correrem mal, ou melhor, não correrem melhor que até aqui, e os adeptos anti-situacionistas mais fervorosos acabarão também eles por desmobilizar e perder a esperança. Existirá uma aceitação/conformação/resignação transversal no seio dos Sportinguistas, o clube estará irremediavelmente perdido (ou pelo menos perdido durante muitos e muitos anos) e também “paz”, embora seja mais a paz dos defuntos que outra coisa.

Qualquer eleição de gente ligada à continuidade, por muito potencial que tenham para o sucesso, irá ter como efeito a agudização desta guerra, já que são tantos e tantos anos de continuidade e das mesmas caras e mesmos processos e formas de estar que não há reconciliação possível entre uma substancial percentagem de adeptos com esta pseudo-elite que há tanto tempo governa o Sporting.

Não contes muito com isso… será vê-los ressuscitar

Existe, é verdade. Mas há muito tempo que é inevitável o confronto. Porque na realidade, existem dois modelos sociais dentro do SCP que pura e simplesmente não têm nada que ver um com o outro. Há um desses modelos que governa o Clube há quase 20 anos com os resultados conhecidos, e está na altura da revolução histórica. Lá mais para frente vamos ver com que consequências. Mas é inevitável acontecer. Inevitável. :arrow:

A minha história é semelhante, e como estas há muitas. Inclusive cheguei a ser atleta de duas modalidades no Sporting. Mas acredita que muita gente nunca deu valor a isso nem te considerou ao mesmo nível.

O texto é claro, lúcido, verídico.

Mas a guerra civil foi mais extensa do que Continuistas vs Ruptura.

Instalou-se no Sporting um clima de animosidade social, chegando ao adepto da capital vs o outro.

Ainda aqui há pouco tempo (podemos falar de meses) e fora de qualquer Bruno vs Godinho, adeptos como eu ou o Laszlo eram apelidados de, citando, “saloios” e “pacóvios” da província “recém despertos para a oposição aos roquettes” dos quais, “acertando na mouche”, 100 não valeriam 1 ultra e cujos textos seriam “papagaiar”.

Estou aqui a rever mais algumas declarações, mas não vale a pena continuar.

Portanto a fractura foi tranversal.

No Sporting, ao contrário do que aconteceu nos rivais, o sentimento de família foi atacado por dentro, houve pessoas que se colocaram a si mesmas acima de outras por se acharem especiais, melhores ou portadoras de veterania. Das direcções às bancadas, esses veteranos que se auto-proclamaram os pilares do Sportinguismo, acabaram por todos contribuir para um clube em cacos. Um clube que se auto-destruiu e se afogou em elitismos.

Hoje somos um clube dividido e sem rumo. Depois dos dois piores presidentes da história - Bett e Godinho - tivemos a pior oposição da história numa guerra institucional como nunca se viu noutro clube. Criaram-se muitos ódios e sede de vinganças. Por isto tudo não me revejo em nenhum dos candidatos a presidente. Merecíamos melhor mas ninguém se chegou à frente. Couceiro melhor do k os outros mas mal rodeado. Também ele merecia melhor companhia.
A única receita para a pacificação são as vitórias mas com o necessário desinvestimento na equipe principal depois do desvairo dos últimos anos também essas irão ficar mais longe.

Futuro negro.

Pior oposição porquê?

Por dizer a verdade e que estavamos a caminhar para o abismo?

A guerra civil existe, porque tinha de existir. A guerra civil existe, porque existe paixão e isso não é coisa de menos. A guerra civil existe e continuará a existir, mesmo após 23 de Março. Ganhe A, B ou C, continuará latente.

Ela existe pelos resultados. O Sporting é mais que o futebol, mas o futebol não é igual aos outros. Pensar o contrário é demagógico. Em 2011, a oposição aumenta pela esperança de mudança. Não apenas pela dívida, mas especialmente pelos resultados e pela ideia de que assim não vamos lá. Surge, mais forte e em mais mentes, a ideia de “continuidade”. E essa “continuidade” é a de ganhar menos (se bem que menos de zero é complicado) e mais vergonhas. A isso juntou-se a ideia de que não só não ganha, como ainda está quase a fechar portas. Ou que praticamente acabou em termos de património. Esta ideia fez o tal “tilt” em muita cabeça. E a paixão, aliada à desilusão e consequente raiva… só podiam dar em guerra.

A guerra civil, ao contrário da paz podre, cega, ignorante, da união em torno do nada, é a mais brilhante prova de que o Sporting pode estar à beira da extinção como entidade, como Instituição. Mas não como paixão. Logo, dificilmente como Clube, enquanto associarmos isso a uma uma ideia colectiva, uma associação de adeptos/sócios.

A divisão entre adeptos, por isso (e na minha ideia), está longe de ser o maior problema do Sporting. Foi com 90% de união que Bettencourt foi eleito. Observem-se os resultados da eleição de Santana Lopes. Veja-se o número de sócios que confiaram em Jorge Gonçalves. Veja-se a continuidade em Filipe Soares Franco. O Sporting nunca foi um Clube dado a rupturas, mas sim a uma continuidade que tresanda a decadência. É certo que das rupturas que me lembro (Jorge Gonçalves e Sousa Cintra), fica a dúvida se seremos bons a escolher rupturas, isso não posso contestar. Principalmente (e de longe) na primeira.

O problema do Sporting são os resultados, é, e cada vez com mais peso, a falta de dinheiro na tesouraria, uma divida que sufoca, uma situação em que é refém de outros. Tudo isso é o problema do Sporting.

O Sporting deixará de ser grande quando os adeptos e sócios se estiverem a borrifar, quando começar a lutar para não descer ou o “vamos lá ver se vamos à UEFA”, quando tiver 5000 no Estádio, quando deixar de ser atractivo para investidores, quando deixar de ser notícia, quando deixar de contar para a luta. Ou quando deixar de ser suficientemente importante para ir à luta, mesmo que seja contra outros Sportinguistas.

De conflitos surgiram grandes líderes e grandes ideias. tenho pena é se continuarmos nesta discussão estéril, em que se medem pilinhas, ridicularizando a do oponente, acusando-a de falsidade. Disso poucas ideias saem.

[hr]

Num outro ponto, a questão do alfcinha Vs o campónio, ou como bem menos coloquial (e bem) coloca o @Viridis, o adepto da capital vs o outro. Sendo eu do Interior do país, mas vivendo na Capital durante largos anos e depois retornando, posso dizer que em nenhuma das situações me senti diferente no trato com outros. Também eu abracei no Estádio qualquer um. Mesmo depois quando vivi o Clube mais regularmente, vendo jogos e treinos, nunca o senti. Já falei sobre a forma como se olhava para os miúdos que iam apanhar o comboio para ver o Sporting. Nunca senti nada menos que orgulho e empatia. Fosse à partida da terrinha, fosse à chegada a Santa Apolónia.

O que sempre senti (pelo menos desde que consigo tais raciocínios) é se valerá realmente a pena a um adepto de longe de Lisboa ser sócio. Mas isso tem muito a ver com o Clube (aliás, os seus dirigentes e o trato que têm para com os mais territorialmente afastados sócios e adeptos), pouco com o alfacinha.

Haverá guerra no Sporting enquanto clube não ganhar é tão simples quanto isso, a questão da continuidade ao não são chavões que se utilizam.
Imaginemos o seguinte cenário Bruno de carvalho ganha as eleições, vai se fazer uma grande festa, se nos 2 primeiros anos as coisas não mudarem muitos daqueles que hoje o idolatram serão os primeiros a virar as costas, disso não tenho duvidas. Acabar a guerra no Sporting só ganhando.

Continuidade é um “chavão”? Já agora, um mito… :mrgreen: … é o “Bigfoot” do Sporting.

Qualquer futuro presidente do clube, seja ele qual for, que persista na falta de seriedade, na incompetência, em abafar de forma ignóbil insatisfeitos e subalternizar os interesses do clube, como tem acontecido até ao momento, não merecerá qualquer tipo de apoio, como é óbvio.

Tb acho que soube que era do Sporting antes de saber que era português. O que é algo que gosto muito. porque apesar dos Descobrimentos dos navegadores portugueses ser motivo de orgulho, gosto mais da vitoria do SCP na Taça das Taças…:wink:
Tal como no caso do país a nossa história dá-nos mais alegrias do que o presente. Aliás, todos concordamos que há grande paralelismo entre as duas realidades. E isso deve-se a ter tido péssimos lideres no passado recente, no país e no clube.

E neste momento dramático, facilmente encaro um apoiante de Godinho Lopes como um inimigo, a defender o indefensável.Detesto-os mais do que aos nossos rivais. É triste mas verdadeiro…:s

Escusado será dizer que sinto os mesmos pelos apoiantes do JC, porque não deixo de ver nele uma espécie de GL versão 2.0.

Contudo, ao contrario dos país, acredito que no SCP há alternativa à mediocridade. Penso que podemos eleger alguem que poderá endireitar a grande nau que é o Sporting. Quanto mais não seja porque acredito tratar-se de alguem que verdadeiramente ama e vibra com o Sporting, como eu. Penso que se elegermos BdC, as vitorias e o orgulho de ser do SCP vão voltar a aparecer, e com isso voltaremos a ser uma só família.

Se JC for eleito, temo que a sua incompetência e a guerra civil, que irá continuar inevitavelmente, irão dar a machadada final no nosso Sporting.

Saudações Leoninas!

Exelente texto :clap: :clap: concordo com tudo o que escreveste Laszlo.

na conversa com um colega de trabalho " se o bruno ganha não vai ver um euro meu " disse o meu colega.
e eu preguntei-lhe se o couceiro ganhar? se não haverá muitos que deixarão de dar qualquer euro que seja?

Acho o texto demasiado derrotista. Acho que é o oposto do que é preciso. Acho que o Sporting merece melhor e não tenho dúvidas que o vai ser, mais cedo ou mais tarde.

A verdade é que eu sempre me conheci Sportinguista. Sempre. O meu pai também também o foi, mas nunca como eu fui. E comigo, quanto mais em baixo está o Sporting, mais o defendo. É um membro da família. É alguém doente, mas que sei que vai recuperar. E todos estamos tristes, mas isso só vai piorar.

Concordo que sejamos hoje um clube mergulhado em elitismos, vedetismos e notabelismos. Concordo, mas também não acho que seja crónico. Vai demorar, mas mais tarde ou mais cedo vamos limpar a geração que tem comido o Sporting.

É para todos claro que o Sporting não vai ter a curto prazo o que já teve num passado recente. É-o também sobejamente sabido que a guerra civil está aí, mas também se espera que a última batalha seja por nós (e falo pela grande maioria do fórum) ganha. E nós não somos notáveis, não somos credíveis nem estamos à espera do nosso status para que os outros venham fazer o Sporting. O Sporting é para mim, o conjunto deste nós que falo. E auguro um futuro risonho, como já disse, porque este nós, é muito mais forte que qualquer notável que por aí ande.

Amo-te Sporting.

Ui, este tema permitiria-me escrever umas quantas milhares de palavras.

Fica a versão curta: há que declarar guerra a quem destrói algo tão grande de uma maneira consciente e premeditada.

É mais complicado menorizar o Sporting ao ponto onde este se encontra agora do que realizar a promessa de 3 campeonatos em 5 anos. E, contudo, conseguiram o primeiro.

A guerra civil estalou porque durante a tormenta os sócios do Sporting foram umas ovelhas cegas por cenários de credibilidade.
Ainda assim o é. Olham a nomes e pouco mais. Basta ver que couceiro andou desaparecido da vida do clube, nem ags nem nada…e de repente aparece como 1 dos principais candidatos.
O nível de exigência ( ou falta do mesmo) é gritante.
Por vezes penso que muitos se borrifam no verdadeiro estado das coisas, pois a procura de informações, de debater verdadeiramente o Sporting é 0!

Assim, uma minoria minimamente informada contra uma maioria que só olha a nomes…só pode dar guerra.