A Gestão dos Activos (Jogadores) na era Bruno de Carvalho

Começo por dizer que até à data, acho que o Bruno de Carvalho tem feito no geral um bom esforço no Sporting de modo a equilibrar o clube e a cortar com vícios do passado. Mas por outro lado, acho que ele tem muito a aprender na gestão de recursos humanos e na gestão de egos dos 400 e tal jogadores de futebol que o Sporting tem.
Discordo e muito na visão que a maioria das pessoas aqui tem sobre a forma como o Bruno de Carvalho tem resolvido estes casos. Não se trata de ceder a pressões, não se trata de chantagens, trata-se de gerir o timing em que são feitas as coisas, trata-se de gerir pessoas, trata-se de gerir expectativas dos jogadores em prol dos interesses do clube. É perfeitamente possível e esse deveria ser o papel do presidente e da direcção do clube, o papel aliar os objectivos desportivos e financeiros do Sporting aos mesmos objectivos dos jogadores do clube.

Temos que ser honestos na nossa maneira de pensar e não podemos pensar que estão todos contra o Sporting, contra o presidente do Sporting ou contra os adeptos do Sporting, pois todos nós temos os nossos objectivos.
Ao contrário do que o Bruno de Carvalho diz, não há nenhuma lei que proíba as pessoas de negociar contratos com outros clubes, não há nenhuma lei que proíba os outros clubes de contactar os jogadores do Sporting. Não podemos pensar que vivemos numa época da escravatura e não devemos agir dessa forma. Por outra lado, todos os jogadores com contrato com o Sporting têm deveres perante o Sporting e têm que respeitar esses deveres.

Quando era mais novo, ainda tinha ídolos no Sporting, como foram em tempos o Figo, o Dominguez, o Pedro Barbosa, entre outros. Mas também já há muitos anos percebi que ídolos são coisas que existem nas igrejas, nos clubes de futebol simplesmente não fazem sentido. Por isso tanto me faz, que na equipa do Sporting esteja o Rojo, o Slimani, o Dier ou o José Ninguém, o objectivo do Sporting é estar bem financeira e desportivamente. Sendo que para alcançar isso, temos que saber lidar da maneira mais correcta os objectivos individuais dos atletas. Esta deveria ser a premissa base de qualquer clube.

Temos sempre que saber quem somos, o que podemos fazer, com o que podemos contar para sabermos para onde podemos ir. Por isso não nos devíamos enganar, Portugal para os jogadores de futebol é um ponto de passagem de jogadores que sonham um dia jogar em Inglaterra, Alemanha ou Espanha, por serem Ligas com mais prestigio e mais dinheiro que a Portuguesa.
A situação que se passa no Sporting também se passa no porto ou também se passa no benfica. Sendo que estes dois clubes têm outro tipo de argumentos que o Sporting não tem para gerir este tipo de situação. Por exemplo o porto recentemente, para manter o Jackson focado no clube, aumentou-lhe o salário e baixou-lhe a clausula de rescisão. Goste-se ou não, isto é saber gerir expectativas do clube e do jogador. Do clube porque fica-se com o jogador mais um ano desportivamente focado no clube e do jogador, porque o jogador andará um ano atrás da “cenoura” a pensar que para o ano é que dá o salto.

Por isso a meu ver, cada caso é um caso e deve ser analisado friamente, de modo a nunca comprometer os objectivos financeiros e desportivos do clube. No caso do Rojo, do Slimani e do próprio Dier, foram cometidos vários erros de gestão e que com maior ou menor dificuldade podiam ter sido evitados.

No caso do Dier, é óbvio aos olhos de todos os que o acompanham que o jogador tinha potencial para render 2, ou 3 ou mais o que rendeu ao Sporting. Logo nós do lado do Sporting, não podemos esconder por detrás de clausulas que existiam no contrato, pois a direcção do clube, já está no mesmo há cerca de ano e meio e teve tempo mais que suficiente para negociar um novo contrato com o jogador.0
Um contrato que beneficiasse o clube e que beneficiasse o jogador. O jogador tinha mais que dois neurónios e não queria uma claúsula de 45M para o salário que lhe era proposto. Colocavam-lhe uma clausula de 15M. Era preferível receber esses 15M e manter um jogador que já conhecíamos o seu valor desportivo por mais um ou dois anos, do que receber 5M e perder um bom activo a nível de rendimento desportivo.

No caso do Rojo, penso que a partir do momento que o clube recebeu uma proposta de 20M por ele, o clube tem que se sentar à mesa de negociações com o MU e com o próprio Rojo. Não vale de nada ter um jogador insatisfeito no plantel e a desvalorizar. O jogador a partir deste momento tem a cabeça no MU e o nosso esforço deveria estar concentrado em negociar com o tal fundo, com o MU e com o Rojo. Depois do mundial que o Rojo fez, penso que era inevitável que o Rojo tivesse propostas bastante interessantes para a carreira dele e o mais provável era a saída do jogador. Desde o fim do mundial até agora, a direcção teve bastante tempo para encontrar uma alternativa válida ao Rojo e não fez nada nesse sentido, prefere esconder-se atrás de um contrato de 3 anos que ainda tem com o jogador. Isso vale de quê? Pergunto eu. No final, acho que todos sabemos o que vai acontecer, o Rojo já não voltará a vestir a camisola do clube e nós andamos a desgastarmos atrás da solução errada.

O caso do Slimani é um pouco diferente. Trata-se de um jogador que ganha pouco, para aquilo que contribuiu para a equipa no ano passado, mas que não é assim tão influente ou tenha potencial para valer muito mais do que vale agora. Por isso e com toda a lógica, deveria ter sido proposto um novo contrato ao jogador, de acordo com a influência do jogador na equipa. Na minha visão de contratos de trabalho, faz todo o sentido os contratos serem revistos todos os anos, nem que isso implique aumentos salariais. Se o jogador assinou um contrato no ano anterior, isso a mim não me diz nada. É óbvio que a direcção tem que se salvaguardar através de outros mecanismos de possíveis quebras de rendimento, nomeadamente prémios de jogo, eficácia, etc…
Daí que houve tempo suficiente desde o final da época passada até ao dia de hoje para tentar chegar a um acordo com o jogador. Se não o fizemos atempadamente pelas nossas razões, então também temos que saber lidar com os problemas que daí advêm.
Daqui para a frente, parece-me que a melhor solução é mesmo vender o jogador que está no pico do seu valor desportivo e parece-me, olhando ao que se paga por esse mundo fora, por avançados com a mesma influência e eficácia do Slimani que os 10/12M um preço justo.

Em nota final, espero que no futuro a direcção melhore e muito a maneira de gerir os seus activos, pois só tem a perder tanto desportiva como financeiramente. E se um caso é um caso, 4/5 casos por época já me parece demais e o Sporting ainda tem alguns activos muito importantes que estão atentos ao que se passa, falo do William, do Carrillo, do Adrien…

O Sporting precisa de estabilidade, precisa de organização, precisa de ter objectivos desportivos realistas, precisa de ter jogadores e os jogadores precisam de olhar para o Sporting como um clube que os ajuda também a alcançar os seus objectivos.
Tem que a ver uma simbiose entre todas estas variáveis, que infelizmente ainda não há, apesar de do esforço que reconheço às pessoas da direcção.

Saudações leoninas.

Esta coisa de idolatrar jogadores já foi chão que deu uvas. Poucas, é verdade, mas noutros tempos longínquos era natural e até compreensível.

Hoje em dia, acho estranho que alguém com a informação e o conhecimento do que se passa no mundo em que vivemos, coloque jogadores num pedestal e às vezes até acima dos próprios interesses do Clube.

Acho também estranho que alguns, quando determinado jogador passa a envergar a camisola do Sporting, imediatamente o endeusam e até levam a mal quando se lhes diz que esse tal jogador não passa dum perna-de-pau, dum cepo, e dum tosco em que o futebol foi um acidente e que até envergonham e desprestigiam a camisola que trazem vestida.

O jogador de futebol nos tempos que correm é pura e simplesmente um mercenário, na maioria das vezes mal formado, sem qualquer sentimento pelo clube que representa, e em que os seus princípios e valores assentam pura e simplesmente no dinheiro que ganham ou que poderão vir a ganhar.

Como tal, parece-me evidente que devam ser tratados em conformidade. Ou seja, como carne para canhão.

É claro que existem raras e honrosas excepções de jogadores que demonstram lealdade e amor ao clube que representam, e esses também deverão ser tratados em conformidade.

Vem tudo isto a propósito do vedetismo inusitado e da tentativa de oportunismo saloio que alguns pernas de pau têm protagonizado no Sporting.

Sem querer entrar em grandes detalhes sobre a valia destes pernetas, reconheço que o Rojo fez uma boa época ao serviço do Sporting, num campeonato que está no limiar entre a segunda e a terceira divisão da Europa, fez até um razoável mundial, mas isso nunca fará dele um grande jogador, e muito menos o direito de tentar impor condições.

Quanto ao Slimani, reconheço-lhe também um bom mundial, agradeço-lhe a excelente época que fez no Sporting, sendo até talismã em algumas entradas nas partes finais dos jogos demonstrando ter estado com pé quente.
Mas o pé quente quando se é um matacão rapidamente se transforma em pé frio, e esse é o meu receio.

O facto de lhe ter corrido bem a época, também não lhe dá o direito de exigir aumentos de ordenados ou de tentar chantagear o clube que representa.

Poderá até ser um jogador útil no que diz respeito ao desgastar os defesas adversários, poderá até ter algum sentido de oportunidade dentro da área, poderá até ser trabalhador, mas vejo sempre ali uma espécie de Manoel, Ralph Meade, ou Ouattara. Todos eles tinham uma característica comum. Eram matacões de nascença e nunca deixaram de o ser.

Para além disso a facies e os esgares de Slimani também não auguram nada de bom.

Quanto ao “caso” Dier, para além das javardices do Godinho, do pai, e dele próprio, a sua flexibilidade e jogo de rins em tábua, conjuntamente com um discernimento meio amalucado e muito pouco fiável, antevêem que esteja ali o Ilori II.

Mas mesmo que todos estes sabugos fossem grandes vedetas e grandes estrelas, nada lhes daria o direito de faltar ao respeito ao Clube, de tentarem impor as suas estratégias oportunistas, de incumprirem com as regras estabelecidas, ou de provocarem casos de indisciplina.

Como tal, mais uma vez o Presidente Bruno de Carvalho esteve irrepreensível e mais uma vez defendeu os interesses do Sporting como ninguém.

EM FRENTE, PRESIDENTE!

Dois bons textos que reflectem duas posições algo distintas sobre o modus operandi de BdC na gestão dos activos do futebol.

Vou mais pela do green hawk, BdC nao pode andar sempre a dar pau e a achar que os contratos no futebol são imutáveis, logicamente que não tem de ceder a pressões de venda, mas deve tentar encontrar um equilíbrio satisfazendo algumas das pretensões do jogador (nao vendendo pela quantia X na qual o jogador iria ganhar Y, ao menos aumentá-lo em Z e/ou baixar-lhe a rescisão no ano seguinte, com ou sem objectivos, para ambas as partes ficarem satisfeitas).

Uma ressalva: aqui nao sabemos qual foi a postura dos jogadores. Se é certo que são compreensíveis as aspirações pessoais e tentarem forçar uma melhoria das suas condições contratuais (seja ou nao pela venda) também temos que ver que por vezes passam os limites do aceitável quando efectuam essas pressões. Se foi o caso com Rojo e Slimani, então merecem ser punidos.

Estou 100 % de acordo com o Presidente , isto é tudo muito simples , tem que haver respeito para com o Sporting! Ponto Final .

Apoio o Presidente nesta situação. O facto é que não fazemos ideia do desenrolar das negociações, logo não podemos assumir que Bruno de Carvalho não tenha estado disponível para se sentar à mesa para negociar com o United e com Rojo. As declarações recentes de BdC até indicam disponibilidade do mesmo para negociar, desde que a postura dos jogadores seja a correcta. Sabemos especificamente quais foram as atitudes dos jogadores em questão que originaram os processos disciplinares? Ou esta-se simplesmente a completar o filme de forma infundada?

Chirola, se me permitires vou utilizar as tuas palavras para expressar a minha opinião pois exprime tudo o que penso sobre o assunto.

E discordo completamente do autor do post inicial. Durante vários anos elogiámos o pulso de ferro no Porto e este ano criticámos a sangria do Benfica em nome dos interesses. Quando chega a nós, parece que várias pessoas se tornam bipolares e afinal as boas práticas são as do benfica e nao do porto.

Eu também sou da opinião que Bruno de Carvalho nao é assim tão cabeça dura que nao tenha acedido a negociar com o United ou a Doyen. Acredito mais que a outra parte tenha tentado forçar um valor muito baixo (quando comparado por exemplo com o Mangalho) e que em simultâneo os jogadores tenham “exigido” sair e feito uma birra de todo o tamanho. Ora, aqui nao podem haver exigências nem ultimatos, simplesmente negociações. Querem isto? Então têm que dar aquilo.

Não concordo de todo com o “post” que dá origem a este tópico.

Por outro lado, estou completamente solidário com o Presidente Bruno de Carvalho nestes processos do MR e do IS.

Os jogadores não podem simplesmente pensar que podem renegociar um contrato de longa duração a meio da sua duração com base em posições de força, independentemente da valia que venham a demonstrar no seio do grupo de trabalho.

Estes dois jogadores têm ainda muitos anos de contrato pela frente, não foram obrigados a assinar os contratos que assinaram, com as condições remuneratórias que os mesmos contemplavam.

Os contratos são para se cumprir.

Ontem, da entrevista do nosso Presidente, retive algumas coisas:

  1. Os jogadores têm que perceber que o Sporting actual não é o Sporting dos LGL, JEB ou FSF;

2.Neste Sporting não se ruge para dentro e mia-se para fora; o discurso é coerente e quando parece que não o é, isso acontece porque quem ouve não está na posse de todos os dados para julgar com probidade e propriedade;

  1. A determinação do Presidente Bruno de Carvalho em defender os superiores interesses do Sporting é inequívoca e não vai ceder às pressões de empresários, jogadores e apêndices.

Gostei muito desta frase do Presidente: “Os jogadores têm expectativas? Toda a gente tem expectativas. Eu próprio tenho expectativas.”

E isso é verdade. Todos nós temos expectativas na vida. Elas concretizar-se-ão ou não e muitos factores não dependem só de nós.

Neste processos, o Sporting Clube de Portugal SAD, na qualidade de entidade empregadora tem que fazer valer os seus direitos consubstanciados pelos contratos de trabalho existentes.

Qualquer alteração aos mesmos, seja a revisão de condições salariais, seja uma eventual transferência, tem sempre que ser tratada de comum acordo entre as partes envolvidas e, sem dúvida, de forma a assegurar que os direitos de todas as partes são respeitados.

Aliás, quem nos diz que tanto o MR como o IS vão ter a influência neste época que tiveram na época passada? Vamos aumentá-los e depois? Se não jogarem o que jogaram na época passada vamos “desaumentá-los”? E eles vão nisso? É o vais… Será que MR e IS são as “feras” que pensam que são? Onde é que jogavam antes de vir para o Sporting? Em ligas com visibilidade? Não é pela mão do Sporting que chegam à Champions? Isso não vale nada? Não há reconhecimento para com a entidade patronal? Ou esta só serve para pagar os chorudos salários que eles auferem?

Posto isto, é pô-los a treinar à parte do resto do plantel durante o resto da época, como fizeram com o Marco Caneira, que é para ver se aprendem.

Estamos fartos de Noddys anões, de Brumas, de Illoris, de Diers e quejandos. O Sporting Clube de Portugal tem que ser respeitado.

Ah, and last but not least, ficam aqui uns :clap: :clap: :clap: :clap: :clap: para o excelente “post” do colega @ chirola.

Não podia discordar mais do post de abertura do tópico. Com essa mentalidade nunca vamos passar daquilo que fomos nos últimos 20 anos. Os jogadores têm que perceber que o Sporting não é (só) um trampolim para eles. Primeiro há que provar alguma coisa, depois sim, podem pensar em almejar vôos mais altos.

É impossível aqui não olhar para o modelo que tem dado os frutos que todos sabemos nos últimos 30 anos lá para cima do Douro. Não foi a fazer as vontadinhas todas aos jogadores e a renovar-lhes contratos “porque mais vale isso do que ter um jogador descontente” que o PdC construiu o clube vencedor que construiu.

Não podemos pensar só no curto prazo. OK, o Eric podia ter rendido 15 em vez de 5… Se calhar até podia ter valido 30, mas isso não era garantido e é preciso mostrar a esses meninos que quem manda é o patrão e não o empregado. No longo prazo os jogadores vão perceber que isto aqui não é como eles querem.

Quanto às aspirações dos jogadores, as regras da FIFA hoje em dia não permitem contratos com mais de 4 (?) anos por isso não se pode dizer que vão perder muito dinheiro se continuarem mais um ano a ganhar o que ganham agora. Esperem mais 1 ou 2 anos que o próprio Sporting será o principal interessado em lhes aumentar o ordenado. Não é num ano assinar contrato e no ano a seguir já querer ganhar o dobro.

Não fosse o SCP e o Slimani ainda estava na Argélia a ganhar uma sandes de torresmos por mês e o Rojo certamente nem teria ido ao mundial e não teria tido a valorização que teve.

Gostava em primeiro lugar de fazer uma ressalva relativamente ao texto original:

Ao contrário do que o Bruno de Carvalho diz, não há nenhuma lei que proíba as pessoas de negociar contratos com outros clubes, não há nenhuma lei que proíba os outros clubes de contactar os jogadores do Sporting. Não podemos pensar que vivemos numa época da escravatura e não devemos agir dessa forma. Por outra lado, todos os jogadores com contrato com o Sporting têm deveres perante o Sporting e têm que respeitar esses deveres.

De acordo com o regulamento de transferências da FIFA (http://www.fifa.com/mm/document/affederation/administration/regulations_on_the_status_and_transfer_of_players_en_33410.pdf), artigo 18, ponto 3:

A club intending to conclude a contract with a professional must inform the player’s current club in writing before entering into negotiations with him. A professional shall only be free to conclude a contract with another club if his contract with his present club has expired or is due to expire within six months. Any breach of this provision shall be subject to appropriate sanctions.

Por isso penso que existe mesmo uma lei que impede o aliciamento de jogadores sob contrato.

De resto, percebo a opinião do post original e concordo, em parte, com ela. Mas penso que Bruno de Carvalho não será tão inflexível como aparenta ser nas entrevistas. Essa será apenas a postura para fora (que visa chocar com a postura dos jogadores, empresários e pais que estão sempre a desbocar nos jornais).

Eu tenho algumas criticas a apontar a esta direcção no que à gestão de activos diz respeito, incluindo na mesma a politica de contratações:

  • Contratações, na época passada, sem qualquer valia desportiva e que eram previsiveis falhanços pelo percurso dos jogadores em questão: Welder e Magrão. Situo Piris e Vitor num outro patamar, que 1 anda foi util para tapar buracos nas laterais e o outro tem qualidade e num plantel jovem detinha experiência que poderia ser relativamente valiosa para o grupo.

  • Está por preencher a maior lacuna qualitativa deste plantel: extremos. A pouco mais de 2 semanas do fim do campeonato.

  • De maneira nenhuma ao nível que alguma critica tem apontado, penso que há espaço que alguns jovens da B merecem e não têm tido e isto quando há no plantel quem não lhes seja superior.


Tenho insistido na mesma tecla. Depois de um periodo negro da nossa história, BdC, pelo que fez para derrubar o situacionismo e principalmente pelos resultados em todas as vertentes que tem tido, merece o meu apoio, não incondicional, mas convicto. Não esperava um mandato perfeito e medidas sempre acertadas, estava preparado para alguns desvios de percurso desde que pouco relevantes mas sim um Sporting mais forte, a todos os níveis. E isso tenho tido. Portanto não lido bem com critica pela critica, sem fundamentação e minimo de cuidado pelas condicionantes vividas pelo clube.

Quanto ao primeiro texto deste tópico:

Não. Os clubes não podem abordar jogadores até 6 meses antes do término dos seus contratos, se não autorizados porque quem detém os seus passes.

A falta de profissionalismo não pode ser justificada por um baixo salário. Salário acordado há 1 ano, num contrato de longa duração. O clube pode ou não, poucos meses após ter celebrado 1 contrato com 1 atleta, concluir que há lugar para uma revisão salarial pelo alto rendimento de um atleta num determinado periodo. Pode fazê-lo com todos os jogadores do plantel, assim o queira e tenha condições. Como pode e tem o direito de achar que deve ter precaução com melhorias nas condições salariais dos seus atletas e de só recorrer às mesmas quando o jogador prove de facto que o tal desempenho não se sustente apenas em picos de rendimento e sim seja intrinseco ao atleta.

O Sporting pode, legitimamente, querer de Rojo o cumprimento da totalidade do contrato, já que o rendimento financeiro será residual. Paga-lhe bem, no primeiro ano mais do que rendeu desportivamente e nesta altura tem que negociar condições contratuais não apenas com o clube interessado em Rojo, mas também com quem detém 75% do passe. Por isto mesmo, o jogador terá que ter paciência. tem legitimas expectativas, mas à conta destas expectativas, o Sporting não pode deixar sair o jogador sem que os seus interesses sejam acautelados e estes passam por aumentar o bolo a que terá direito numa venda do argentino. Não conseguindo, o Sporting e mais uma vez, tem o direito de querer o jogador por mais 3 anos.

Considero também que as criticas ao caso Dier continuam a falhar de sustentação. O Sporting “poderia”, “deveria” ter feito “isto” ou “aquilo”. O que tem falhado aos criticos é a abordagem a algo simples. O inglês tinha uma cláusula de rescisão para Inglaterra de 5M. Porquê? Com que fim? Contornável como e a que custo?

No fundo e como a memória é curta, tudo se resume a um clube grande, apetecível, com ambições, que veio de uma boa época e com vários activos em alta, que não tem condições para renovações milionárias principalmente para jogadores que não sejam de primeira linha e de rendimento constante e sem margem para dúvidas e que face a um passado recente, tem ainda condições financeiras relativamente aos seus activos de tremenda dificuldade negocial. Cláusulas de 5M, passes de 25% tendo que pagar ainda mais 20% de mais valias e por aí fora.

Como tal, discordo quase em toda a linha do texto do tópico.

Fazendo minhas as palavras do Poeta Popular Marco Borges:

É do cansaço pah,
Pode ser que seja do cansaço.
Eu, Eu tenho calma pah.

E por isso peço desculpa de avanço.

Mas o texto original é de uma ingenuidade e cona-molice habitual noutros tempos.
Primeiro a Lei existe. Convém informares-te antes de fazer peito cheio de um argumento. E não existe desde ontem.
O clube recebe a proposta e só após a aceitar, é que os clubes podem encetar negociações com o jogador. Se isto é o que acontece ou não são outros 500. Mas é ilegal.

Segundo, mas alguém acredita que o Sporting é alérgico a vender jogadores? Ou a bons negócios?
Ou são da opinião que deveremos vender ao desbarato, só para evitar amuos? Era o principio do fim.

Terceiro, provavelmente estarias aqui a escrever um texto, a criticar o Sporting por ter vendido ambos…por uma ninharia. Não defendendo o clube.

Quarto, mas passa pela cabeça de alguém assinar contratos >3 anos e andar a renova-los anualmente? Independentemente do sucesso profissional? Há malta que precisa urgentemente de um banho de realidade / profissionalismo.
A malta esquece-se mas um jogador quando assina contrato, assina por um montante mensal, com as clausulas. O Sporting paga o ordenado, e ESPERA que o Slimani/Montero/William/Adrien/Rui faça o seu trabalho, aka, jogar o melhor possivel com as cores do Sporting.
É um negócio SIMPLES.
As condições de trabalho não mudaram. Não passou a ser treinador / jogador, jogador / presidente, jogador / roupeiro. Não houve alteração do contrato de trabalho que implique uma subida de ordenado. Não acumulou funções.
Jogou bem? Bacano é para isso que recebe o actual ordenado, que o faça outra epoca, e discute-se a renovação. O SPORTING NÃO PODE PAGAR POR ANTECIPAÇÃO. Não nos podemos dar a esse luxo.
E pelos vistos também não nos podemos dar ao luxo de ir buscar “desconhecidos” na esperança que estejam gratos ao clube e que sejam profissionais.
Se fosse um granda calhau (que é), DE CERTEZA que não vinha devolver a guita ao Sporting.

Fodasse, marcou 8 GOLOS. OITO!!
Sabem que marcou 8 golos?
João Pedro Galvão.
Dionisi
Sabem quem marcou 10?
Heldon
Sabem quem marcou 11?
Bébé
Sabem quem marcou 12?
Rondón

Provavelmente todos juntos (tirando o Bébé) não devem chegar ao ordenado do Slimani.

A conversa vai interessante por aqui - o que começa a ser raro neste forum :frowning: - e ambas as posições são aceitáveis.

Não concord com a posição expressa no post inicial por diversas razões:

  • rapidamente conduziria a um crescimento significativo dos custos operacionais - isto de rever contratos anualmente só dá para cima … - sem garantia de aumento de receitas extrordinárias com transferências
  • criava grande instabilidade no grupo, já que cada jogador teria expectativas legítimas de ver revistas as condições contratuais (para cima) logo que fizesse dois ou três bons jogos
  • mostrava demasiada abertura para a pressão inevitável dos “investidores” externos que saberiam que com o SCP tudo era negociável

O risco em adoptar uma estratégia do tipo que o BdC está a fazer são grandes obviamente e estão bem identificados no post inicial. Mas acredito que dará frutos a prazo.

A unica coisa que acho poderia ser revista são os valores das cláusulas de rescisão, para baixo. Criam nos jogadores a sensação de captura limitando-lhes excessivamente as expectativas.

Concordo de modo absoluto com os textos do Chirola e do Lion.

Os jogadores têm mais do que legítimas ambições a quererem mais e melhores condições. O que não podem é colocar os seus interesses acima dos do clube, tomando posições de força de modo a “obrigar-nos” a ceder às suas pretensões.

Eu, quando alguém me faz ultimatos, entro em modo “ou rompe ou rasga”, por isso só tenho como apoiar a posição do Presidente/Sporting - é tudo por bem quando corre bem, mas encostado à parede viro o bico ao prego.

O Rojo deu prejuízo monstro no 1.º ano e o Slimani era uma incógnita brutal. Que me lembre, o argentino não fez desconto da 1.ª para a 2.ª época e se o argelino não rendesse, era outro (como tantos outros antes dele) que se ia alapar ao contrato e ainda tínhamos que lhe pagar para ir embora.

Quando os jogadores estão de ganho face ao que ganham versus o que jogam, o contrato é para se cumprir e nem há discussão. Mas quando já jogam mais do que aquilo que ganham, o que temos é uma situação calma que, em meses, vira completamente ao contrário e a insatisfação é imediata e irreparável.

O Sporting não pode tolerar atitudes como a do Rojo e o Sporting não demonstrou nada senão boa-fé ao tentar melhorar, por auto-recriação, o salário do Slimani, reconhecendo que o jogador tinha demonstrado o suficiente para ser aumentado. Se na China ou no Casaquistão lhe dão 100 vezes mais, é muito simples: passem em Alvalade e agendem reunião com o Presidente, que dinheiro é coisa que não abunda no clube. Afinal, quem paga um salário 3 vezes superior à já revista melhoria contratual, não pode pagar aquilo que o Sporting pede pelo jogador? Investem num lado para poupar no outro e quem se lixa é sempre o mesmo?

A falta de ambição é o que pudemos assistir no nosso querido País. Falta ambição às pessoas, falta vontade de querer e ser melhor, falta capacidade de luta, de irreverência, de inconformismo, falta muita resiliência. Jamais criticarei uma pessoa que seja ambiciosa, dentro dos limites do aceitável, jamais criticarei uma pessoa que dá tudo o que tem por algo porque quer o melhor para si, que quer vingar a um outro nível, isso deveria ser algo natural a todos nós. Infelizmente não o é.

Os jogadores de futebol não são pessoas diferentes do mero cidadão. Têm uma carreira muita mais curta, por isso, a ambição, a vontade, a sede de vitória, é muito mais alta em comparação com o cidadão normal. A margem de progressão é menor, ainda antes de começarem já sabem “quando” vão terminar e muitos deles querem deixar a sua marca, querem fazer história, mas sobretudo querem garantir poupanças para a outra metade da vida que lhes ficará por viver. Ninguém crítica, nem criticará a ambição do jogador de futebol em dar o salto qualitativo e quantitativo na sua vida desportiva e pessoal, criticarei sim se não tiver ambição, se não trabalhar diariamente para ser melhor, para mostrar que merece dar o salto.

Agora, há regras por cumprir e há formas de mostrar a ambição e há formas de o demonstrar perante quem manda que está na altura de sair. Os jogadores de futebol, como outro qualquer cidadão, têm carácter, têm palavra e têm valores. É verdade, muitos deles são pessoas sem carácter, sem qualquer respeito pelos outros, mas isso acontece em todo o lado. Por isso, nada disto é novo para qualquer adepto, é assim em toda a sociedade. Infelizmente.
A proposta do Manchester United é verdadeira. Ora, um jogador a ter conhecimento da mesma, é mais que motivo para ficar orgulhoso de si próprio, apercebe-se que chegou o momento de dar o salto, é uma oportunidade, por vezes única e irrepetível. É perfeitamente aceitável e compreensível que queira aceito. Eu também aceitaria. Mas, o jogador tem um contrato de trabalho com uma instituição, o Sporting, e esta mesma instituição tem uma forte palavra a dizer sobre a contratação, em primeira instância é quem decide se avança ou não o negócio. O Sporting analisou friamente a proposta, ponderou tudo, falou certamente com o empresário do jogador e decide que, mediante a sua análise, esta não era uma proposta que sirva os interesses do clube, por isso, vai negar. Ora, o jogador – através do empresário - vê aqui uma oportunidade a esfumar-se, percebo alguma impaciência e frustração. Então decide romper com o código de conduta que o próprio concordo ao assinar pelo clube, decide pela via da irregularidade forçar que o clube ceda à proposta, interpretando que esta proposta é o melhor para si e para o clube. Contudo, quem decide se é melhor ou pior para o clube, não é o jogador, é o responsável, neste caso, o presidente.

O jogador se fosse inteligente e paciente, esperaria no seu canto, falava com quem tinha que falar com educação e civismo, continuaria a fazer o seu trabalho e esperaria que a negociação chegasse a bom porto. O Sporting não quer, nem cortará as pernas de qual seja o jogador, mas, compreendam e aceitem, se os interesses do Sporting não forem salvaguardados, o negócio não avança. Porque acima do jogador, está o clube. Tudo isto tem mostrado que há um pouco de falta de carácter do jogador porque podia e devia fazer isto de outra forma. Pressionava o clube, como todos o fazem, mas continuava o seu trabalho e fazia-o com civismo e educação, sem ofender ninguém, mas sobretudo respeitando quem lhe paga o ordenado. Não o fez, preferiu seguir pela vida da rebeldia, da falta de carácter, nesse caso, o clube começou agir conforme o seu regulamento interno, como faz com qualquer atleta da casa.
Há vontade de deixar o jogador ser feliz, ninguém quer que o jogador perca uma oportunidade de uma vida, mas caramba, há que respeitar o clube, há que entender que a proposta feita não serve minimamente o clube e, por isso, vão negociar para que satisfaça minimamente todas as partes envolvidas. É assim em todo o lado e acredito que o Sporting até possa ceder ligeiramente, exactamente para ir de encontro à ambição do jogador. Mas, mostrando o que tem mostrado, o atleta não merece qualquer esforço. É pena. Sempre me pareceu ser excelente pessoa, que respeitava o emblema que utilizava na camisola, mais uma vez o dinheiro desvirtuou o atleta. Fico triste.

Quanto ao outro caso, ainda é pior. O Sporting mediante o crescimento do atleta, mediante a importância para a equipa, a sua vontade, a sua capacidade de trabalho e até mesmo o seu mediatismo, decidiu aumentar-lhe a remuneração. Um aumento de acordo com as suas possibilidades, óbvio, mas este reconhecer deveria ser intendido como um gesto de boa fé porque o Sporting não tinha nada que lhe aumentar a remuneração. Faz quis e quer fazer porque o Sporting quer ser justo, dentro da realidade, com todos os atletas. Quem mostrar que quer cá estar, que dá o seu melhor, que trabalha no limite, o Sporting vai ser justo, caso contrário, não o será, nem tem que o ser. O jogador teve conhecimento de outras propostas de aumento salarial, por via de uma transferência, não sei se pelo empresário ou pela imprensa. Mas teve conhecimento. Alimentaram a sua ambição, com verdades ou mentiras, não sabemos, mas alimentaram. Ora, o jogador perante isto decidiu certamente fazer uma contraproposta a uma iniciativa do Sporting, possivelmente por valores incomportáveis para o clube. Visto que possivelmente levou um não, decidiu, também ele, ir pela via da rebeldia e desrespeitou o código de conduta que o próprio aceitou quando assinou contrato.

Mas alguém acha que isto é a melhor forma de negociar com o clube? Pela força? Pelas ameaças? Não é. Nunca foi. Chegou a altura de colocar um travão nisto, é difícil, depois de resolvermos tudo isto, outros casos vão surgir porque no que toca a dinheiro, muitos perdem os seus valores por completos. Mas aqui o Sporting vai deixar claro a sua posição, não vai fazer exemplos, mas vai sobretudo mostrar um modus operandi. A partir de agora os jogadores vão entender como reage o Sporting mediante situações de falta de carácter e falta de valores. Precisam todos de compreender que o SPORTING está acima de qualquer atleta, mas muito acima e precisam de aceitar isso.

É fácil ser-se jogador no Sporting, é fácil dar o salto no Sporting. Basta trabalharem com vontade, com afinco, mostrar que querem ser os melhores, mostrar que estão cá de corpo e alma e dar tudo em campo. Quando assim é, acredito que o Sporting será justo para com todos os atletas. Outra forma não faz sentido. Os jogadores aqui são acarinhados, têm vidas confortáveis, os adeptos respeitam a vida pessoal dos atletas, depois é o que se vê e como se vê. Os adeptos não merecem isto, o Sporting não merece isto.

P.S. Quanto à gestão da formação, tocada já pelo Lion73, deixo a minha opinião para outro texto por não se enquadrar neste assunto.

Bom dia,

Discordo totalmente dos princípios invocados pelo autor do “post”, respeito mas discordo dos mesmos.

  1. Começando pelos ídolos, num mundo com falta de princípios, figuras carismáticas ou personalidades vincadas, é normal que a miudagem veja nos jogadores e músicos os seus ídolos, também tive os meus na minha adolescência é normal e saudável que tal aconteça, mesmo que estes ídolos tenham pés de barro e que de figuras a seguir tenham pouco, no fundo é o que esta miudagem tem para idolatrar é o que há.

  2. No caso dos jogadores, são profissionais com contrato assinado com deveres e obrigações. São documentos assinados de livre vontade, na presença dos seus empresários e advogados que lá estão para zelar pelos interesses dos seus clientes.
    Não estamos no tempo do Eusébio, em que era a mãe do jogador que assinava os contratos, em que uma pessoa que mal sabia ler e escrever era aliciada pelos grandes de Lisboa, esses desgraçados podiam encovar uma melhoria de contrato pois nem sabiam bem o que assinavam.

  3. Um jogador quando assina um contrato tem de o cumprir dentro das condições, a não ser que a entidade patronal aceite alterar as mesmas ou permitir a sua saída, isto é valido para um jogador de futebol ou para uma empresa.

  4. Se o Rojo ainda lhe dou alguma margem de manobra, por ser internacional Argentino, ter vindo para o SCP já com algum estatuto, por já estar no clube à algum tempo, creio que pode ter algum credito junto da direcção e esta poderá até ser sensível aos seus argumentos.
    O Slimani??? Quem era o Slimani? Um desconhecido ao qual todos nos torcemos o nariz, um jogador desconhecido na Europa, vindo de um campeonato pouco competitivo, um jogador com mais querer que técnica. Foi o SCP que lhe abriu as portas da Europa, que apostou nele, que o valorizou. O que deu o Slimani em troca ao clube, meio ano de rendimento desportivo, agora já quer sair e melhor ordenado? E gratidão e dar algo em troca pela aposta? Margem de manobra este amigo tem ZERO.

Abraço

Discordo claramente do post incial.

As pessoas tem que perceber que os contratos são para cumprir. As condições são acordadas a um determinado momento com expectativas futuras de ambas as partes.

Os jogadores assinam por 5 anos para ficarem salvaguardados em termos futuros. Se tiverem uma lesão no primeiro treino que os incapacite para o resto da vida o clube fica com um grande problema. Gastou dinheiro para nada. Por outro lado o jogador tem o seu futuro assegurado. Neste caso ninguém vem pedir ao jogador que numa altura de dificuldade que em nada justifica o vencimento que o baixe ou que rescinda o contrato sem custos para o clube. O clube quando contrata um jogador espera que ele corresponda em campo e que faça um bom trabalho e não é pelo facto de ele estar a fazer bem o seu trabalho que o vencimento deve ser melhorado. Ele já é pago para isso. Esta para mim é a base principal.

Depois há casos onde a valia de um jogador é claramente superior ao que era expectável. Aqui vou para o exemplo do William que é um jogador com um rendimento absolutamente fantástico. Não é por ter contrato assinado que acho que não se deva reconhecer o seu trabalho. Mais do que reconhecer o seu trabalho renovando com um vencimento superior é reconhecer toda a sua dedicação e qualidade. Acredito que o William tenha a noção que não tem um salário condizente com a sua produtividade, assim como também acredito que o Sporting tenha a intenção de lhe aumentar o vencimento. Estou convicto que assim que fechar o mercado de transferências serão iniciadas conversações para renovar alguns contratos. É preciso perceber que existe um orçamento para salários que é preciso cumprir e será mais fácil saber no fim do mercado quanto é que se pode despender para essas renovações.

Agora, o que o Sporting não pode nem deve tolerar faltas de profissionalismo. No caso do Rojo eu percebo a vontade de não perder um comboio tão luxuoso como o United. O problema é que a proposta não foi do agrado do Sporting. O Rojo o que poderia ter feito era ter pedido uma reunião com o Presidente e ter-lhe explicado a importância da transferência na sua carreira e da enorme vontade que tem de jogar em Inglaterra. Algo do género " Presidente veja lá o que pode fazer por mim, eu gosto muito de estar no Sporting mas tenho o sonho de jogar no United com grandes jogadores e pode ser uma oportunidade única na minha carreira. Dê lá um jeitinho nisso".

Enquanto a situação não se resolvesse, continuava a jogar e a treinar com ainda mais vontade e afinco para no Sabado fazer uma grande exibição mostrando ao United o seu valor para que os Ingleses fizessem mais um esforço reforçando a proposta pelo jogador.

O caso do Slimani é ainda pior. Primeiro porque os clubes interessados são medíocres. Depois porque o Sporting até estaria disposto a melhorar-lhe as condições para continuar no clube. Completamente incompreensível, ainda para mais depois de ter sido o Sporting a ter dado a oportunidade.

Estou completamente tranquilo em relação ao futuro. Não jogam estes jogam outros.

O melhor que podia acontecer era os substitutos darem boa conta de si e conseguirem os 3 pontos em Coimbra.

A única coisa que podem apontar a BdC é de ter dois pesos e duas medidas, mas sempre em prol do melhor para o SCP. Se lembrarmos como foi o processo dos excedentários luxuosos: Pranjic, Boulahrouz, Elias, Labyad, Bojinov etc, veremos que a direcção no fundo jogou o jogo que o Slimani e Rojo agora jogam, que foi pressionar uma parte a aceitar as condições da outra parte.

O Sporting não contava com os atletas e colocou-os à parte até conseguir coloca-los noutros clubes. Se não conta com os atletas e pretende dispensá-los, não faz sentido estarem com a equipa A a treinar. São casos distintos. Pranjic chegou a jogar pela equipa B, por exemplo.

O Sporting tentou adaptar as condicoes salariais ao rendimento desportivo. Eles nao quiseram. Encostaram.
E agora faz o mesmo.
Nao querem. Encostam