A cruzada de Peseiro - por Fernando Guerra

Sendo ainda cedo para fazer uma avaliação próxima da definitiva do trabalho de José Peseiro, transcrevo para o Fórum um artigo do pasquim de hoje que eu, à excepção da frase sobre o gestor de activos (que suspeito não fazer nenhum tipo de ginástica, muito menos mental), poderia ter escrito (elogios ao Dias da Cunha incluídos :wink: ):

CREIO poder incluir-me no restrito grupo que desde o anúncio da contratação de José Peseiro sempre considerou ter sido uma boa solução tomada pelo Sporting, por tratar-se de um treinador culto, educado e sabedor, com uma carreira construída a pulso, sem sobressaltos , mas com firmeza e competência.

Começou por baixo, com a discrição e a serenidade de quem recusa a via do atropelo para chegar mais alto. Foi subindo com os anos e hoje já serão poucos os que se recordarão do magnífico trabalho que desenvolveu no Oriental, em que a promoção lhe escapou sobre a meta. Fez escola no Nacional da Madeira e recebeu honras de trabalhar com Carlos Queirós no Real Madrid, onde, rodeado de estrelas, foi marcando o seu espaço sempre com inatacável respeito pelas fronteiras da sua área de influência.

Tornava-se evidente que estávamos em presença de um técnico projectado para o futuro, com ideias e sentido de progresso. O Sporting reparou nele e, insisto, em boa hora o cativou, não por aquilo que ele está a fazer mas pelo muito que ainda se espera que faça de verdadeiramente marcante.

O problema no futebol é que as boas intenções valem pouco ou mesmo nada em função da força demolidora dos resultados, promovendo-se a míngua desportiva e financeira dos clubes com uma leviandade assustadora. Dois ou três resultados vestidos de cinzento bastam para arruinar qualquer projecto sólido e maduramente edificado. Este fantasma perseguiu violentamente José Peseiro nos primeiros meses de actividade no Sporting, ao ponto de se chegar a alimentar uma gigantesca onda de contestação que exigiu a sua demissão, afrontou a posição da Direcção e, inclusivamente, chegou a forçar um cenário de eleições. Tudo porque fatia mais intolerante da massa adepta leonina não aceitava sujeitar-se à dureza dos números que registavam, à passagem da quinta jornada da SuperLiga, o magro pecúlio de cinco pontos contra os 13 que o Benfica, na mesma altura, contabilizava.

A estrutura abanou mas não caiu, na medida em que, em ambiente de crise, Dias da Cunha, agarrando-se à sua longa experiência de vida e também às suas convicções, resistiu à turbulência com coragem, ciente de que, independentemente de agitações de ocasião, o caminho a seguir era o que fora traçado e não outro.

Quando o Sporting jogou com o Estoril já o algoz afiava a lâmina para a eventualidade de outro fracasso desportivo. Imagino a angústia de Peseiro, acusado de muitas coisas, entre elas a de não gerir devidamente os valores do plantel.

Não sei se foi assim. Creio que, por uma questão de personalidade, tentou desencadear a sua própria revolução da forma mais pacífica possível, o que se reveste sempre de uma extrema complexidade, dada a sensibilidade que assinala qualquer alteração no quotidiano de um grupo de profissionais medidos por diferentes estatutos. Peseiro lutou e a verdade é que venceu a barreira da desgraça.

Aos poucos, dentro das limitações que envolvem a matéria prima disponível e quase sem se dar por isso, lá vai mudando, rectificando, evoluindo, e hoje, à entrada do novo ano, está lá em cima, no primeiro lugar, agora com mais três pontos que o Benfica.

Apesar da comodidade da situação, ele sabe muito bem que ainda nada ganhou e que a relatividade deste estado de graça se assume apenas como espécie de aspirina que lhe alivia temporariamente a dor de cabeça que irá acompanhá-lo enquanto a bola rolar e a sua imensa cruzada durar, a qual espero coberta pelo sucesso, o que não significa qualquer tipo de preferência quanto à ordenação final da SuperLiga, tão-somente o desejo de ver reconhecido o mérito de um treinador português que se habituou a pensar pela sua cabeça e demonstra que a nova geração não se esgota em José Mourinho.

Do ponto de vista pessoal reúne todos os condimentos para singrar, embora reconheça que sozinho não consegue mover montanhas. Tem a felicidade, porém, de beneficiar do apoio presidencial, que é público, explícito e inequívoco, e conta junto dele com um gestor que, não podendo oferecer-lhe prendas caras, esgota-se em ginástica mental para acudir às primeiras necessidades. Apesar de não me ser autorizado conhecer o interior dos cofres de cada um, creio não errar muito se disser que a quantia despendida pelo FC Porto na aquisição de um determinado jogador corresponde, mais euro menos euro, ao orçamento global do Sporting para esta época.

Isto faz-me lembrar o ano passado qd ainda o ano ia a meio e aqui no fórum já se faziam sondagens de avaliação ao trabalho do timex :).

A avaliaçao faz-se no final da época. Agora é cedo para enterros / glorificações precipitadas, cada um de nós tem a sua opinião e apenas a poderá validar ou corrigir com o tempo, aliás com épocas.

Os 3 primeiros parágrafos do artigo citado nada têm a ver com o desempenho até agora conseguido por José Peseiro nas suas funções, e são os mais importantes na sustentação da minha “tese” (que nada tem a ver com glorificações de qualquer espécie, às quais sou, por questões de personalidade, totalmente avesso): após ter corrido com o Engenhocas, Peseiro era para mim a melhor alternativa exequível (em termos de compensação financeira passível de ser oferecida e atractabilidade da nossa Liga) ao dispor da SAD.

Digo desde já que não estava à espera que à 16ª jornada fossemos em 1º, o que acontece sobretudo devido à fraqueza inesperada do Porto (com os lamps nunca contei seriamente para a questão do título). E também digo que a opinião expressa na última frase do primeiro parágrafo desta mensagem, relativamente à avaliação “ex ante”, manter-se-á se acabarmos o Campeonato em 5º. Quanto à avaliação “ex post” do desempenho, provavelmente muitos foristas perfilharão a posição de que uma época não chega para avaliar o desempenho. A mim bastou metade (ou nem isso) de uma época para confirmar a minha opinião que o Fernando Santos era uma bosta de treinador. No final da época já haverá bastantes dados (objectivos e subjectivos) acumulados para podermos ou não aferir da competência de Peseiro, e eu cá estarei para os discutir, sem posições pré-concebidas.

Olha, digo-te já um treinador que teria possivelmente sido uma boa opção e que já merece uma grande chance, embora não seja da “turma do mourinho”: Carlos Brito.

O mais giro é que ao contrário do que se pensa foi o nome que Mourinho indicou para seu sucessor nas Antas e não os Carvalhais e outros discípulos mais populares.

Carlos Brito é um treinador que não vem de agora, o seu Rio Ave já jogou bem à bola em várias épocas, este ano está acima da média, e a verdade é que se fizermos bem as contas, só no jogo das antas e da luz são logo menos 4 pontos, sendo uqe não sei se noutros jogos o rio ave tb não tem razões de queixa, onde estaria o rio ave agora com esses 4 pontos ou mais?

É uma equipa que joga bom futebol, já o mostrou nestes dois estádios, onde a espaços calou as bancadas, humilhando o benfica e vulgarizando o Porto em momentos do jogo.

Diz-se que Carlos Brito só dá para o Rio Ave, que falhou no Estrela. O Estrela não é exemplo pra ninguém.

Acho que o Sporting é um clube ideal para um treinador como Brito, que me parece ser um tipo do “falar pouco, fazer mais” mas que segue métodos de trabalho e sabe de futebol. Um clube sério que lhe dê a oportunidade de montar as coisas à sua maneira.

Ao contrário de Peseiro Brito a mim nunca me deu qualquer impressão de insegurança, nervosismo ou de pouco à vontade no meio. É um tipo “cool”, um tipo que sem falar quase nada dá uma imagem de profissionalismo, calma, e saber estar.

Não me lembro de o ver perder a cabeça com arbitragens ao ponto de perder a razão ou incorrer em injustiças nas análises ao jogo.

Acho que o Carlos Brito mais tarde ou mais cedo mostrará ainda mais qualidades.

Em relação ao Carlos Brito, tal como entendo que hoje em dia as SAD têm de ser geridas por profissionais e não por carolas, não me parece adequado que seja entregue a liderança de uma grande equipa a um treinador com a 4ª classe. Não é elitismo, é simplesmente a constatação de que para vencer no mundo do futebol ao mais alto nível é preciso, para além de conhecer o cheiro do balneário, estudar muito e continuadamente e (também pré-requisito para o anterior) saber línguas, coisas que parecem fora do alcance do Carlos Brito ou (por exemplo) do bronco do Jaime Pacheco.

Claro que falo de condições necessárias mas não suficientes, nunca colocaria Luís Campos, Vítor Oliveira ou José Romão à frente do Sporting. Para o grupo dos “sem bigode”, José Couceiro estará em alta e Carvalhal em baixa, mas coloco-os (por enquanto) num nível algo inferior ao de Peseiro e aquém das necessidades do Sporting.

A avaliaçao faz-se no final da época. [b]Agora é cedo para enterros [/b]/ glorificações precipitadas, cada um de nós tem a sua opinião e apenas a poderá validar ou corrigir com o tempo, aliás com épocas.

Posso estar enganado, mas o enterro e missa de 7º dia já lhe foi feito aqui mesmo à uns meses atrás, contigo a segurar a pega esquerda. :smiley:

... para vencer no mundo do futebol ao mais alto nível é preciso, para além de conhecer o cheiro do balneário, estudar muito e continuadamente e (também pré-requisito para o anterior) saber línguas, coisas que parecem fora do alcance do Carlos Brito ou (por exemplo) do bronco do Jaime Pacheco.

Claro que falo de condições necessárias mas não suficientes, nunca colocaria Luís Campos, Vítor Oliveira ou José Romão à frente do Sporting.


Esses tipos sabem línguas? Quais? É que português não sabem, eh eh… :smiley:

Quanto ao Carlos Brito, percebo o que queres dizer quanto ao seu perfil “rudimentar” (questão que de algum modo se me levanta a propósito do Peseiro), mas pela minha parte não preciso de ir tão longe para não o querer no Sporting: acho que ele monta bem as suas equipas tendo em conta os respectivos objectivos, mas não gostaria de ver o Sporting a jogar o futebol do Rio Ave (além que acho que um treinador deve percorrer uma etapa num clube médio antes de saltar para os grandes, o que de resto também falta ao Peseiro).

Quanto às avaliações sobre o nosso treinador, talvez nem a época inteira chegue para as fazer. Como teriam sido precoces as avaliações ao dentista ao fim de um época… De qualquer forma, ainda que liminarmente, cá vai:

Quanto aos seus conhecimentos futebolísticos, penso que não há razão para duvidar deles. Tem feito o que pode com o que tem (e até já tem esticado os limites). Os princípios de jogo do Peseiro agradam-me, só que na maioria das vezes o resultado não é muito agradável, porque os intérpretes não estão bem ou pura e simplesmente não são bons. Temos assistido a uma melhoria nos últimos jogos, que coincide com a subida de forma de alguns elementos fulcrais (principalmente Martins e Rocha).

No aspecto táctico, lamento a opção pelo losango, mas tenho que reconhecer que não haveria alternativa face ao plantel, e que apesar de tudo o jogo pelas alas está muito melhor que no ano passado.

As minhas maiores reticências quanto a ele têm a ver com a sua capacidade de liderança. Parece-me um homem com pouco pulso e sem grande vocação para afrontar, ou sequer contrariar, os nomes mais fortes do plantel. São características que vão de encontro ao que já sabia da sua passagem pelo Real, em que vestia a pele do amigalhaço das estrelas.

Veremos se este defeito se confirma, para mais quando se anuncia a chegada de mais uma leva de brasileiros.

A avaliaçao faz-se no final da época. [b]Agora é cedo para enterros [/b]/ glorificações precipitadas, cada um de nós tem a sua opinião e apenas a poderá validar ou corrigir com o tempo, aliás com épocas.

Posso estar enganado, mas o enterro e missa de 7º dia já lhe foi feito aqui mesmo à uns meses atrás, contigo a segurar a pega esquerda. :smiley:

eheheh!!! :smiley:

Estava a ver que era só eu que tinha essa impressão! 8)

(além que acho que um treinador deve percorrer uma etapa num clube médio antes de saltar para os grandes, o que de resto também falta ao Peseiro).

Falta ao Peseiro? :?:

Nada disso! :stuck_out_tongue:

Peseiro esteve no Oriental, passou para o Nacional, subiu, depois passou para o Real Madrid, subiu outra vez, depois veio para o Grande Sporting, está no topo, isto é o que se pode chamar uma ascenção exemplar! :smiley:

Peseiro este no Oriental, passou para o Nacional, subiu, depois passou para o Real Madrid, subiu outra vez, depois veio para o Grande Sporting, está no topo, isto é o que se pode chamar uma ascenção exemplar! Very Happy

Sempre a subir…

É curioso que também eu sempre que me proponho a avaliar a prestação de José Peseiro no Sporting dou comigo a compará-la com o que fez o Engenheiro no ano passado.

Isto porque ambos levaram algum tempo a encontrar as suas equipas perdendo muitos pontos no início da temporada para depois encarreirarem para uma fase boa. Só espero que a ponta final desastrada do Sporting do engenhocas não se repita este ano.

Há no entanto algumas diferenças animadoras, embora uma delas resulte do enfraquecimento do FCP que permitiu ao Sporting chegar à liderança mesmo com menos pontos do que no ano passado, o 1º lugar é sempre animador e em termos psicológicos pode ser um factor a potenciar a nosso favor

Para além disso o Sporting de Peseiro não se espalhou ao comprido nas taças ao contrário do que aconteceu com o Sporting do Engenheiro, e principalmente continua a dar a impressão de ter alguma margem de progressão o a equipa do ano passado dava a nítida sensação de estar espremida.

Penso que Peseiro tal como Carvalhal ou Brito estão num grupo de técnicos ainda jovens e já com algumas provas dadas em Clubes de menor dimensão, pelo que apostar neles seria sempre um risco, a escolha recaiu no ribatejano provavelmente devido à sua formação académica mas também à sua passagem por Madrid.

Acho que ainda é cedo para o tal balanço, embora também me pareça que lhe falta pulso, mas atenção parece-me claro que o balneário está com ele e isso é muito importante. Também já o vi ter algumas brancas no banco mas não são muitos os jogos que se ganham aí, o mais importante é ter uma equipa bem construída e capaz de controlar os jogos, e eu confesso que gosto deste futebol de ataque e com muita troca de bola bem à moda de Queirós a quem me atrevo a atribuir algum mérito neste 1º lugar uma vez que quando Peseiro fez asneira não faltou aqui quem dissesse que a culpa era do Professor.

Há no entanto uma coisa que me parece faltar o Peseiro, refiro-me aquela capacidade de motivar os jogadores ao ponto deles ultrapassarem os seus limites, algo só possível a alguém que tenha um pouco de loucura como o pequeno mouro, no entanto dentro do seu estilo ponderado o nosso treinador ainda tem espaço para evoluir, vamos ver como é que se porta no resto da temporada onde com alguns retoques que estão em curso este plantel poderá ser potenciado

Caro Silvex, :slight_smile:

Fiz o mesmo tipo de enterro ao Peseiro que tu fizeste ao Rogério :).

Eu tenho a minha opinião sobre o Peseiro, que já expressei e que só vou conseguir validar após algumas épocas da carreira dele. Por outro lado sempre disse que não seria preciso mto para o Sporting lutar pelo título num ano de coxinhos.

Logo para mim tudo tranquilo… não acho que seja ainda altura para dizer se Peseiro é um bluff ou um bom treinador, embora eu me incline claramente para a primeira opção, isso não quer dizer que eu tenha 100% certeza do que digo… mas que vou mais por aí vou e não mudei só por ter ganho ao benfica :).

Sei que ainda e cedo, mas que crucifiquei o homem um pouco, la isso crucifiquei. Se o caneco for nosso nao me importo de ingulir um sapo do tamanho duma vaca.

[i]Sei que ainda e cedo, mas que crucifiquei o homem um pouco, la isso crucifiquei. Se o caneco for nosso nao me importo de ingulir um sapo do tamanho duma vaca. [/i]

De uma coisa eu estou convicto … estarei lá para te ver a engolir esse caneco … :smiley: :smiley: e com um prazer enorme! :smiley: :smiley:

Tb fui dos que apoiei a vinda do Peseiro … na altura tanto aqui como no meu grupo de amigos e familia, sempre fui apelidado de Positivo, ver as coisas sempre pelo lado bom… mas eu tinha algumas esperanças no homem!

Não ganhou nada ainda, e ainda falta muito para ganhar alguma coisa! Mas que vejo e admiro a evolução que se tem sentido … admiro …

Que o vejo a apostar em jogadores diferentes, consuante o jogo, e a condição fisica … vejo! Finalmente não é sempre o mesmo onze que joga … finalmente parece que de indispensáveis cada vez temos menos … e isso para mim é positivo!

Hoje dou comigo a ver o nosso meio campo e a ver uma media de idades que com a sua natural evolução nos poderão trazer muitas alegrias, se forem bem geridos!

Estarei cá para ver como esta historia vai acabar! Espero eu!

Olha, digo-te já um treinador que teria possivelmente sido uma boa opção e que já merece uma grande chance, embora não seja da "turma do mourinho": Carlos Brito.

O mais giro é que ao contrário do que se pensa foi o nome que Mourinho indicou para seu sucessor nas Antas e não os Carvalhais e outros discípulos mais populares.

Carlos Brito é um treinador que não vem de agora, o seu Rio Ave já jogou bem à bola em várias épocas, este ano está acima da média, e a verdade é que se fizermos bem as contas, só no jogo das antas e da luz são logo menos 4 pontos, sendo uqe não sei se noutros jogos o rio ave tb não tem razões de queixa, onde estaria o rio ave agora com esses 4 pontos ou mais?

É uma equipa que joga bom futebol, já o mostrou nestes dois estádios, onde a espaços calou as bancadas, humilhando o benfica e vulgarizando o Porto em momentos do jogo.

Diz-se que Carlos Brito só dá para o Rio Ave, que falhou no Estrela. O Estrela não é exemplo pra ninguém.

Acho que o Sporting é um clube ideal para um treinador como Brito, que me parece ser um tipo do “falar pouco, fazer mais” mas que segue métodos de trabalho e sabe de futebol. Um clube sério que lhe dê a oportunidade de montar as coisas à sua maneira.

Ao contrário de Peseiro Brito a mim nunca me deu qualquer impressão de insegurança, nervosismo ou de pouco à vontade no meio. É um tipo “cool”, um tipo que sem falar quase nada dá uma imagem de profissionalismo, calma, e saber estar.

Não me lembro de o ver perder a cabeça com arbitragens ao ponto de perder a razão ou incorrer em injustiças nas análises ao jogo.

Acho que o Carlos Brito mais tarde ou mais cedo mostrará ainda mais qualidades.

Também gosto muito do Brito, que mete o Rio Ave a jogar com a bola de forma que mais nenhuma equipa em Portugal consegue, trocas de bola com muiita segurança, em apoios, “passa e desmarca”, sempre vários jogadores em linha de passe. Como todos os treinadores de equipas pequenas, duvida-se sempre do que fará num grande, mas este Brito não mete as equipas a jogar na tradição das mais pequenas (tudo atrás da bola quando defende, roubar a bola e meter num extremo rápido que corre, corre, corre, centra para a área onde aparece o outro extremo a finalizar. O RA do Brito não tem nada disso, e vaja-o o show de bola deste ano e do ano passado nas Antas (no final do Mourinho disse que naquele jogo se viu que iria ser campeão…pudera, foi dominado por completo mas na 2ª parte o arbitro encostou o RA às cordas).