5 de Outubro - Parabéns Portugal!

Em 5 de Outubro de 1143 firmou-se o Tratado de Zamora, no qual Afonso VII de Castela reconhece a independência do Condado Portucalense, que passa a ser reino. Este data é de facto a data da fundação do nosso país, embora o reconhecimento de jure só tenha vindo em 1175, pelo Papa Alexandre III, com a “Bula Manifestus Probatum”. Esta efeméride que une (ou devia unir…) todos os portugueses, não é comemorada pelos poderes, por razões ideológicas. No entanto, pelo menos para mim, é um dia muito especial. Parabéns Portugal! ;D :beer:

Muitos parabéns, e desculpa qualquer coisinha :-[

Parabens Portugal por empurrares tantos filhos por este mundo fora!

Parabens Portugal.

Mas com esta idade já tinhas idade para ter juizo…

Por acaso não sabia que o Tratado de Zamora tinha sido assinado no mesmo dia do calendário em que se deu a Implantação da República, esse sim, o acontecimento que é celebrado amanhã. Será mera coincidência ou a escolha para o dia da Implantação da República terá sido deliberada?

Por outro lado penso que (corrijam-me se estiver a dizer algum disparate) à data da fundação da Nacionalidade ainda não vigorava o calendário gregoriano (o que usamos hoje em dia), o que poderá induzir em erro a determinação exacta do dia do ano em que Castela reconheceu a independência de Portugal. Da mesma maneira tal discrepância pode ser aproveitada em favor de pontos de vista menos imparciais no assunto, o que dificulta o apuramento da verdade dos factos.

Já agora uma pequena alfinetada para o Lionheart, Antão Bordoada & Ca.: a confirmar-se esta coincidência de datas entre 2 pontos de inflexão na história nacional, não será um bocadinho forçado escolher esta data como fundação da Nacionalidade, como que a querer “apagar” da memória colectiva o dia da Implantação da República? Porque é que haveria de se celebrar a data em que Castela reconhece a nossa independência, ou mesmo a data em que é emitida a bula “manifestus probatum”, e não, por exemplo, a data em que é proclamada a independência? Os EUA por exemplo, também celebram a data de proclamação da independência, e não a data em que a Coroa Britânica reconhece a soberania das colónias americanas…

Política…

Para mim essa data não foi a data da independência de Portugal, mas sim um acordo de paz, em que se reconhecia D. Afonso Henriques como Rei, mas que continuava com vassalo da coroa leonesa.

Aliás havia outros reinos e reis na península, Navarra e Aragão que tal como Portugal eram vassalos do “Imperador” (D. Afonso VII). Que D. Afonso Henriques se tivesse “borrifando” para isso é outra história, mas o acordo através da tenência de Astorga mantinha-o na condição de vassalo do “Imperador”.

5 de Outubro comemora-se a Implantacao da Republica.

Quem quiser comemorar a implantação da República (como se houvesse alguma coisa para festejar…) que o faça. Para mim, o dia da república é que é uma data ideológica e datada. Mais importante É a fundação do país, “oficialmente” EM 5 de Outubro de 1143. É a HISTÓRIA e mai’ nada. Desagrada aos republicanos que coincida com a implantação de republiqueta? Azar. Se alguém imitou, foram os republicanos, provavelmente à procura de legitimição. O país começou muitos antes disso e fez muitas coisas boas, graças a Deus, porque não há NADA que orgulhe os portugueses quanto ao seu passado nos últimos 100 anos (o futebol não é para aqui chamado). Face a toda a História de Portugal é anedótico equiparar o Estado Novo, a entrada para a CEE, ou qualquer outra coisa, com feitos do passado, quando não para promover figuras políticas em voga. É até irónico que os dois símbolos máximos do século republicano, eleitos pelos portugueses num concurso (que vale o que vale, mas quem votou votou, e quem não votou consentiu) sejam dois reaccionários do pior. Da III República nem sequer há um único protagonista político com o prestígio intacto. Mas festejem à vontade, nem que seja o feriado. Tal como o povo que todos os anos vira as costas ao 5 de Outubro dos Paços do Concelho. Não há imagem mais ilustrativa do vazio, que ver o regime sempre a comemorar sozinho. :twisted:

Andamos a brincar, ou quê!? Fico pasmado como há quem alinhe nesse carnaval…

O 5 de Outubro é celebrado pela IMPLANTAÇÃO DA REPÚBLICA! VIVA A REPÚBLICA!

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Parabéns Portugal. Mas não irei perdoar certas coisas que fizeste e que ainda doem. Como dizem os Franceses, j’ai mal à mon pays.

Se doem Miguel!!!

Viva! :dance:

Nem a propósito , encontrei este video que se encaixa nestas discussões monarquia versus republica aqui no tópico.

[youtube=425,350]- YouTube

MOCIÓN APOYADA POR CiU, ERC Y LA CUP (INDEPENDENTISTA)

El Ayuntamiento catalán de Berga retira un cuadro con el retrato del Rey

BARCELONA.- El Ayuntamiento de Berga (Barcelona), gobernado por CiU, ha retirado un cuadro con el retrato del Rey de la sala de plenos y lo ha sustituido por un escudo de la ciudad, tal y como obligaba una moción aprobada el pasado 6 de septiembre con el apoyo de los concejales de CiU, de la CUP —independentistas— y el de ERC.

Esta medida se aplica en medio de la polémica por la sucesión de quema de fotografías del Rey en diversas localidades de Cataluña, aunque la decisión del Ayuntamiento de Berga fue tomada antes del caso de Girona, donde comenzó la oleada de quema de imágenes del Monarca.

Dicha moción, que se sacó adelante con la abstención del PSC y el voto en contra del PP, argumentaba que “la Monarquía va en contra de los principios democráticos” y, por esta razón, “la fotografía del Rey debía retirarse de la sala de plenos”.

El pleno del jueves aprobó otra moción de la CUP de apoyo a los imputados por la quema de fotos, de condena contra las diligencias abiertas por la Audiencia Nacional, a la que se califica como “tribunal de excepción”, y en la que también se critica al conseller de Interior, el ecosocialista Joan Saura, por actuar en “connivencia” con la Audiencia.

La moción salió adelante con los votos a favor de la CUP y ERC y la abstención del resto de grupos (CiU, PSC y PP), según han informado fuentes municipales.

En la polémica de símbolos el jueves se rechazó otra moción que pedía que se quitase el crucifijo del consistorio de Berga, por lo que finalmente la sala de plenos está presidida por un escudo de la ciudad y un crucifijo.

El alcalde de la ciudad, Juli Gendrau (CiU), ha quitado importancia al asunto y ha indicado que si “por imperativo legal” deben rectificar lo harán, y ha remarcado, en este sentido, que no quieren cometer “ningún daño que pueda perjudicar a Berga ni al resto de Cataluña”.

[url]http://www.elmundo.es/elmundo/2007/10/05/espana/1191592881.html[/url]

Regicídio Centenário. Um livro sobre o assassínio do rei D. Carlos permite estabelecer as ligações familiares entre os conjurados de há cem anos e algumas figuras públicas da actualidade. A começar pela própria família real...

Trisavô de Herédia armou os regicidas

Envolvidos antepassados de Carlos Barbosa e de Sáragga Leal

As armas utilizadas pelos assassinos do rei D. Carlos e do príncipe Luís Filipe foram compradas e guardadas pelo visconde da Ribeira Brava, Francisco Correia de Herédia. O trajecto das armas, desde que foram encomendadas, até aos seus disparos mortais, constam do livro ‘Regicídio. A Contagem Decrescente’. O autor, o jornalista Jorge Morais, não diz, mas Francisco Herédia é trisavô paterno de Isabel Herédia, actual duquesa de Bragança. Sem dúvida uma ironia da História…

O título de visconde da Ribeira Brava foi criado em 1871 pelo rei D. Luís, para agraciar António Correia de Herédia (1822-1899) pelo trabalho humanitário desenvolvido na ilha da Madeira; par do reino, fora deputado, presidente da câmara e governador civil do Funchal. António Herédia, no entanto, sugeriu que o título fosse atribuído ao seu único filho varão, Francisco. Este, porém, revelar-se-ia um activo conspirador contra a monarquia. Notável do Partido Progressista, em 1905 acompanhou o seu chefe de fila e ministro da Justiça, José Maria de Alpoim, na ruptura com o partido. Nasceu então a Dissidência Progressista, que cedo se aproximou do Partido Republicano. No combate sem tréguas contra a monarquia, republicanos e ‘dissidentes’ criaram um comité revolucionário: Afonso Costa e Alexandre Braga de um lado, Alpoim e Herédia do outro.

A primeira reunião do comité realizou-se a 11 de Julho de 1907 em casa do próprio Ribeira Brava. Diz-se que aí nasceu o movimento revolucionário de 28 de Janeiro, destinado a depor o chefe do Governo e ditador, João Franco. Baseado em algumas das obras clássicas sobre o regicídio, Jorge Morais sustenta que o armamento adquirido foi financiado, entre outros, por Egas Moniz, Alfredo Leal, João Baptista de Macedo, José de Alpoim e os viscondes da Ribeira Brava e do Ameal, além de ilustres figuras republicanas, como José Relvas. Era gente quase toda pertencente à Maçonaria e mesmo à secreta Carbonária.

Parte substancial do armamento foi encomendado a Gonçalo Heitor Ferreira, ele próprio um carbonário, com loja vizinha da estação do Rossio. O pedido foi feito à Casa Monkt, de Hamburgo: nove carabinas Winchester, de calibre 351, e um lote de pistolas FN-Browning, 7,65. Reservadas em nome de Francisco de Herédia, foi o próprio quem as pagou e levantou já em Janeiro de 1908. As armas foram guardadas nos Armazéns Leal, na Rua de Santo Antão, sede da actual Casa do Alentejo. A polícia, no entanto, desconfiou e a 20 de Janeiro realizou uma busca ao imóvel. Informado a partir da própria polícia, Afonso Costa telefonou ao proprietário, Alfredo Leal, que logo montou com o amigo visconde um esquema para retirar as armas pelas traseiras. Enroladas em tapetes, foram transportadas pelo próprio Alfredo e pelo filho José Sáragga Leal até à Calçada de Santana, onde Herédia os esperava, numa viatura. Dali, as armas foram para casa do visconde, onde ficaram a recato. Mais tarde, transitaram para casa de Luís Grandela, na rua do Desterro, onde Alfredo Costa, o líder do comando regicida, as terá levantado. Com a família real em Vila Viçosa, o dirigente republicano João Chagas reuniu-se, a 10 de Janeiro, com o visconde, para ultimar a revolta. A polícia, porém, estava atenta e uma vaga de prisões quase decapitou a liderança republicana. Afonso Costa passou a dirigir as operações, apoiado nos dissidentes monárquicos Alpoim e Herédia. A 27 de Janeiro, o plano foi ultimado, num encontro na já citada casa de Luís Grandela. Acossados, mas simultaneamente confiantes, Afonso Costa e o visconde optaram pelo assassínio do ditador João Franco, a ser consumado no dia imediato, 28. O golpe - também conhecido por ‘intentona da biblioteca’ -, viria, no entanto, a fracassar redondamente. Seguiram-se novas prisões - incluindo Afonso Costa e o visconde. Quanto a Alpoim, fugiu do país, ao que consta com o beneplácito do próprio rei D. Carlos.

Falhado o movimento de 28 de Janeiro e decapitada a respectiva liderança, um comando carbonário passou a actuar por sua conta e risco. O desfecho foi o regicídio, a 1 de Fevereiro. Os seus contornos exactos não são completamente conhecidos. Com efeito, o processo judicial aberto pelo I Governo de D. Manuel, e prosseguido pelas autoridades da República, desapareceu. Sabe-se, porém, que as armas do crime pertenciam ao lote comprado pelo trisavô da duquesa de Bragança. A Winchester n.º 2137 foi a carabina com que Manuel Buíça matou o rei D. Carlos; e a pistola Browning nº 349-432 foi utilizada por Alfredo Costa contra o príncipe Luís Filipe.

Com a República, o visconde da Ribeira Brava foi nomeado governador civil de Lisboa. Morreu assassinado em Outubro de 1918, numa das disputas em que a República foi fértil. José Maria de Alpoim, por seu turno, foi adjunto do Procurador Geral da República.

Como se viu, o visconde é trisavô de Isabel Herédia. Quanto a Alpoim, é tio-bisavô do actual presidente do Automóvel Clube de Portugal, Carlos Alpoim Barbosa. A família, a avaliar pelas declarações de Tomás Alpoim, desconhecia a sua participação na conjura. “Ninguém da família ouviu falar dessa história”. Outro descendente ‘ilustre’ dos conjurados de há cem anos é Luís Sáragga Leal, sócio fundador da PLMJ (uma das maiores sociedades de advogados) e bisneto do dono dos Armazéns Leal. “Sabia-se que o meu bisavô Alfredo era um rapaz com ideias republicanas muito avançadas, mas ignorava essa história das armas”.

Entre os financiadores da conjura, há outros nomes conhecidos. Egas Moniz, por exemplo: é o próprio Nobel da Medicina. E o ‘africanista’ João Baptista de Macedo é um antepassado dos actuais duques de Lafões, que constituem uma outra linhagem dos Braganças…

Textos de José Pedro Castanheira
infografia de Sofia Miguel Rosa
fotos de João Carlos Santos

[url]http://semanal.expresso.clix.pt/1caderno/pais.asp?edition=1823&articleid=ES268529[/url]

[b]PPM: Monárquicos evocam Rei Fundador em Coimbra e abandonam sede por ordem do tribunal[/b] 5 de Outubro de 2007, 20:41

Coimbra, 05 Out (Lusa) - Monárquicos de Coimbra encerraram hoje a sede do PPM na cidade, em cumprimento de uma decisão judicial, após terem participado numa homenagem ao rei D. Afonso Henriques, na Igreja de Santa Cruz.

A homenagem a D. Afonso Henriques e seu filho D. Sancho I, sepultados no templo que é também Panteão Nacional, integrou-se na comemoração dos 864 anos do nascimento de Portugal.

O deputado Pignatélli Queiroz disse à Agência Lusa que alguns dos monárquicos que participaram hoje de manhã na missa de sufrágio por alma do Rei Fundador e seus descendentes ajudaram-no, ao início da tarde, a remover os derradeiros bens que o PPM ainda guardava nas instalações da Avenida Sá da Bandeira.

A sede do núcleo regional dos monárquicos, um terceiro andar de um prédio que pertenceu à empresa do ramo automóvel Salvador Caetano, entretanto adquirido por outro senhorio, fora ocupada por aquele partido em 1974, logo após o 25 de Abril.

Pela utilização daquela parte do edifício, que estava bastante degradado, os monárquicos pagavam uma renda de cinco euros, sem que o andar tivesse beneficiado de “quaisquer obras” de restauro em mais de três décadas.

O PPM pretendia executar melhoramentos na sede por sua conta, mas exigia que o novo dono realizasse antes obras de recuperação do telhado, pois chovia no interior.

[b]“O prédio estava inabitável e metia água por todos os lados”, declarou Miguel Pignatélli Queiroz, um dos dois deputados eleitos por Lisboa nas listas do PSD, nas legislativas de 2005.

A saída do PPM, disse, foi determinada há “poucos meses” pelo Tribunal da Relação de Coimbra.[/b]

“Chegámos ao despejo sem qualquer aviso prévio, nem tentativa de acordo”, lamentou.

O deputado contou que o partido nunca foi ouvido no âmbito do processo, já que quando foi legalmente possível fazê-lo, após a Assembleia da República ter autorizado Pignatélli Queiroz a prestar declara��ões em tribunal, a Relação de Coimbra já tinha ordenado o despejo.

Entretanto, os contadores da água e da luz foram retirados da sede alegadamente “sem conhecimento” do arrendatário.

A Real Associação de Coimbra comemorou hoje, na Igreja de Santa Cruz, o 05 de Outubro de 1143, data em que foi assinado o Tratado de Zamora, tendo D. Afonso VII, rei de Leão, reconhecido então a existência de Portugal enquanto Estado, na presença do legado pontifício, o cardeal Guido de Vico.

CSS.

Lusa/fim

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Gostava de saber se o título desta notícia que tirei do Sapo também é da responsabilidade da Agência Lusa.