Óscares 2014

# Captain Phillips.

:clap: :mais: :clap:

Mas que agradável surpresa.

Houve vários aspectos a comentar: i) é um filme que nos apresenta três géneros (completamente) distintos: documentário, thriller, acção pura. ii) eu não devia ficar surpreendido com uma das especialidades de Greengrass - espelhar a tensão na tela - mas tenho de confessar que a combinação de filmagem + banda sonora foi vital neste objectivo. iii) dá para dar um óscar conjunto aos 4 piratas (?), é que as suas caracterizações das personagens foi tão autêntica que nem pareceu representação. iv) prender-nos à cadeira nos típicos cenários citadinos é fácil, prender-nos ao ecrã com chasedowns em pleno Mar é uma tarefa um bocadinho mais espinhosa (!). v) a tão amada shakycam do Greengrass é capaz de ter tido o seu all time high em Captain Phillipps (excelente uso!).

Fora os aspectos positivos - que me apanharam algo desprevenido - houve (alguns) aspectos “menos bons” que ajudam a desmarcar “Captain Phillips” do leque de reais candidatos. Tom Hanks e o tão aguardado regresso foi bom sem ser excepcional - como li por ai algures - aliás, senti até que a sua personagem não foi escrita para gerar demasiada simpatia, a utilização da sétima arte para campanhas políticas é algo que me irrita - aqui temos (novamente!) presente a necessidade de louvar um heróico cidadão Americano e a excelência dos seus serviços militares - e a menos que esteja aqui outro Argo in a making, não vejo muitas razões para ganhar a estatueta máxima. É um bom filme, uma agradável surpresa - cast “inexperiente”, poucas variações de cenário, final já conhecido - mas está longe de ser o melhor filme de 2013.

*(as baixas expectativas que levei para este filme ajudaram na minha análise).

Para banda sonora já tenho o meu favorito: o jovem Steven Price com o seu score assombroso em Gravity.

Gravity - Steven Price

O Lobo de Wall Street: bom filme - 8.5 - boa montagem, o toque à Scorsese é por demais evidente e, muito importante, a banda-sonora sabe acompanhar cada momento a acção. Excelente desempenho de Leonardo DiCaprio - será desta? - e Martin Scorsese a mostrar que parte entre os primeiros na corrida pelo Óscar.

Capitão Phillips: bom filme e, para mim, uma agradável surpresa - 7.5 - grande performance do Tom Hanks numa personagem que não vai pelo caminho mais fácil de retratar um herói. Já agora, o Barkhad Abdi também surge em muito bom plano.

# ui, estou a ver que a qualidade deste ano na Animação foi elevadíssima. :clap: :mais:

*(a julgar pelos elogios a Frozen e pela minha própria opinião do Despicable Me II).

De onde é que esta qualidade veio? Eu arrisco-me a dizer que a nível artístico esta película roça a perfeição (!) - tem lá uma sequência mágica que colocarei em anexo (?) - e é uma (óptima) lufada de ar fresco da Disney [Frozen], da DreamWorks [Croods] e da Pixar [Monsters University]. Há que dar os parabéns à GKids por aproveitarem a plataforma visual para dar vida a uma imensa tela de aguarelas onde uma amizade invulgar - ursos, ratos - é retratada com precaução e (tanto!) afecto. É de uma enorme beleza visual, o score é tão “charmoso”, feliz e adequado, a relação entre Ernest & Celestine é de um carinho enternecedor e os dois actores que dão a voz às personagens - sobretudo Pauline Brunner - adequaram-se de uma excelente forma.

É um tipo de animação cada vez mais rara - nos dias de hoje - com uma mensagem simples, quiçá demasiado ingénua - daí algumas críticas - mas apesar de ser um filme para crianças, toca-nos (adultos), sensibiliza-nos e conduz-nos para um mundo de inocência pura, algo que apenas se vive em tenra idade. É a prova viva de que não é preciso gastar 150M (?) - coff coff Frozen - para triunfar na sétima arte, bastaram uns miseres 9M para produzir um filme que talvez pareça desadequado neste tempos tecnológicos - onde até a Disney se vê subjugada por gadget’s - mas que se enquadram em qualquer altura. É natural que não tenha estofo para levar o Óscar - a Academia não deve deixar escapar a possibilidade de dar à Disney neste seu “regresso” à pujança de outrora com um hit que superou os números do Rei Leão (!) - mas aconselho claramente, a quem tiver tempo, para dar uma vista de olhos.

[hr]

Ernest et Célestine - De l’hiver au Printemps

# Coffin & Renaud aperceberam-se de que os Minions eram a alma do Despicable Me. :lol: :clap: :lol:

Melhor? Pior? Valeu a a pena? Rendeu? De cada vez que estamos perante uma sequela, importa responder a estas questões: i) a história não é tão entusiasmante e/ou original. ii) a vertente emocional da película deixou de ser Gru + filhas adoptivas (?) - um dos pontos altos do 1º - e passou a ser Gru + Lucy. iii) ao que parece quem não viu em 3D perdeu um dos pontos fortes. iv) tudo aquilo que se perdeu em relação ao 1º, foi conquistado no tempo de antena dado aos Minions ( :mrgreen:). v) a soundtrack do Pharrell é a cara deste filme: leve, feliz e divertida.

Conclusão: apesar de considerar o 1º mais completo, diverti-me muito mais no 2º (!). É impossível não rir. Até podia perder tempo a apontar o dedo ao quão pouco credível foi aquela paixoneta do Gru (Lucy) mas estaria apenas a ser picuinhas quando na verdade passei 80% do tempo a sorrir para o ecrã. A nível de energia este Depicable Me II foi um boost - considerável - ao I e só tenho pena que as sequências dos Minions nos créditos não tenham sido tão entretidas como as do anterior. Fico um pouco de pé atrás à eventualidade de surgir um Despicable Me III - Hollywood quererá certamente manter o franchise vivo - mas apesar de não o considerar candidato à vitória do Oscar, passei um óptimo bocado ao vê-lo.

*(o homem que criou estes bonecos amarelos é um génio!)

Só agora é que reparei no Óscar para melhor “original song”. E gostava de ver 2 músicas nomeadas :

The Weeknd - Devil May Cry (Hunger Games : Catching Fire)

Ed Sheeran - I See Fire ( The Hobbit : The Desolation of Smaug)

Tendo em conta que não estão espero que vença a “Let It Go” do Frozen. :mais:

Devia estar!

Já a do Ed Sheeran, não desgosto, mas acho que não tá dentro do tema do filme, por isso não fiquei convencido.

Devia ter sido algo mais parecido com isto:

[youtube=640,360]http://www.youtube.com/watch?v=BEm0AjTbsac[/youtube]

:slight_smile:

[youtube=640,360]http://www.youtube.com/watch?v=idYL4MN0sM0[/youtube]

Prefiro esta. :great:

Que por acaso não foi nomeada o ano passado… e ganhou a “Skyfall” da Adele. :shifty:

Tá melhor que a do Ed Sheeran, mas mesmo assim prefiro a versão que pus :mrgreen:

Por acaso a Skyfall tá muito boa, não achei que fosse uma má vencedora.

# oh Chris Sanders, depois do How to Train Your Dragon (2010) tu apresentas-me este lixo? :lol: :menos:

Tal como tenho feito até aqui, deixo algumas notas: a) o desenvolvimento emocional das personagens é arcaico. b) levaram demasiado a sério a questão da Idade da Pedra (uns quantos episódios de Flinstones solucionavam o problema). c) as lições - ou mensagens - que desejam passar à plateia são repetidas até à exaustão. d) a personagem de Crug já é (quase) desesperante, com a voz do Nicolas Cage a dar-lhe vida ainda mais insuportável se torna (!). A DreamWorks deu “tudo” na miscelânea de cores, nos efeitos 3D, nas paisagens agradáveis, nas criaturas extravagantes, no fundo, em tudo aquilo que está à distância de uma dúzia de clicks.

É tudo (muito) mau. Há um ou outro momento engraçado - a antipatia do Crug pela sogra é um cliché disparatado - mas a criatura que mais vezes me fez rir é aquela que … não fala. A DreamWorks acomodou-se, foi buscar aqui-ali ideias a outras produções de sucesso [até um dos temas principais da score do Silvestri é semelhante a um utilizado no Príncipe do Egipto (?)], juntou-as num cenário “inovador” e misturou tudo num saco cheio de limitações (plot). É capaz de ter sido um filme suportável para quem assistiu no big screen mas aqui em 1080p não se safou. Péssimo. Chato. Irritante. Desnecessário. Eu ainda não vi a outra produção de 2013 da DreamWorks (Turbo) mas a julgar pelas críticas nos media, podiam ter tirado o ano para dar dinheiro a quem precisa.

*(fica-me a faltar The Wind Rises e Frozen, na categoria de animação).

[b]75 anos de «O Feiticeiro de Oz» vão ser celebrados nos Óscares[/b]

A próxima cerimónia de entrega dos Óscares deverá ter um dos seus momentos altos da emissão na homenagem aos 75 anos de «O Feiticero de Oz», nomeado a seis estatuetas douradas, incluindo a de Melhor Filme.

«Estamos encantados por celebrar o aniversário de um dos filme mais amados de todos os tempos na cerimónia deste ano dos Óscares», afirmaram em comunicado Craig Zadan e Neil Meron, os produtores da cerimónia deste ano.

Realizado por Victor Fleming e estreado em 1939, «O Feiticeiro de Oz», adaptado do livro de L. Frank Baum, foi nomeado a seis Óscares, ganhando o de Melhor Canção Original para o clássico «Over the Rainbow» e Melhor Banda Sonora Original. A maioria dos outros troféus perdeu-os para o outro dos grandes clássicos daquele ano, assinado pelo mesmo realizador, «E Tudo o Vento Levou».


In Sapo

Sublinho na íntegra.

Aliás, para mim esta é a praia de Tom Hanks, personagens profundos que carregam em si uma grande componente simbólica.
É assim em Captain Phillips, foi assim no Resgate do Soldado Ryan e para mim, sobretudo, - e porque continua a ser um dos melhores filmes que já vi até hoje - em Forrest Gump.

Venham mais, Sir Tom.

[b]Óscares: a canção «Alone Yet Not Alone» já não é candidata[/b] Academia retirou música por «violação das regras»

A música «Alone Yet Not Alone», do filme com o mesmo nome, era candidata aos Óscares na categoria de melhor canção original. Numa decisão invulgar, a Academia decidiu retirar a nomeação, por «violação das regras». A música não será substituída e a categoria vai ficar apenas com quatro candidatos.

De acordo com a CNN, os governadores que compõem o júri da Academia decidiram, na terça-feira à noite, retirar a canção das nomeações após descobrirem que o seu compositor, Bruce Broughton, enviou emails aos membros da Academia durante o período de votação dos finalistas.

Bruce Broughton já fez parte da Academia e a atitude foi considerada «imprópria», mesmo que tenha sido «bem intencionada».

Cheryl Boone Isaacs, presidente da Academia afirmou que « por mais bem intencionada que tenham sido as comunicações, utilizar uma posição que já se teve e personalizar uma candidatura, cria a aparência de uma vantagem injusta».

Por isso, os emails enviados são uma «violação das regras» e cabe à Academia «garantir que a competição é conduzida de forma justa e ética».

A lista de melhor canção original fica assim com quatro candidatos: «Happy», de Pharrell Williams; «Let it Go», de Kristen Anderson-Lopez e Robert Lopez; «The Moon song», de Karen O e Spike Jonze; e, por fim, «Ordinary Love», de Paul Hewson, Dave Evans, Adam Clayton e Larry Mullen.

Apesar de invulgar, esta decisão já aconteceu no passado, mas por outros motivos. Em 1992, a Academia revogou a nomeação do filme «A Place in the World», na lista do Melhor filme estrangeiro, por haver dúvidas se a película tinha sido produzida na Argentina ou no Uruguai.


In TVI24

Vi o " Wolf of Wall Street" do Scorcese e o " Dallas Buyers Club".
Estão os dois 5 estrelas. :mais:
SL

Vinha aqui comentar Dallas Buyers Club que vi ontem. Não merece de modo algum ganhar a estatueta máxima porque a história é espremida ao máximo, não é daqueles filmes, como o Captain Phillips, que agarra o espectador. Pode e deve (pelo que eu tenho visto até ao momento) ganhar ou ser um forte candidato a melhor actor principal e secundário, mas fora isso não muito mais. O filme vale essencialmente pelas duas grandes representações. Estava na hora de Matthew Mc. fazer o que está a fazer, sacudir os passado e abraçar o futuro pois sempre vi nele um grande actor.

São histórias completamente diferentes; o Captain Philips é um filme sobre uma situação de stress, o Dallas Buyers Club sobre os primórdios do problema do VIH nos USA e o bloqueio da FDA a novos medicamentos. Nenhum deles merece a estatueta de melhor filme, quanto a mim…

Deve ser entre o 12 Years a Slave, o Gravity e o The Wolf of Wall Street

Gravity não merece na minha opinião. São apenas efeitos especiais e ai sim, merece a estatueta :great:

Ia dizer isso mesmo. Acabei de o ver, banda sonora espectacular, bons efeitos especiais, mas o filme em si nada de mais. Mais facilmente um Captain Phillips levava a estatueta que Gravity.

O Her é um outsider a ter em conta.

Nunca mais saem o Nebraska e o Philomena nos lugares do costume. :-\

Ainda não o vi, tava-me a sustentar nas críticas que tenho lido ao filme! :great: