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Em Agosto no Meeting de Roma, Rui Silva fez a sua melhor marca do ano com o registo de 3,32,91m, mostrando estar preparado para os Mundiais de Helsínquia, onde voltou a ser o herói, ao conquistar de forma brilhante a Medalha de Bronze nos 1500m, ficando a apenas 2 centésimos de segundo da Prata, numa corrida ganha pelo marroquino Rashid Ramzi.  
 
Em Agosto no Meeting de Roma, Rui Silva fez a sua melhor marca do ano com o registo de 3,32,91m, mostrando estar preparado para os Mundiais de Helsínquia, onde voltou a ser o herói, ao conquistar de forma brilhante a Medalha de Bronze nos 1500m, ficando a apenas 2 centésimos de segundo da Prata, numa corrida ganha pelo marroquino Rashid Ramzi.  
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==Lesões e mais lesões==
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Na [[Atletismo 2006|época de 2006]] iniciou uma travessia no deserto resultante de uma serie de lesões, numa altura em que tinha programado apostar nos 5000m, uma corrida onde conseguiu obter os mínimos para os Europeus de Gotemburgo, com a marca de 13,31,13m obtida em Gijón na Espanha. No entanto as lesões afastaram-no da grande competição que se realizou na Suécia, tal como já o tinham arredado dos Mundiais de Pista Coberta disputados em Moscovo.
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Falhou os Mundiais de Osaka 2007 e os Jogos Olímpicos de Pequim 2008. Aos 30 anos, muitos davam-no como perdido para o desporto já que as lesões não paravam de o atormentar: primeiro uma fractura no pé esquerdo e depois uma hérnia inguinal.
 
Falhou os Mundiais de Osaka 2007 e os Jogos Olímpicos de Pequim 2008. Aos 30 anos, muitos davam-no como perdido para o desporto já que as lesões não paravam de o atormentar: primeiro uma fractura no pé esquerdo e depois uma hérnia inguinal.

Revisão das 23h07min de 18 de agosto de 2014

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Dados de Rui Silva Rui Silva.jpg
Nome Rui Manuel Monteiro da Silva
Nascimento 3 Agosto de 1977
Naturalidade Santarém - Portugal - 
Posição Atleta (meio fundo)

Rui Silva chegou a jogar futebol nos iniciados do União de Santarém, mas aos 15 anos optou pelo Atletismo, passando a representar o Estrela Ouriquense e, em 1994 foi Campeão Nacional de Corta-Mato na categoria de Juvenis, feito que repetiu nos dois anos seguintes, mas nos Juniores, escalão em que participou duas vezes no Campeonato Mundial de Corta Mato, tendo obtido o 43º lugar em 1996, depois de ter desistido no ano anterior.

No entanto foi na Pista que mais se destacou, obtendo vários títulos nos escalões jovens e tornando-se no Recordista Nacional Júnior dos 1000 e dos 1500m, tendo participado no Europeu de Juniores de 1995, classificando-se no 8º lugar na corrida dos 1500m, para no ano seguinte no Campeonato Mundial desse mesmo escalão, obter a 6ª posição, também nos 1500m.

Títulos e mais Títulos

Em Outubro de 1996 transferiu-se para o Sporting Clube de Portugal, onde sob a orientação de Bernardo Manuel iniciou uma progressão verdadeiramente espantosa, especializando-se nos 1500m, e tornando-se no melhor meio-fundista da história do Atletismo português e num dos melhores do mundo.

A nível nacional Rui Silva foi 14 vezes Campeão de Portugal, apesar de muito cedo as competições internas terem deixado de ser uma prioridade para ele. Mesmo assim ao ar livre conta com 5 títulos nos 800m, 2 nos 1500m e 1 nos 5000m, e na pista coberta, com 2 títulos nos 800m, 3 nos 1500m e 1 nos 3000m, vitórias obtidas entre 1998 quando se começou a impor no panorama do meio fundo nacional e 2011, numa altura em que já apostava nas distâncias mais longas.

Para além disso foi 9 vezes Campeão Nacional de Crosse Curto, uma especialidade que dominou completamente desde que esta em 2000 foi incluída no calendário oficial das provas de Corta Mato, somando um tetra campeonato até 2003 e um penta entre 2009 e 2013.

Recordes e mais Recordes

Tornou-se também num verdadeiro açambarcador de Recordes Nacionais, começando logo em 1997, na sua primeira temporada ao serviço do Sporting, por conseguir bater o Recorde dos 1000m que pertencia a Carlos Cabral, ao percorrer a distância em 2,17,2m, uma marca que viria a melhorar em 1999 com o tempo de 2,16,30m e, nesse mesmo ano tornou-se também no Recordista Nacional dos 2000m, com a marca de 4,54,66m e da Milha, percorrendo esta distância em 3,50,91m, um tempo que viria a melhorar em 2002, fixando o Recorde em 3,49,50m.

Em 1998 bateu o Recorde Nacional dos 1500m com a marca de 3,34,84m, um resultado que viria a melhorar cinco vezes, até que em 2002 fixou o Recorde da sua prova de eleição em 3,30,07m, o que significava uma evolução de 5,69s em relação à anterior marca estabelecida por Mário Silva em 1991.

Em 1999 apoderou-se dos recordes dos 800 e 1500m em pista coberta, fixando-os em 1,44,40m e 3,34,99m, respectivamente, e no ano seguinte foi a vez do dos 3000m também em pista coberta, com a marca de 7,39,44m.

Em 2001 Rui Silva tornou-se no recordista nacional de todas as distâncias em pista coberta, desde os 800m aos 3000m, ao estabelecer novos Recordes Nacionais nos 1000m (2,17,36m), 2000m (5,03,95m) e Milha (3,52,18m).

Em 2002 conseguiu finalmente bater também o Recorde Nacional dos 800m, fixando-o em 1,44,91m, melhorando em 0,21s uma marca que datava dos Jogos Olímpicos de 1988 e, em 2011 acrescentou à sua extensa lista de Recordes, o dos 5000m em pista coberta, com a marca de 13,41,93m.

Medalhas e mais Medalhas

A sua explosão enquanto grande atleta aconteceu em 1998, quando em Valência logo na sua primeira grande competição internacional, foi surpreendentemente Campeão Europeu dos 1500m em pista coberta, para poucos meses depois, a 20 de Agosto, conquistar a Medalha de Prata na mesma corrida, mas nos Campeonatos Europeus de Atletismo disputados em Budapeste.

Para fechar com chave de ouro esta grande temporada, Rui Silva foi escolhido para representar a Selecção da Europa na Taça do Mundo que se realizou em Joanesburgo na África do Sul, onde foi 2º classificado atrás do queniano Laban Rotich, isto numa época em que já tinha ganho os 1500m da Taça da Europa e do Meeting de Santo António, para além de ter ajudado o Sporting a subir à 1ª Liga da Taça dos Campeões Europeus de Atletismo, contribuindo com mais uma vitória nos 1500m.

Na época seguinte confirmou a sua posição entre os melhores do mundo, e no Mundial de Pista Coberta que se disputou no Japão, ficou no 5º lugar da corrida dos 1500m, melhorando o seu Recorde Nacional daquela distância, com a 5ª melhor marca mundial do ano, o que diz bem da excelência dessa Final de Maebashi.

Ainda em 1999 mas nos Campeonatos Europeus de Sub-23 realizados em Gotemburgo, Rui Silva ganhou sem dificuldades os 1500m, numa temporada onde foi coleccionando Recordes, até fazer a melhor marca europeia do ano, que era simultaneamente a 5ª melhor de sempre, pelo que chegou aos Mundiais de Sevilha com fundadas expectativas. No entanto uma queda na meia-final afastou-o da corrida decisiva, onde teria seguramente uma palavra a dizer.

Em 2000 iniciou o seu domínio no Crosse Curto a nível nacional, uma especialidade que nesse ano fora introduzida no calendário oficial das provas da FPA, tendo participado no Mundial desse ano, onde foi 24º classificado, mas não voltou a repetir a experiência, pois sempre preferiu o tartan à lama.

Ainda nesse ano, mas na pista coberta, apostou nos 3000m e conquistou a Medalha de Prata nos Campeonatos da Europa que se disputaram em Gent na Bélgica, isto para além de ter sido um dos heróis que em Junho de 2000 contribuiu para a histórica vitória do Sporting na Taça dos Campeões Europeus de Atletismo, tendo na ocasião sido o vencedor das corridas dos 1500 e dos 3000m.

Em ano de Jogos Olímpicos apontou a sua preparação para Sydney, obtendo 3,32,60m nos 1500m do Meeting de Roma, uma marca que o colocava no 12º lugar no ranking mundial do ano e foi 3º nos 800m do Meeting Internacional de Lisboa, com o tempo de 1,45,29s, a segunda melhor marca portuguesa de sempre, muito próxima do Recorde Nacional, mas chegou à Austrália debilitado por um vírus que o atacou quando recuperava de uma gripe, e foi logo eliminado na primeira ronda dos 1500m.

Em 2001 conquistou a Medalha de Ouro na corrida dos 1500m dos Campeonatos do Mundo de Pista Coberta que se disputaram em Lisboa, venceu as corridas de 1500 e 3000m na Taça dos Campeões Europeus e na Taça da Europa e, ganhou os 1500m do Meeting do Mónaco, com o tempo de 3,30,36m, que era não só o novo Recorde Nacional, como constituía a 3ª melhor marca mundial do ano, o que fazia dele um dos candidatos à conquista de uma medalha nos 1500m dos Campeonatos do Mundo que nesse ano se disputaram em Edmonton. No entanto no Canadá Rui Silva não foi feliz, quedando-se pelo 7º lugar, ao deixar-se surpreender pelo ataque do marroquino El Guerrouj, que aconteceu antes do que ele estaria à espera e numa altura em que estava mal colocado no pelotão.

Em 2002 naquele que foi o seu melhor ano em termos de marcas, voltou a estar em grande nas competições internacionais, conquistando a Medalha de Ouro nos 1500m dos Europeus de Pista Coberta que se disputaram em Viena e a Medalha de Bronze, também nos 1500m, mas nos Campeonatos da Europa de Atletismo que se realizaram em Munique, numa emocionante Final decidida por "photo-finish", com a Medalha de Ouro a ser atribuída ao francês Mehdi Baala, enquanto o espanhol Reyes Estevez teve de contentar-se com a de Prata, ficando Rui Silva a apenas 18 centésimos de segundo dos dois da frente, isto num ano em que voltou a ganhar os 3000m da Taça da Europa.

Em termos internacionais 2003 foi uma época decepcionante para Rui Silva, que chegou como um dos favoritos à conquista das medalhas nos 1500m dos Mundiais de Pista Coberta que se disputaram em Birmingham, mas acabou por ser afastado da Final, ao ser apenas 3º classificado na primeira eliminatória, com o tempo de 3,48,41m, ficando à espera da repescagem, uma vez que que só os dois primeiros se apuravam directamente, pelo que tinha de ter um dos três melhores tempos dos restantes, mas logo na segunda corrida o 5º classificado, o polaco Miroslav Formela, fez 3,40,85m, o que implicou de imediato a eliminação do Campeão Mundial em título.

Poucos meses depois nos Campeonatos do Mundo de Atletismo disputados em Paris, Rui Silva chegou à Final sem grandes dificuldades, ganhando a sua eliminatória e sendo 2º classificado na meia final, mas na corrida decisiva não foi além do 5º lugar, depois de uma época em que também ganhou os 3000m da Taça da Europa e os 1500 e os 3000m da Taça dos Campeões Europeus, contribuindo assim para a vitória do Sporting no grupo B desta competição de clubes.

Em 2004 voltou aos dias de glória, logo a começar nos Mundiais de Pista Coberta em Budapeste, onde apostou nos 3000m, sendo apenas batido pelo queniano Bernard Lagat, trazendo assim para Portugal a Medalha de Prata.

Em ano de Jogos Olímpicos, apostou forte nos 1500m, mas uma incomodativa hérnia inguinal, fê-lo atravessar uma fase de alguma irregularidade, mesmo assim ganhou os 1500 e os 3000m da Taça dos Campeões Europeus, onde o Sporting ficou no 3º lugar e os 3000m da Taça da Europa e, fez 3,32,13m nos 1500m do Meeting de Roma, uma marca que o colocava no 5º lugar do ranking mundial do ano.

Nos Jogos de Atenas Rui Silva conquistou a Medalha de Bronze dos 1500m, numa corrida onde se sabia que dificilmente poderia ir mais longe e que geriu de uma forma quase perfeita, aproveitando o andamento menos forte das duas primeiras voltas, para impor a sua poderosa ponta final. Ainda em 2004, Rui Silva fez os mínimos olímpicos dos 5000m, durante o Meeting de Bergen, com a excelente marca de 13,19,20m, embora a aposta nas distâncias mais longas só estivesse programada para o ano seguinte.

No entanto as lesões atacaram Rui Silva no início da época de 2005 afastando-o dos Europeus de Pista Coberta. Regressaria à competição em Junho ainda a tempo de ajudar o Sporting a obter mais um 3º lugar na Taça dos Campeões Europeus de Atletismo, vencendo os 1500 e os 3000m dessa competição e de ganhar os 3000m na Taça da Europa.

Em Agosto no Meeting de Roma, Rui Silva fez a sua melhor marca do ano com o registo de 3,32,91m, mostrando estar preparado para os Mundiais de Helsínquia, onde voltou a ser o herói, ao conquistar de forma brilhante a Medalha de Bronze nos 1500m, ficando a apenas 2 centésimos de segundo da Prata, numa corrida ganha pelo marroquino Rashid Ramzi.

Lesões e mais lesões

Na época de 2006 iniciou uma travessia no deserto resultante de uma serie de lesões, numa altura em que tinha programado apostar nos 5000m, uma corrida onde conseguiu obter os mínimos para os Europeus de Gotemburgo, com a marca de 13,31,13m obtida em Gijón na Espanha. No entanto as lesões afastaram-no da grande competição que se realizou na Suécia, tal como já o tinham arredado dos Mundiais de Pista Coberta disputados em Moscovo.


Falhou os Mundiais de Osaka 2007 e os Jogos Olímpicos de Pequim 2008. Aos 30 anos, muitos davam-no como perdido para o desporto já que as lesões não paravam de o atormentar: primeiro uma fractura no pé esquerdo e depois uma hérnia inguinal.

Em 2007 o ribatejano mudou radicalmente a sua vida. Abandonou os negócios ligados à construção civil e dedicou-se a 100% ao treino, tendo passado a treinar sob a supervisão de João Campos, o técnico que levou Fernanda Ribeiro ao ouro olímpico em Atlanta 96. Mudou-se com a família para a Maia e abandonou os habituais locais de treino nas planícies ribatejanas e nas pistas de Lisboa e do Jamor.

Uma experiência no corta-mato europeu em 2007 valeu-lhe uma prometedora medalha de bronze, porém, as lesões voltaram a comprometer a sua preparação para Pequim, levando o atleta a assumir publicamente que preferia ficar em Portugal caso não pudesse discutir uma das três medalhas. Foi o que fez.

Em 2009, nos Europeus de atletismo de pista coberta, em Turim (Itália), Rui Silva voltou a subir ao lugar mais alto do pódio dos 1500 metros, interrompendo um longo calvário que o afastou das grandes competições internacionais de pista nos últimos três anos.

A partir de 2011 Rui Silva começa uma preparação específica com vista à participação em provas de maior distância, nomeadamente a Maratona. E é fazendo parte dessa nova etapa da sua brilhante carreira que Rui Silva vence a 04 de Março de 2012 a 1ª Meia-Maratona de Santander que contou à partida com mais de 2000 atletas.

A 10 de Março de 2012 sagra-se pela oitava vez Campeão Nacional de Crosse Curto, contribuindo decisivamente para mais uma vitória colectiva do Sporting.

Cumprindo uma esperança à muito acalentada Rui Silva estreia-se na Maratona a 29 de Setembro de 2013, em Berlim, com o registo de 2:12.16, tendo ficado em nono lugar e sido o melhor europeu. O vencedor, Wilson Kipsang, alcançou o recorde do mundo, ao fazer 2:03.23.

Recebeu o Prémio Stromp em 2003, 2004, 2005, 2008 e 2009.

To-mane 11:06, 13 Julho 2008 (WEST)