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Revisão das 19h58min de 27 de novembro de 2014

Esta página é sobre o guarda-redes de Andebol, Carlos Ferreira. Se procura o guarda-redes de Futebol, Carlos Ferreira, consulte Carlos Manuel Ferreira. Se procura o basquetebolista, Carlos Ferreira, consulte Carlos Ferreira (basquetebol).
Dados de Carlos Ferreira Carlos Ferreira Andebol.jpg
Nome Carlos Manuel da Silva Panta Ferreira
Nascimento 2 de Agosto de 1966
Naturalidade Moçambique - 
Posição Guarda-redes

Carlos Ferreira começou a jogar aos 12 anos no CCR Fermentões, onde se sagrou Campeão Nacional em Iniciados. Mais tarde, jogou no popular Desportivo Francisco de Holanda (clube que deu origem ao actual Xico Andebol), ao serviço do qual conquistou o título nacional da II Divisão, antes de ingressar no ABC na época 1987/88, por indicação do Prof. Cunha e Passos. Na sua primeira passagem pelo ABC, conquistou quatro Campeonatos Nacionais, quatro Taças de Portugal, três Supertaças e uma presença na final da Taça dos Campeões Europeus.

Apesar de forte fisicamente, Carlos Ferreira sempre demonstrou uma grande agilidade e rapidez de movimentos permitindo-lhe uma elevada eficácia nas balizas que defendeu.

Em 1994, viajou para Lisboa para ingressar no seu clube do coração, o Sporting Clube de Portugal. Manteve-se em Alvalade durante seis épocas, tornando-se titular indiscutível na baliza leonina e o seu carácter e espírito de liderança levaram-no a capitão de equipa.

Ao serviço do Sporting, Carlos Ferreira conquistou duas Taças de Portugal, duas Supertaças e foi decisivo na conquista do Campeonato Nacional da época de 2000/01. Na última partida da final, quando já era conhecido o seu regresso para o Norte do país por questões familiares, Carlos realiza uma fantástica exibição galvanizando os seus colegas para a vitória no campeonato que fugia ao Sporting desde 1986. Acarinhado pelos adeptos, Carlos Ferreira foi levado em ombros pelos sportinguistas que o encheram de mensagens a pedir que continuasse em Alvalade.

Rumou ao FC Porto onde foi tricampeão nacional antes de regressar ao ABC, onde conquistaria mais um título nacional. Em 2009, aos 42 anos de idade, colocou término à carreira em virtude de lesão, iniciando carreira como dirigente no clube bracarense.

Mesmo longe de Alvalade, nunca deixou de acompanhar o seu Clube, chegando mesmo a vir a público defender as modalidades amadoras do Sporting, descrevendo episódios de verdadeiro sacrifício e amor à camisola:

Tudo se resumia à resposta dada à última questão colocada ao conhecido jornalista da TSF e que tinha a ver com as modalidades amadoras dos leões, na qual, entre outras coisas, Fernando Correia refere que "já não há tempo para amar a camisola", que "se não pode pagar acaba com as modalidades" e ainda que "os atletas é que não querem competir por amor ao clube, como antigamente". Pois bem, o guardião do ABC, que nunca escondeu a sua cor clubista, sentiu-se e fez questão de responder. "Como sportinguista, ex-atleta e ex-capitão do Sporting, quero expressar o meu lamento pelas palavras do jornalista, escritor e sub-director do Jornal Sporting. E pergunto: Acabar com as modalidades amadoras do Sporting porquê? Será que o orçamento das amadoras dá para pagar sequer a um jogador de futebol profissional? É que profissionalismo não é só um estatuto, mas sim uma maneira de estar e sentir o desporto que se pratica. Ou será que profissionalismo é insultar o treinador, não cumprir os regulamentos internos do clube e dizer que não se quer jogar ou dizer que não reconhecem o seu valor no clube porque se ganha pouco? Sem querer generalizar, e falo por experiência própria, pelos 20 anos de andebol sénior, onde fui campeão em todas as equipas, ter amor à camisola é jogar lesionado, com entorses, fracturas, gripes, febres, hérnias ou lesões que tais e, já agora, devo dizer que mialgias não existem no vocabulário das amadoras. Ter amor à camisola é viajar no próprio dia do jogo, fazer viagens de horas intermináveis, desde avião, comboio e autocarro numa só deslocação, comer no McDonald's de madrugada e sob temperaturas negativas ao ar livre, porque nada mais há e levar comida de casa. Ter amor à camisola é dormir em hotéis duvidosos, sem aquecimento, sem água quente, com lençóis comidos por baratas e sabe-se lá que mais e ter, por isso, de dormir vestido. Tudo isto em vez de termos voos charter, hotéis luxuosos e cozinheiro particular. Se isto não é amor à camisola, então não sei o que é?", disse, de uma assentada, o internacional A português, que continuou praticamente sem se deter: "Se calhar, e digo se calhar, é por pessoas como este senhor que o nosso belo país tem a mentalidade e cultura desportiva que tem, já que tudo é futebol em Portugal, onde se fazem todos os sacrifícios apenas para se levantarem belos e estrondosos campos de futebol. Mas este é um país onde as amadoras trazem títulos e medalhas que não vale a pena enumerar por serem muitas e do conhecimento geral, e no qual as federações têm de pagar às televisões para que os jogos dos que têm amor à camisola sejam transmitidos, seja na TV pública ou não e muitas vezes nem assim..." "Nestes longos e bons 20 anos, eu e outros atletas, com família constituída, estivemos vários meses com salários em atraso e nem por isso viramos a cara ao clube e ao emblema que representávamos, sem greves, sem rescisões, mas sim com dedicação e respeito pela camisola que vestíamos e fomos campeões". Para o guardião do ABC, de 39 anos, "ter amor à camisola é treinar duas/três vezes por dias, ter oito treinos por semana e fazer nove ou dez jogos por mês. Não é só beijar o símbolo. É senti-lo, sofrer e viver por ele". "Recordo um programa feito por esse senhor em Viseu, por alturas do Mundial de andebol em Portugal, em que dei por mim a considera-lo com respeito como um pessoa do Desporto. Mas lamento verificar agora que estava errado e perceber que é apenas mais um senhor do futebol. Desde já me retrato por qualquer incorrecção da minha parte e queria pedir-lhe que reveja a sua posição, que respeite mais as modalidades amadoras e o verdadeiro amor à camisola. E sim ao ecletismo no Sporting e em todos os outros clubes! Ai se eu pudesse..."."

Adaptado d'O Jogo

Carlos Ferreira é inquestionavelmente um dos melhores guarda-redes da história do Andebol português, jogando mais de 20 anos ao mais alto nível, somando mais de 150 internacionalizações e 11 títulos nacionais.