Foi interessante, ainda que, infelizmente, pouco participado.
Começou mal com uma muito infeliz declaração do GL, que tendo caído mal acabou por não ter muitas reacções directas, ainda teve tempo de anunciar uma nova campanha de sócios para Abril e um produto financeiro (o tal investir na paixão) que apesar de vindo de quem vem me deixar de pé atrás pode abrir uma janela de oportunidade para o surgimento de uma trust de associados que consigam deter uma posição importante na SAD (assim se assegura tal possibilidade numa eventual abertura a investidores e a maioria não se perda).
Seguiu-se o painel da manhã onde destaco as apresentações do Pedro e do Ricardo (apesar daquele inglês ser absolutamente imperceptível). O secretário numa postura mais politica a na minha óptica menos ligada à realidade.
Na tarde Castro Guedes a apresentar dados sem estabelecer quaisquer juízos. Soube-se que os meios de segurança e prevenção em sede de projecto (passadiços, sectarização e cctv) custaram nesta fase 1M€ (foi questionado sobre o fosso mas descartou-se para PPC que depois não abordou a questão).
Soube-se ainda que os custos destes meios na exploração correspondem a 950k€, cerca de 12.5% dos custos gerais de exploração ( que são uns incríveis 7.5M€ por ano. No total os gastos com segurança e prevenção ascendem a 10M€ (projecto e exploração durante a vida do estádio).
Ficou-se ainda a saber que o custo de um jogo médio (lotação até 30.000 sem outras condicionantes de risco) no antigo estádio seria de 13.400€ passaram para 21.700€ muito à custa da duplicação de meios (ARD's e policia).
Depois falou o Pedro Dionísio, com uma interessante apresentação sobre as tribos e a sua vertente no marketing mas que para mim não foi suficientemente centrada no tema.
A seguir a policia. Se o 1º (superintendente) numa postura mais politica acabou por abordar as coisas de um ponto de vista muito legalista, o intendente Elias, numa completa falta de aptidão para produzir um discurso conciliador e sustentar (além da verdade dos números) a posição institucional e alguma confusão e/ou falta de conhecimento nos exemplos apresentados acabou por se tornar alvo das mais acaloradas perguntas, facto que o deixou notoriamente incomodado.
Jorge Silvério finalizou o painel, aprofundando o conceito de OLA (oficial de ligação aos adeptos) que o Pedro já tinha abordado de manhã.
PPC a seguir (sem perguntas pois o tempo já ia longo e ele não estava em painel) com uma apresentação para cativar gregos e troianos (infelizmente não me incluo em nenhuma das categorias). Reconheço-lhe a capacidade de produzir este tipo de discursos. Falou dos casos recentes e referiu o upgrade de 500.000€ a ser feito no sistema de cctv (250 câmaras) a ser estreado no jogo com o carnide. Ainda teve para mim um soundbyte infeliz por algo descabido no contexto que vivemos (Alvalade vai ser um dos melhores estádios da Europa em cctv).
Fiquei também formalmente a saber que o Sporting já tem OLA em funcionamento há alguns meses, de seu nome Vitor Marcelino, ainda que continue a não entender muito bem como o seu perfil se enquadra no perfil tipo especificado nos manuais de OLA.
Por fim, o novo presidente da AAS, Nuno Manaia a fechar o evento estabelecendo a agenda e afirmando a posição intransigente da AAS contra a perda do controle operacional da SAD.
Por fora, algumas conversas interessantes e o prazer de poder dizer que sou (pelo menos às 10h de ontem era) o mais recente associado da AAS.