Filipe Barros:
Tem feito aquilo que se espera de um jogador na sua posição. Se há falha que lhe aponto foram 3 ou 4 situações de finalização que poderiam ter feito a diferença. Agora um tipo que recupera bolas em tudo o que é canto, ataca e é o primeiro a defender, faz dobras aos laterais e aos extremos como vejo poucos a fazer... é um poço de força e quase 95% de qualquer médio que jogue por essa Europa fora já tinha "rebentado" há muito.
Acredito que precisasse de uma organização diferente a nível táctico, mas não estou nada desiludido com a contratação, antes pelo contrário. Mas os médios "8" têm esse papel ingrato... dá-se pouco por eles e são fundamentais dentro de qualquer táctica. Schaars sofre do mesmo. É dos que mais contribui para a qualidade da equipa mas muitos adeptos não o entendem.
Um "8" não joga num qualquer limbo, onde a percepção daquilo que faz em campo se torna algo difícil de descortinar. O nosso meio campo tem revelado problemas sem bola, desprotegendo a defesa, que acaba muitas vezes por levar com todas as culpas, isto quando os médios adversários têm todo o tempo para lançar os seus avançados ou para trocar a bola entre si. Também com bola, os problemas são mais que muitos. Pouca verticalidade, inépcia quando o espaço é curto, nenhuma capacidade de desequilíbrio, incapacidade de transporte, posse e gestão de bola. Não se trata de um problema estanque ao meio campo, mas é também um problema deste. É culpado e vítima.
Onde encaixam então, os bons desempenhos de Schaars e Elias, tendo em conta o que escrevo acima? E, já agora, o futebol produzido pelo Sporting?
- Ou o que escrevo não traduz a realidade.
- Ou Elias e/ou Schaars não têm estado bem.
- Ou não são complementares. Pelo menos nos 2 vértices mais adiantados no terreno.