Diria ainda mais: Ca Ganda Golo....
Krassimir Balakov
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Tenho lido com atenção o que é dito, claro que já tinha visto vídeos e lido crónicos, mas dito por pessoas que realmente "sentiram na pele" a magia do Balakov é outra coisa, por Leões que sentiram cada golo seu como uma grande vitória do seu sportinguismo, faz-me também ter pena de não o ter visto jogar.
Naquele tempo - como agora - não ganhávamos nada ou ganhávamos muito pouco. (Balakov ganhou o quê? Uma taça?) Mas ao contrário de agora ninguém adormecia à frente da televisão a ver o Sporting. Tínhamos espectáculo era garantido. Balakov era um mágico que não sabia jogar mal. Cada drible, cada passe, cada remate, cada lance de bola parada... era um encanto ver aquele homem usar o pé esquerdo.
Tenho lido com atenção o que é dito, claro que já tinha visto vídeos e lido crónicos, mas dito por pessoas que realmente "sentiram na pele" a magia do Balakov é outra coisa, por Leões que sentiram cada golo seu como uma grande vitória do seu sportinguismo, faz-me também ter pena de não o ter visto jogar.
Naquele tempo - como agora - não ganhávamos nada ou ganhávamos muito pouco. (Balakov ganhou o quê? Uma taça?) Mas ao contrário de agora ninguém adormecia à frente da televisão a ver o Sporting. Tínhamos espectáculo era garantido. Balakov era um mágico que não sabia jogar mal. Cada drible, cada passe, cada remate, cada lance de bola parada... era um encanto ver aquele homem usar o pé esquerdo.
O Bala era um génio. Ponto. Nunca mais me hei-de esquecer o seu primeiro jogo oficial em Alvalade.... ainda no outro dia comentava isso com um grande amigo e grande Sportinguista que comigo durante anos calcorreou o país (e o estrangeiro) com o SCP.. o pessoal começou a olhar uns para os outros tipo, "mas o que é isto?..." nem queríamos acreditar no que estávamos a ver...
O mais incrível é a história da sua vinda para Alvalade (mais uma do Cintra... aquele coração mole pelo Sporting que o traiu com más decisões uma data de vezes porra..) que chegou por "atacado" num pacote com 3 búlgaros!!! A contratação era a de um búlgaro que era uma grande esperança lá do sítio - o Guentchev que em Alvalade nunca deu nada - que diziam era um grande jogador, mas à última da hora o empresário que estava a mediar o negócio, veio com exigências e com uns VHS (sim vejam bem...) de imagens de mais outros 2 jogadores: o Balakov e o Iordanov. E foram todos contratados os 3 com desconto. Esta a verdadeira razão da contratação de um dos maiores génios que vi pisar aquele relvado...
Depois a sua saída, é outro episódio triste. Uma vergonha diria eu. O Carlos Queiroz nunca perdoou a "insubordinação" do Bala, e fez tudo para o despachar.. O Cintra foi na conversa, o gajo estava enamorado do queirós esse hype, e foi despachado para o Estugarda por 400 000 contos.. uma quantia patética mesmo para a época. Se levarmos em linha de conta que estamos a falar de um génio, é um crime.
O Bala saiu com muita mágoa no coração, ele amava o Sporting. Ainda hoje não fala com muito à vontade desse episódio. Por ele tinha terminado aqui a carreira. Como o Iordanov fez, que recusou convites financeiros superiores. No Estugarda rapidamente se tornou um ídolo, e dali já não saiu. O seu carácter era muito calmo, acho que por isso não chegou mais longe em termos de protagonismo. Repito: falamos de um génio do futebol. Ainda me lembro de uma entrevista que ele deu já lá na Alemanha, onde visivelmente emocionado, dizia, que podia terminar a carreira descansado pois já tinha representado um grande Clube, um dos maiores do Mundo. E não estava a falar do Estugarda...
Saudades, muitas saudades do Bala! Outro que nunca teve o reconhecimento que devia ter tido!
Tenho lido com atenção o que é dito, claro que já tinha visto vídeos e lido crónicos, mas dito por pessoas que realmente "sentiram na pele" a magia do Balakov é outra coisa, por Leões que sentiram cada golo seu como uma grande vitória do seu sportinguismo, faz-me também ter pena de não o ter visto jogar.
Naquele tempo - como agora - não ganhávamos nada ou ganhávamos muito pouco. (Balakov ganhou o quê? Uma taça?) Mas ao contrário de agora ninguém adormecia à frente da televisão a ver o Sporting. Tínhamos espectáculo era garantido. Balakov era um mágico que não sabia jogar mal. Cada drible, cada passe, cada remate, cada lance de bola parada... era um encanto ver aquele homem usar o pé esquerdo.
O Bala era um génio. Ponto. Nunca mais me hei-de esquecer o seu primeiro jogo oficial em Alvalade.... ainda no outro dia comentava isso com um grande amigo e grande Sportinguista que comigo durante anos calcorreou o país (e o estrangeiro) com o SCP.. o pessoal começou a olhar uns para os outros tipo, "mas o que é isto?..." nem queríamos acreditar no que estávamos a ver...
O mais incrível é a história da sua vinda para Alvalade (mais uma do Cintra... aquele coração mole pelo Sporting que o traiu com más decisões uma data de vezes porra..) que chegou por "atacado" num pacote com 3 búlgaros!!! A contratação era a de um búlgaro que era uma grande esperança lá do sítio - o Guentchev que em Alvalade nunca deu nada - que diziam era um grande jogador, mas à última da hora o empresário que estava a mediar o negócio, veio com exigências e com uns VHS (sim vejam bem...) de imagens de mais outros 2 jogadores: o Balakov e o Iordanov. E foram todos contratados os 3 com desconto. Esta a verdadeira razão da contratação de um dos maiores génios que vi pisar aquele relvado...
Depois a sua saída, é outro episódio triste. Uma vergonha diria eu. O Carlos Queiroz nunca perdoou a "insubordinação" do Bala, e fez tudo para o despachar.. O Cintra foi na conversa, o gajo estava enamorado do queirós esse hype, e foi despachado para o Estugarda por 400 000 contos.. uma quantia patética mesmo para a época. Se levarmos em linha de conta que estamos a falar de um génio, é um crime.
O Bala saiu com muita mágoa no coração, ele amava o Sporting. Ainda hoje não fala com muito à vontade desse episódio. Por ele tinha terminado aqui a carreira. Como o Iordanov fez, que recusou convites financeiros superiores. No Estugarda rapidamente se tornou um ídolo, e dali já não saiu. O seu carácter era muito calmo, acho que por isso não chegou mais longe em termos de protagonismo. Repito: falamos de um génio do futebol. Ainda me lembro de uma entrevista que ele deu já lá na Alemanha, onde visivelmente emocionado, dizia, que podia terminar a carreira descansado pois já tinha representado um grande Clube, um dos maiores do Mundo. E não estava a falar do Estugarda...
Saudades, muitas saudades do Bala! Outro que nunca teve o reconhecimento que devia ter tido!
Tenho lido com atenção o que é dito, claro que já tinha visto vídeos e lido crónicos, mas dito por pessoas que realmente "sentiram na pele" a magia do Balakov é outra coisa, por Leões que sentiram cada golo seu como uma grande vitória do seu sportinguismo, faz-me também ter pena de não o ter visto jogar.
Naquele tempo - como agora - não ganhávamos nada ou ganhávamos muito pouco. (Balakov ganhou o quê? Uma taça?) Mas ao contrário de agora ninguém adormecia à frente da televisão a ver o Sporting. Tínhamos espectáculo era garantido. Balakov era um mágico que não sabia jogar mal. Cada drible, cada passe, cada remate, cada lance de bola parada... era um encanto ver aquele homem usar o pé esquerdo.
O Bala era um génio. Ponto. Nunca mais me hei-de esquecer o seu primeiro jogo oficial em Alvalade.... ainda no outro dia comentava isso com um grande amigo e grande Sportinguista que comigo durante anos calcorreou o país (e o estrangeiro) com o SCP.. o pessoal começou a olhar uns para os outros tipo, "mas o que é isto?..." nem queríamos acreditar no que estávamos a ver...
O mais incrível é a história da sua vinda para Alvalade (mais uma do Cintra... aquele coração mole pelo Sporting que o traiu com más decisões uma data de vezes porra..) que chegou por "atacado" num pacote com 3 búlgaros!!! A contratação era a de um búlgaro que era uma grande esperança lá do sítio - o Guentchev que em Alvalade nunca deu nada - que diziam era um grande jogador, mas à última da hora o empresário que estava a mediar o negócio, veio com exigências e com uns VHS (sim vejam bem...) de imagens de mais outros 2 jogadores: o Balakov e o Iordanov. E foram todos contratados os 3 com desconto. Esta a verdadeira razão da contratação de um dos maiores génios que vi pisar aquele relvado...
Depois a sua saída, é outro episódio triste. Uma vergonha diria eu. O Carlos Queiroz nunca perdoou a "insubordinação" do Bala, e fez tudo para o despachar.. O Cintra foi na conversa, o gajo estava enamorado do queirós esse hype, e foi despachado para o Estugarda por 400 000 contos.. uma quantia patética mesmo para a época. Se levarmos em linha de conta que estamos a falar de um génio, é um crime.
O Bala saiu com muita mágoa no coração, ele amava o Sporting. Ainda hoje não fala com muito à vontade desse episódio. Por ele tinha terminado aqui a carreira. Como o Iordanov fez, que recusou convites financeiros superiores. No Estugarda rapidamente se tornou um ídolo, e dali já não saiu. O seu carácter era muito calmo, acho que por isso não chegou mais longe em termos de protagonismo. Repito: falamos de um génio do futebol. Ainda me lembro de uma entrevista que ele deu já lá na Alemanha, onde visivelmente emocionado, dizia, que podia terminar a carreira descansado pois já tinha representado um grande Clube, um dos maiores do Mundo. E não estava a falar do Estugarda...
Saudades, muitas saudades do Bala! Outro que nunca teve o reconhecimento que devia ter tido!
Não me leves a mal, mas eu tenho ideia que o Balakov e o Yordanov chegaram 1 ano antes do Guentchev. Até acho que o Guentchev chegou ao Sporting devido ao sucesso nas contrataçõe do Balakov e do Yorda.
Tenho lido com atenção o que é dito, claro que já tinha visto vídeos e lido crónicos, mas dito por pessoas que realmente "sentiram na pele" a magia do Balakov é outra coisa, por Leões que sentiram cada golo seu como uma grande vitória do seu sportinguismo, faz-me também ter pena de não o ter visto jogar.
Naquele tempo - como agora - não ganhávamos nada ou ganhávamos muito pouco. (Balakov ganhou o quê? Uma taça?) Mas ao contrário de agora ninguém adormecia à frente da televisão a ver o Sporting. Tínhamos espectáculo era garantido. Balakov era um mágico que não sabia jogar mal. Cada drible, cada passe, cada remate, cada lance de bola parada... era um encanto ver aquele homem usar o pé esquerdo.
O Bala era um génio. Ponto. Nunca mais me hei-de esquecer o seu primeiro jogo oficial em Alvalade.... ainda no outro dia comentava isso com um grande amigo e grande Sportinguista que comigo durante anos calcorreou o país (e o estrangeiro) com o SCP.. o pessoal começou a olhar uns para os outros tipo, "mas o que é isto?..." nem queríamos acreditar no que estávamos a ver...
O mais incrível é a história da sua vinda para Alvalade (mais uma do Cintra... aquele coração mole pelo Sporting que o traiu com más decisões uma data de vezes porra..) que chegou por "atacado" num pacote com 3 búlgaros!!! A contratação era a de um búlgaro que era uma grande esperança lá do sítio - o Guentchev que em Alvalade nunca deu nada - que diziam era um grande jogador, mas à última da hora o empresário que estava a mediar o negócio, veio com exigências e com uns VHS (sim vejam bem...) de imagens de mais outros 2 jogadores: o Balakov e o Iordanov. E foram todos contratados os 3 com desconto. Esta a verdadeira razão da contratação de um dos maiores génios que vi pisar aquele relvado...
Depois a sua saída, é outro episódio triste. Uma vergonha diria eu. O Carlos Queiroz nunca perdoou a "insubordinação" do Bala, e fez tudo para o despachar.. O Cintra foi na conversa, o gajo estava enamorado do queirós esse hype, e foi despachado para o Estugarda por 400 000 contos.. uma quantia patética mesmo para a época. Se levarmos em linha de conta que estamos a falar de um génio, é um crime.
O Bala saiu com muita mágoa no coração, ele amava o Sporting. Ainda hoje não fala com muito à vontade desse episódio. Por ele tinha terminado aqui a carreira. Como o Iordanov fez, que recusou convites financeiros superiores. No Estugarda rapidamente se tornou um ídolo, e dali já não saiu. O seu carácter era muito calmo, acho que por isso não chegou mais longe em termos de protagonismo. Repito: falamos de um génio do futebol. Ainda me lembro de uma entrevista que ele deu já lá na Alemanha, onde visivelmente emocionado, dizia, que podia terminar a carreira descansado pois já tinha representado um grande Clube, um dos maiores do Mundo. E não estava a falar do Estugarda...
Saudades, muitas saudades do Bala! Outro que nunca teve o reconhecimento que devia ter tido!
Não me leves a mal, mas eu tenho ideia que o Balakov e o Yordanov chegaram 1 ano antes do Guentchev. Até acho que o Guentchev chegou ao Sporting devido ao sucesso nas contrataçõe do Balakov e do Yorda.
Quase isso:
http://www.forumscp.com/wiki/index.php?title=Guentchev
O golo contra o Benfica ficou na memória sem dúvida.
Cobrava livres como ninguém. Um jogador fabuloso.
Ainda hoje o meu pai fala-me muitas vezes nele.
Engraçado que nessa altura não ganhávamos campeonatos, mas jogávamos bem e dava prazer ir ver os jogos.
Tínhamos grandes jogadores.
O Meu Pé Esquerdo
Entro no carro, ligo o rádio, "....notícia do dia.....Domingos Paciência já não é treinador do Sporting! Para o seu lugar é promovido, o até agora treinador dos juniores, Ricardo Sá Pinto...."
Um sopro,....lá vamos nós outra vez, penso eu, adivinhando a "balbúrdia" que se avizinha, e sem saber se ficar triste ou contente......
No início da década de 90, eu arriscava-me a ser desses poucos portugueses, mesmo os que não ligam "à bola", que não torcem por nenhum dos três grandes. Os anos de ouro do Desportivo de Chaves não tinham deixado espaço para mais. Nem a influência familiar vermelha, nem o recente calcanhar de Madjer me tinham atraído para a "causa".
Do Sporting, sentia admiração por uns adeptos que se mantinham fiéis e enchiam o estádio apesar de não ganharem o campeonato há muitos anos.
Enquanto o mundo prestava mais atenção a uma estrela búlgara em ascensão, Hristo Stoichkov, que tinha chegado a Barcelona para fazer história no Dream-Team de Johan Cruyff, chegava a Alvalade, silenciosamente, vindo do mesmo país , um jogador com o nome de Krassimir Guenchev Balakov, de 24 anos.
Mas depois de Radi, eu já sabia o que podia valer um búlgaro chegado de forma quase anónima e este, esquerdino, cabelo encaracolado e com o "10" nas costas, fazia-me lembrar alguém!
Não me enganei, e por "culpa" dele, de camisola verdibranca da UMBRO com os dizeres "bonança" vestida comecei a prestar atenção aos jogos do clube com o escudo do Leão.
Os livres directos, os penaltis à Panenka, as arrancadas desde o meio campo à Maradona. Golos de pé esquerdo, pé direito, de dentro e de fora da área, passes, assistências e tabelinhas. Um verdadeiro compêndio do futebolista total!
Espero até que a memória me atraiçoe e não tenha sido mesmo ele a marcar de canto directo ao meu Desportivo.
Durante aquelas épocas subiram com ele ao relvado outros Grandes como Ivkovic, Valckx, Cherbakov, Juskowiak, Figo, Naybet, Marco Aurélio, Carlos Xavier, Oceano, Paulo Sousa, Iordanov, Amunike ou Sá Pinto.
Ai, que saudades! Inacreditavelmente, para a estatística fica apenas aquela Taça de Portugal em 95, mas para mim, e com certeza para muitos outros ficou a recordação de um irresistível futebol, praticado por onzes com uma quantidade de gente que "sabia jogar à bola" difícil de igualar. Basta lembrar o que fazia o holandês, que era central, com a bola nos pés!
Quando o mágico búlgaro partiu, empurrado pela arrogância de C. Queiroz, eu, tal como ele, já tinha o verde a correr-me nas veias.
Nos alemães do Estugarda também não tardou em fazer história com o "Das magische Dreieck", o "triângulo mágico" que formou com Fredi Bobic e Giovane Elber.
E não era preciso perceber uma palavra de alemão para saber o que diziam os comentadores da Eurosport, quando gritavam, depois de mais uma jogada de génio: "klasse spiele von Krassimir Balakov".Eu fiquei, mas continuei a procurá-lo. E com certeza que o encontrei, muitas vezes, no futebol romântico do Pedro Barbosa, vi-o naqueles livres do André Cruz e até, algumas vezes, na subtileza do pé esquerdo do Miguel Veloso. Agora, vou a Alvalade com a crença de encontrá-lo nos passes inteligentes do chileno Matías e principalmente na inteligência do futebol do merecedor herdeiro da "10", o russo Marat.
E é por isso que para além do Chaves, também sou do Sporting, e por muitos dirigentes "autistas", por muita contratação absurda e "tiros no pé" que existam, continuarei. Porque faz parte de mim..
Agora dizem-me que o clube está falido, que um dia vai fechar. Então, mas não sabem que se esse dia chegasse, eu, e não-sei-quantos mil mais, fundaríamos no dia seguinte o Sporting 1906, e se por acaso esse acabasse, os nossos filhos o ressuscitariam com o nome de Sporting És a Nossa Fé, e que depois desse, daqui a muitos anos, haveria quem erguesse o Sporting És o Nosso Grande Amor!
É por isso que desencantados, a cada crise, juramos não ver mais os jogos, não voltar a Alvalade, e depois com o aproximar do jogo da Liga Europa a umas incómodas 6 da tarde, inventaremos uma repentina dor de cabeça no trabalho, e nos apetecerá parar para tomar um café que sabemos, vai durar duas horas. É por isso que se ganharmos esse jogo nos esqueceremos das juras anteriores. É também por isso que as repetiremos se perdermos. E no fim-de-semana, com o nervoso da hora do jogo a chegar, diremos um "já volto" e rumaremos a Alvalade....porque sim, porque sabemos que lá estarão, á nossa espera, os Violinos Jesus Correia, Vasques, Albano, Peyroteo e Travassos, o "Chirola" Yazalde, o Damas, o Manuel Fernandes e eu lá encontrarei........o Meu Pé Esquerdo, esse mesmo, o de Krassimir Balakov!
(Благодаря Балъков!)
http://seromaradona.blogspot.com/2012/02/o-meu-pe-esquerdo.html
CitarO Meu Pé Esquerdo
Entro no carro, ligo o rádio, "....notícia do dia.....Domingos Paciência já não é treinador do Sporting! Para o seu lugar é promovido, o até agora treinador dos juniores, Ricardo Sá Pinto...."
Um sopro,....lá vamos nós outra vez, penso eu, adivinhando a "balbúrdia" que se avizinha, e sem saber se ficar triste ou contente......
No início da década de 90, eu arriscava-me a ser desses poucos portugueses, mesmo os que não ligam "à bola", que não torcem por nenhum dos três grandes. Os anos de ouro do Desportivo de Chaves não tinham deixado espaço para mais. Nem a influência familiar vermelha, nem o recente calcanhar de Madjer me tinham atraído para a "causa".
Do Sporting, sentia admiração por uns adeptos que se mantinham fiéis e enchiam o estádio apesar de não ganharem o campeonato há muitos anos.
Enquanto o mundo prestava mais atenção a uma estrela búlgara em ascensão, Hristo Stoichkov, que tinha chegado a Barcelona para fazer história no Dream-Team de Johan Cruyff, chegava a Alvalade, silenciosamente, vindo do mesmo país , um jogador com o nome de Krassimir Guenchev Balakov, de 24 anos.
Mas depois de Radi, eu já sabia o que podia valer um búlgaro chegado de forma quase anónima e este, esquerdino, cabelo encaracolado e com o "10" nas costas, fazia-me lembrar alguém!
Não me enganei, e por "culpa" dele, de camisola verdibranca da UMBRO com os dizeres "bonança" vestida comecei a prestar atenção aos jogos do clube com o escudo do Leão.
Os livres directos, os penaltis à Panenka, as arrancadas desde o meio campo à Maradona. Golos de pé esquerdo, pé direito, de dentro e de fora da área, passes, assistências e tabelinhas. Um verdadeiro compêndio do futebolista total!
Espero até que a memória me atraiçoe e não tenha sido mesmo ele a marcar de canto directo ao meu Desportivo.
Durante aquelas épocas subiram com ele ao relvado outros Grandes como Ivkovic, Valckx, Cherbakov, Juskowiak, Figo, Naybet, Marco Aurélio, Carlos Xavier, Oceano, Paulo Sousa, Iordanov, Amunike ou Sá Pinto.
Ai, que saudades! Inacreditavelmente, para a estatística fica apenas aquela Taça de Portugal em 95, mas para mim, e com certeza para muitos outros ficou a recordação de um irresistível futebol, praticado por onzes com uma quantidade de gente que "sabia jogar à bola" difícil de igualar. Basta lembrar o que fazia o holandês, que era central, com a bola nos pés!
Quando o mágico búlgaro partiu, empurrado pela arrogância de C. Queiroz, eu, tal como ele, já tinha o verde a correr-me nas veias.
Nos alemães do Estugarda também não tardou em fazer história com o "Das magische Dreieck", o "triângulo mágico" que formou com Fredi Bobic e Giovane Elber.
E não era preciso perceber uma palavra de alemão para saber o que diziam os comentadores da Eurosport, quando gritavam, depois de mais uma jogada de génio: "klasse spiele von Krassimir Balakov".Eu fiquei, mas continuei a procurá-lo. E com certeza que o encontrei, muitas vezes, no futebol romântico do Pedro Barbosa, vi-o naqueles livres do André Cruz e até, algumas vezes, na subtileza do pé esquerdo do Miguel Veloso. Agora, vou a Alvalade com a crença de encontrá-lo nos passes inteligentes do chileno Matías e principalmente na inteligência do futebol do merecedor herdeiro da "10", o russo Marat.
E é por isso que para além do Chaves, também sou do Sporting, e por muitos dirigentes "autistas", por muita contratação absurda e "tiros no pé" que existam, continuarei. Porque faz parte de mim..
Agora dizem-me que o clube está falido, que um dia vai fechar. Então, mas não sabem que se esse dia chegasse, eu, e não-sei-quantos mil mais, fundaríamos no dia seguinte o Sporting 1906, e se por acaso esse acabasse, os nossos filhos o ressuscitariam com o nome de Sporting És a Nossa Fé, e que depois desse, daqui a muitos anos, haveria quem erguesse o Sporting És o Nosso Grande Amor!
É por isso que desencantados, a cada crise, juramos não ver mais os jogos, não voltar a Alvalade, e depois com o aproximar do jogo da Liga Europa a umas incómodas 6 da tarde, inventaremos uma repentina dor de cabeça no trabalho, e nos apetecerá parar para tomar um café que sabemos, vai durar duas horas. É por isso que se ganharmos esse jogo nos esqueceremos das juras anteriores. É também por isso que as repetiremos se perdermos. E no fim-de-semana, com o nervoso da hora do jogo a chegar, diremos um "já volto" e rumaremos a Alvalade....porque sim, porque sabemos que lá estarão, á nossa espera, os Violinos Jesus Correia, Vasques, Albano, Peyroteo e Travassos, o "Chirola" Yazalde, o Damas, o Manuel Fernandes e eu lá encontrarei........o Meu Pé Esquerdo, esse mesmo, o de Krassimir Balakov!
(Благодаря Балъков!)
http://seromaradona.blogspot.com/2012/02/o-meu-pe-esquerdo.html
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