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É aqui a fila para o "quero-um-jogo-com-faltas-expulsões-entradas-de-carrinho-e-joelhos-partidos"?Haha... vai ser bonito, vai!
O meu ódio à Alemanha não se prende por razões de mera nacionalidade, amigos. Não há aqui a retórica do "sou Inglês, como tal detesto a Alemanha". A minhas razões prendem-se com familiares que pereceram na I e II Guerra Mundial (familiares próximos, no caso da II). Familiares que foram bombardeados cobardemente à noite, sem que o mesmo tivesse sido feito a civis alemães.Claro que não, Dresden entrou em auto-combustão expontânea. Darmstadt também. As pessoas receberam anúncios da RAF e antes que os aviões viessem, entraram em pânico e os corpos incendiaram por si mesmos...
Aliás, coisas semelhantes se passaram em: Augsburg, Berlin. Braunschweig, Bremen, Colónia, Danzig, Duisburg. Düsseldorf. Essen, Frankfurt, Gelsenkirchen, Hamburg, Kaiserslautern, Lübeck, Mainz, Mannheim, Munique, Nuremberga, Saarbrücken, Schaffhausen, Stettin, Stuttgart, Ulm, Wuppertal...Ah, e, embora não tenha informações de tal, provavelmente haverá algum familiar Português morto por alemães na I GM. Sim, porque Portugal participou na I Guerra. É política? Isso não me interessa. Não se canta o hino? Não se leva a bandeira? Não se representa uma Nação?Uma coisa é gostar de derrotar uma nação no futebol ou a matraquilhos, outra coisa é um ódio irracional cultivado por uma lógica que (já percebi que és parte inglês ou algo assim) é cultivada em Inglaterra.
Vocês gostam de Espanhóis? De Brasileiros? Não dá um gosto especial derrotá-los? E isto tudo sem laços familiares no assunto...
É não só cultivada, como tem uma abordagem completamente diferente. Enquanto os alemães se envergonham da guerra, já não és o primeiro nem o décimo inglês que vejo falar com um misto de nojo e orgulho para com os alemães. Como se a Inglaterra não fosse das nações com um passado de opressão, agressão e desprezo pelo ser humano do mais vil e execrável. Nem é preciso ir longe, basta atravessar o mar até à Irlanda.
O meu ódio à Alemanha não se prende por razões de mera nacionalidade, amigos. Não há aqui a retórica do "sou Inglês, como tal detesto a Alemanha". A minhas razões prendem-se com familiares que pereceram na I e II Guerra Mundial (familiares próximos, no caso da II). Familiares que foram bombardeados cobardemente à noite, sem que o mesmo tivesse sido feito a civis alemães.Claro que não, Dresden entrou em auto-combustão expontânea. Darmstadt também. As pessoas receberam anúncios da RAF e antes que os aviões viessem, entraram em pânico e os corpos incendiaram por si mesmos...
Aliás, coisas semelhantes se passaram em: Augsburg, Berlin. Braunschweig, Bremen, Colónia, Danzig, Duisburg. Düsseldorf. Essen, Frankfurt, Gelsenkirchen, Hamburg, Kaiserslautern, Lübeck, Mainz, Mannheim, Munique, Nuremberga, Saarbrücken, Schaffhausen, Stettin, Stuttgart, Ulm, Wuppertal...Ah, e, embora não tenha informações de tal, provavelmente haverá algum familiar Português morto por alemães na I GM. Sim, porque Portugal participou na I Guerra. É política? Isso não me interessa. Não se canta o hino? Não se leva a bandeira? Não se representa uma Nação?Uma coisa é gostar de derrotar uma nação no futebol ou a matraquilhos, outra coisa é um ódio irracional cultivado por uma lógica que (já percebi que és parte inglês ou algo assim) é cultivada em Inglaterra.
Vocês gostam de Espanhóis? De Brasileiros? Não dá um gosto especial derrotá-los? E isto tudo sem laços familiares no assunto...
É não só cultivada, como tem uma abordagem completamente diferente. Enquanto os alemães se envergonham da guerra, já não és o primeiro nem o décimo inglês que vejo falar com um misto de nojo e orgulho para com os alemães. Como se a Inglaterra não fosse das nações com um passado de opressão, agressão e desprezo pelo ser humano do mais vil e execrável. Nem é preciso ir longe, basta atravessar o mar até à Irlanda.
Primeiro, não me dás lições acerca da II Guerra Mundial, ainda para mais das mais genéricas e enganosas que existem como aquela que tentas aí "criar".
Comecemos pelos bombardeamentos de cidades alemãs que referes:
1) O primeiro bombardeamento militar alemão contra o Reino Unido data de 1940, no famoso Blitz.
2) O bombardeamento de Dresden, o eterno argumento da extrema-direita mundial, sempre ressabiada pelo fim do azeiteiro de bigode, ocorreu em 1945, ou seja, cerca 4 anos depois do Blitz.
3) A Alemanha bombardeou o Reino Unido diariamente a partir do fim de 1940, sem qualquer alvo militar em mente - o chamado "Terror Bombing" - atingindo cidades como Coventry, Liverpool, Manchester e Newcastle - a cidade onde nasci (pois!) -, entre muitas outras.
4) O Reino Unido, após 1 ano e meio de constante e indiscriminado bombardeamento - os famigerados mísseis V1 e V2, sendo que o V3 foi concluído no fim do conflito, com a Alemanha já vergada pelos Aliados, nomeadamente pelo Exército Vermelho - começa no início de 1942, data em que é dado a conhecer (já existia, embora tivesse pouca ou nenhuma utilização a não ser o abastecimento das SOE) o "Bomber Command", chefiado por Arthur Harris. Nesse momento é autorizado o bombardeamento de alvos civis, como zonas habitadas por trabalhadores, a maioria a trabalhar em fábricas militares (que depois se veio a reconhecer ter sido muito útil na missão de impedir que as forças alemãs se abastecessem na frente de Leste).
Portanto, estás completamente errado. Quem bombardeou primeiro sem qualquer intenção militar, a não ser aterrorizar Ingleses indefesos, violando a Convenção de Genebra, foram os alemães. Ah, e não te estarás a esquecer do bombardeamento, novamente sem critério, de Varsóvia, em 1939?
De facto, houve bombardeamentos de parte a parte, mas o bombardeamento britânico ocorre meses e meses após o alemão, e, nalguns casos acima referidos, anos depois.
Sobre os Boers. Conheço perfeitamente. No entanto, estás à espera que eu diga o quê? Que apoie o que fizeram porque eram Britânicos? Não o vou fazer. Critico-o sem qualquer problema, tal como critico aquilo que navegadores portugueses fizeram em meados do Século XV, como Vasco da Gama, que tinha um particular fascínio em decepar mãos, braços, pernas de crianças, homens e mulheres e depois entregar os restos aos que eram deixados viver.
Voltando à Alemanha, qual foi a primeira potência militar da I GM a massacrar abertamente civis? Não sabes? Procura na net pelo Massacre de Bélgica. Outra vez referente aos alemães, quem é que utilizou o submarino para bombardear barcos não-militares? Pois, é tudo uma conspiração enorme. Os barcos estavam repletos de soldados, tanques e balas, tal como os teatros de Newcastle e as zonas residenciais de Londres, Liverpool e Coventry - isto muito antes de Dresden ou similares.
Regressando outra vez às atrocidades cometidas pelos Britânicos, nem é preciso mencionar um acontecimento "recente", a Guerra dos Boers. Permite-me que te conte um evento em que Ingleses massacraram Portugueses: corria o ano de 1380. Portugal, na altura no reinado de D.Fernando, pediu ajuda militar à Inglaterra para fazer frente a Castela, na altura na eminência de invadir Portugal. Bem, eram cerca de 3000 soldados Ingleses que chegaram ao Tejo. De facto, o objectivo essencial foi alcançado: evitar a invasão e repelir tropas inimigas. O problema foi a estadia: morte, violações, brutalidade como nunca se tinha visto na altura. Pois, sou Inglês, mas sei as m***** que o meu País fez...ao meu País!
Tenho dificuldade em compreender a teoria do "ódio irracional baseado numa lógica". Então, é irracional ou é lógico? Não estás a apanhar bem o esquema, amigo. Familiares meus faleceram na I e, principalmente, na II GM. O meu ódio não é originário de livros de História ou de sentimentos básicos baseados em programas do canal história. Aliás, se alguma vez fores a Londres, aproveita para visitar o Imperial War Museum. Lá dentro, já no fim da visita, está um computador com os nomes de todos os soldados britânicos mortos na II GM. Eu dou-te uns quantos nomes para lá leres.
E permite-me contestar a cena do "os alemães têm vergonha do que fizeram". Não duvido que muitos, a grande maioria, o têm, mas quando o pessoal se encontrou em 2006, muitos deles passaram imediatamente a não rejeitar esse lastimável passado, e utilizá-lo como arma de provocação. É sabido e conhecido que existe muita, mas muita extrema-direita na Alemanha, sedenta e nostálgica de "outros tempos".
Queres falar sobre sentimentos irracionais? Aquela cena entre pessoal do Sporting e do Atlético Madrid. Sentiste algo especial nesse conflito entre adeptos? Madrid... Lisboa... Portugueses... Espanhóis... nada? Pois.
Qual achas mais irracional, o ódio que muitos Sportinguistas têm pelo Benfica (vice-versa e onde estou incluído), ou ódio que o Daniel tem pelos alemães? Pois, somos todos os seres mais racionais que por aqui andam, afinal.
Caso queiras continuar, abre um tópico acerca dos Ingleses ou dos Alemães, que terei todo o prazer em participar.
Concluindo, gosto sempre muito de ver a triste bandalheira nazi em Lisboa a clamar pela injustiça de Dresden, com cartazes do democrata e humano Hess, esse injustiçado. Ah, e o Holocausto nunca aconteceu, é tudo mentira.
Num jogo entre 2 equipas que detesto, que vença a que menos detesto
Espero que a Espanha vença.
SL
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